quarta-feira, 25 de agosto de 2010

FRIEDRICH NIETZSCHE

Friedrich Wilhelm Nietzsche
(Filósofo alemão)
Nasceu: 15/10/1844, Rökken 
Morreu: 25/08/1900, Weimar

Mais de um séc. depois da sua morte (faz precisamente hoje 110 anos), Poet'anarquista recorda o grande filósofo alemão, autor de várias obras de literatura sobre o pensamento filosófico, destacando de entre os livros que nos deixou como legado,  "Assim falava Zaratustra".

NIETZSCHE
Filósofo Alemão

BIOGRAFIA

Órfão de pai aos cinco anos, Nietzsche passou a sua infância em Naumburg, uma pequena cidade da Alemanha às margens do rio Saale, onde cresceu em companhia da mãe, tias e avó. Foi baptizado como Friedrich Wilhelm em homenagem ao rei da Prússia. Mais tarde, o filósofo abandonou o nome do meio. 

Considerado por professores como um aluno brilhante, recebeu dos colegas o apelido de "pequeno pastor", profissão dos seus avós, que eram protestantes. Aos 14 anos, em conseqüência de sua dedicação aos estudos, obteve uma bolsa na renomada escola de Pforta. Lá, ganhou fluência em grego e latim e, ao mesmo tempo, começou a questionar os ensinamentos do cristianismo.

Depois de Pforta, foi para Bonn estudar filosofia e teologia. Convocado para o Exército em 1867, escapou da actividade devido a uma queda durante uma cavalgada. Convencido por um professor, passou a morar em Leipzig para estudar filologia. Com apenas 24 anos, conseguiu ser nomeado professor de filologia clássica na Universidade de Basiléia. O seu primeiro trabalho académico conhecido foi "A Origem e Finalidade da Tragédia", que escreveu em 1871. 

Nesta época, começou a sua amizade com o compositor Richard Wagner. A casa de campo do músico, localizada nas imediações do lago de Lucerna, em Tribschen, serviu-lhe de refúgio e inspiração.

Saúde debilitada
Em 1870, acontece a guerra franco-prussiana e Nietzsche participa como enfermeiro do Exército, mas uma crise de difteria e disenteria impede o filósofo de continuar trabalhando. A partir daí, publica o seu primeiro livro, "O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música" (1871), obra que recebeu grande influência de Wagner e Schopenhauer.

Com crises constantes de cefaléia, problemas de visão e dificuldade para se expressar, foi obrigado a interromper a sua carreira universitária por um ano, mas não deixou de escrever. Quando tentou retornar às actividades académicas, enfrentou sérios problemas nas cordas vocais que tornaram a sua fala quase inaudível. 

Em 1879, quase cego, Nietzsche abandonou definitivamente a universidade, passando a dedicar-se exclusivamente à escrita. Neste período, editou os seus principais livros, mas a fama somente chegou no final do século XIX, perto da morte. Publicou, então, "Humano, muito humano", e passou temporadas em Veneza e Génova. Muito abatido com a rejeição por parte de Lou Andréas Salomé, jovem finlandesa com quem pretendia  casar-se, o filósofo voltou a morar com a mãe e a irmã, sempre demonstrando solidão e sofrimento. 

Na última década de vida, Nietzsche começou a apresentar sinais de demência e a escrever cartas para muitas pessoas. Assinava os seus textos como "Dionísio" e "O Crucificado". Internado na Basiléia, teve o diagnóstico de paralisia cerebral progressiva, que segundo os médicos, provavelmente foi causada pelo uso de drogas como ópio e haxixe, ingeridas pelo filósofo como auto-medicação. Morreu em 25 de agosto de 1900, sem recuperar a sua sanidade mental. 

Uma das suas obras mais conhecidas é "Assim falava Zaratustra". O livro narra os ensinamentos de um filósofo, Zaratustra, após a fundação do Zoroastrismo na antiga Pérsia. Baseado em episódios, as histórias do livro podem ser lidas em qualquer ordem. Outras obras importantes do filósofo são "Além do Bem e do Mal" (1886), "A Genealogia da Moral" (1887), "O Caso Wagner" (1888), "O Crepúsculo dos Ídolos" (1889) e "Os Ditirambos de Dionísio" (1891). 

Os estudiosos de Nietzsche classificam a sua obra como uma crítica aos valores ocidentais, da tradição cristã e platónica. Desde os seus primeiros textos, as idéias do filósofo grego Platão eram condenadas como decadentes. Ao mesmo tempo, o filósofo repudiava o cristianismo e  classificava-o como 'platonismo para o povo'. A sua proposta era o resgate de um super-homem criador, que ficasse além do bem e do mal.
Fonte: NetSaber

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