segunda-feira, 30 de maio de 2011

A NOSSA CANDEIA - «AS FLORES E OS HOMENS...»

A meu pedido, o texto de Ana Paula Fitas «As Flores e os Homens...», publicado no blogue «a nossa candeia» no dia 24 de Maio de 2011, faz agora honras de publicação no Poet'anarquista. Por se tratar de um texto essencialmente sobre a beleza natural das flores (neste caso a flor de alandro e a sua ligação histórica à vila d'Landroal, assim como a referência à flor de tília que imediatamente me recordou a magnífica tília que se encontra no jardim da casa dos meus avós paternos, ou à nossa amiga Maria José Manuelito as recordações das tílias da Quinta dos Peixinhos) e a natureza humana, o seu conteúdo é uma importante reflexão a quem teimosamente continua sem querer ver ou entender toda a beleza que o rodeia, preferindo viver na ilusão de palavras que o não são, escritas por quem na verdade não sabe se existe. O ódio e o rancor amarguram os seres humanos tornando-os presas fáceis da sua própria cobardia.
Poet'anarquista
Jacarandá
Flor de Jacarandá

Tília
Flor de Tília

Alandro
Flor de Alandro
Texto por Ana Paula Fitas
24/05/2011

Link para «a nossa candeia» - As Flores e os Homens...

Caminho devagar sob o perfume de antigas e frondosas tílias em flor e enquanto me aproximo do chão coberto pela flor do jacarandá, o horizonte oferece-me ao olhar o viçoso brilho de magníficos alandros cor-de-rosa! 

É então que a alma não resiste ao sorriso e se percebe que a vida é muito mais do que a vã ilusão dos homens... 

ficam assim remetidas para o esquecimento as palavras inúteis com que se tentam magoar os seres, na ânsia doentia de criar suspeições e medos - desvarios de quem não tem outro recurso para além da gratuita raiva que mais não faz do que bloquear caminhos reais de lucidez que, contra a humana arrogância e cobardia, a natureza insiste em nos não deixar fechar...
Fonte: a nossa candeia

A Nossa Candeia/Comentário ao texto
29/05/2011

Camões disse...

«Das Trevas...»

Vives nessa ignorância escondido
Cobardemente, mísera alma penada,
Anonimamente julgas-te protegido...
Que triste existência amargurada!

«Para a Luz!»

Ó suave perfume das flores...
Ó homens de boa vontade:-
Fazei florir novos amores
E nos corações a claridade!

POETA

O texto está precioso!
Bjs.

«Flores e Sombra na Primavera Alentejana»
                                              Foto: Conceição Roque

MANHÃ PRIMAVERIL

Primavera linda, ó mar de flores,
em tapete de mil cores convertida...
De campos sem fim, eternos amores,
Luz dos meus olhos aqui aparecida>!

Para te cantar, de forma majestosa,
Em todos os lugares onde floresces:
Primavera renascida, a mais ditosa,
Luz do meu olhar quando amanheces!

Soubera eu escrever este soneto
Suave e doce, num breve instante...
Uma palavra para tão belo momento!

Celebrar uma Primavera fulgurante
Onde o poeta transmita sentimento,
Como quem se anuncia deslumbrante!

Matias José

3 comentários:

Ana Paula Fitas disse...

Obrigado Kabé, pela gentil e bela referência!... ficam as flores, as minhas palavras e todos os leitores do Poet'Anarquista a ganhar com as boas palavras e os belos poemas em que é enquadrada :)
Muito, muito obrigado por este tão belo post.
Um beijinho :))

Anónimo disse...

Que extraordinária lição de humanismo se pode retirar do texto de Ana Paula Fitas e do comentário em forma de quadras do POETA. Acaso as pessoas perceberam a profundidade das palvras escritas? Espero bem que sim...

Amigo de ambos

Anónimo disse...

Amigo, também o ácido desoxirribonucléico e ácido ribonucleico são factores determinantes no prumo da personalidade e em excesso pode causar erupção cutânea e marasmo cerebral digo eu, Watson e Crick … eheeheheh!

Beijo e flor de tília
M.José