quarta-feira, 31 de outubro de 2012

CARTOON versus QUADRAS

As Primas
HenriCartoon

«AS PRIMAS»

Olha Zé, o Sandy fez tábua rasa
 E arrasou-me de vez a mobília…

Sam, pior ficou a minha família
Que viu sumir-se a própria casa…

Mas o Sandy também aí chegou???
(Muito estrago o maldito provoca…)

Foi a prima dele que aqui se instalou...
Uma peste negra chamada TROIKA!

POETA

CARTOON versus QUADRA

O Talhante
HenriCartoon

«O TALHANTE»

Agradeço, mas de momento sou alérgico,
Não posso cortar mais em carnes vermelhas
Enquanto o povo xingar as nossas orelhas…
O Estado Social  encontra-se paraplégico!

POETA
   

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

ROLLING STONES - «You Cant Always Get What You Want»

Poet'anarquista


VOCÊ NÃO PODE TER SEMPRE O QUE QUER

Eu a vi hoje numa recepção
Uma taça de vinho em sua mão.
Eu soube que ela encontraria sua conexão,
Aos seus pés estava seu homem livre.

Você não pode ter sempre o que quer,
Você não pode ter sempre o que quer.
Você não pode ter sempre o que quer
Mas se você tentar algumas vezes, sim,
Você encontra o que precisa!

Eu fui até a prova
Para levar minha justa parte de injúrias,
Cantando, «Nós iremos aliviar nossa frustração.»
Se não aliviarmos, iremos queimar um fusível de 50 amperes.

Você não pode ter sempre o que quer,
Você não pode ter sempre o que quer.
Você não pode ter sempre o que quer
Mas se você tentar algumas vezes você pode encontrar,
Você encontra o que precisa!

Fui até a farmácia Chelsea
Para pegar sua receita.
Eu estava de pé na fila com o Sr. Jimmy.
E nossa!, ele parecia bastante doente.
Nós decidimos que tomaríamos uma «gasosa»,
Meu sabor preferido, cereja vermelha.
Eu cantei minha canção para o Sr. Jimmy,
Sim, e ele disse uma palavra para mim, e a palavra foi «morto»
Eu disse a ele

Você não pode ter sempre o que quer, querido.
Você não pode ter sempre o que quer.
Você não pode ter sempre o que quer
Mas se você tentar algumas vezes, sim,
Você encontra o que precisa!

Eu a vi hoje numa recepção
Em sua taça estava um homem sangrando.
Ela era praticada na arte do engano;
Eu poderia dizer por suas mãos manchadas de sangue.

Você não pode ter sempre o que quer, querido.
Você não pode ter sempre o que quer.
Você não pode ter sempre o que quer
Mas se você tentar algumas vezes, sim,
Você encontra o que precisa!

Você não pode ter sempre o que quer, querido.
Você não pode ter sempre o que quer.
Você não pode ter sempre o que quer
Mas se você tentar algumas vezes, sim,
Você encontra o que precisa!

Rolling Stones

terça-feira, 30 de outubro de 2012

POESIA - PAUL VALÉRY

O poeta, escritor e filósofo francês Amborise-Paul-Toussaint-Jules Valéry, nasceu em Sète a 30 de Outubro de 1871. Ligado à escola simbolista, foi fortemente influenciado pelo grande poeta francês Stéphane Mallarmé, que por sua vez veio a influenciar o escritor Jean-Paul Sartre. A escrita de Paul Valéry inclui interesses como a matemática, filosofia e música sempre muito presentes na sua obra literária. Valéry faleceu em Paris, a 20 de Julho de 1945.
Poet’anarquista
Paul Valéry
Poeta Francês
SOBRE O POETA…

Amborise-Paul-Toussand-Jules Valéry nasceu em Sète, em 1871. Estudou na Faculdade de Direito de Montpellier e foi ainda na época de faculdade que publicou as suas primeiras poesias, como «Sonho», «Elevação da Lua», «A Marcha Imperial» e «Narciso Fala».

Em 1893 foi para Paris, onde conheceu o poeta Stéphane Mallarmé, com quem o poeta sela uma grande amizade. 

Foi por causa de um amor não correspondido, por Madame Rovira, que Valéry se voltou para a reflexão filosófica. Em um período de crise, publicou importantes ensaios filosóficos, como «Introdução ao Método de Leonardo da Vinci» e «Monsieur Teste».

O reconhecimento do seu trabalho veio em 1917, quando publicou o poema «A jovem Parca»; na sequência vieram «Álbum de Versos Antigos» e «Charmes». Pouco tempo depois, em 1925, ingressou na Academia Francesa de Letras. E a partir de então foram publicados «Rumbas», «Analetos», «Literatura», «Consideração sobre o Mundo Actual», «Maus Pensamentos e Outros», «Tal Qual», entre outras obras marcantes.

Normalmente, as suas obras são divididas em três fases principais. A primeira, que vai de 1890 até 1892, caracterizada por ser um período em que o autor se dedicou à poesia; a segunda, de 1892 até 1917, é uma época em que não há produção, o período de crise; a terceira, a partir de 1917, em que publica a sua obra consagrada e outros livros, muitos com carácter reflexivo.

As suas obras são originais e tratam de diversos temas, tais como arquitectura, música, literatura, artes plásticas e até dança.

Valéry faleceu em 1945, em Paris.
Fonte: pensador.uol.com.br/

SOB O SOL

Sob o sol em meu leito após a água -
Sob o sol e sob o reflexo enorme do sol sobre o mar,
Sob a janela,
Sob os reflexos e os reflexos dos reflexos
Do sol e dos sóis sobre o mar
Nos vidros,
Após o banho, o café, as ideias,
Nu sob o sol em meu leito todo iluminado
Nu - só - louco -
Eu!

Paul Valéry

A ADORMECIDA

Que segredo incandesces no peito, minha amiga,
Alma por doce máscara aspirando a flor?
De que alimentos vãos teu cândido calor
Gera essa irradiação: mulher adormecida?

Sopro, sonhos, silêncio, invencível quebranto,
Tu triunfas, ó paz mais potente que um pranto,
Quando de um pleno sono a onda grave e estendida
Conspira sobre o seio de tal inimiga

Dorme, dourada soma: sombras e abandono.
De tais dons cumulou-se esse temível sono,
Corça languidamente longa além do laço,

Que embora a alma ausente, em luta nos desertos,
Tua forma ao ventre puro, que veste um fluido braço,
Vela, Tua forma vela, e meus olhos: abertos.

Paul Valéry

MORTE FALSA

Humilde, terno, numa tumba encantadora,
No monumento insensível,
Tanto de sombras, de abandonos, e de amores desperdiçados,
Que já se fazem em sua graça cansada,
Eu morro, eu morro em você, me caio e eu caio,
Mas dificilmente fico abatido embaixo do sepulcro,
Do qual a extensão das cinzas me convidam fundir-me,
Este óbvio morto, desses que ainda voltam a vida,
Tremores, dos olhos ativos, iluminados que mordam,
E sempre puxando-me para uma nova morte
Mais preciosa que vida.

Paul Valéry

AS ROMÃS

Duras romãs entreabertas
Pelo excesso dos grãos de ouro,
Eu vejo reis, todo um tesouro
Nascer de suas descobertas!

Se os sóis de onde ressurgis,
Ó romãs de entrevista tez,
Vos fazem, prenhes de altivez,
Romper os claustros de rubis,

E se o ouro sece cede enfim
Ante a demanda ainda mais dura
E explode em gemas de carmim,

Essa luminosa ruptura
Faz sonhar uma alma que há em mim
De sua secreta arquitetura.

Paul Valéry

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

KHALED - «Arab Music»

Poet'anarquista


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(Escolha musical da blogosfera)

PJ HARVEY & NICK CAVE - «Henry Lee»

Poet'anarquista


HENRY LEE

Desça, desça , pequeno Henry Lee
E passe a noite inteira comigo
Você não irá encontrar uma garota nesse maldito mundo
Que irá se comparar a mim
E o vento fez um chiado e o vento deu um sopro
La la la la la
La la la la le
Um passarinho iluminou Henry Lee

Eu não posso descer e não irei descer
E passar a noite toda contigo
Pela garota que eu tenho naquela alegre terra verde
Eu a amo de longe bem mais do que a ti
E o vento fez um chiado e o vento deu um sopro
La la la la la
La la la la lee
Um passarinho iluminou Henry Lee

Venha pegá-lo pelas delicadas mãos alvas
Venha pegá-lo pelos pés
E atirá-lo nas profundezas desse poço
Que é maior que cem pés (de profundidade)
E o vento fez um chiado e o vento deu um sopro
La la la la la....
Um passarinho iluminou Henry Lee

Deite aí, deite aí, pequeno Henry Lee
Até que a carne se desprenda de seus ossos
Pela garota que você tem naquela alegre terra verde
Que não pode esperar para sempre que você vá para casa
E o vento fez um chiado e o vento gemeu
La la la la la
La la la la lee
Um passarinho iluminou Henry Lee

PJ Harvey & Nick Cave

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(Referente à publicação de 28 de Outubro de 2012)

DIMITRI SHOSTAKOVICH - «Waltz 2 From Jazz Suite»

Poet'anarquista

sábado, 27 de outubro de 2012

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(Escolha musical da blogosfera)

JOSÉ AFONSO - «Como se Faz um Canalha»

Poet'anarquista


COMO SE FAZ UM CANALHA

Conheci-te ainda moço
Ou como tal eu te via
Habitavas o Procópio
Ias ao Napoleão
Mas ninguém sabia ao certo
Como se faz um canalha
Se a memória me não falha
Tinhas o mundo na mão
Alguma gente enganaste
(A fé da muita amizade
Tem também as suas falhas
Hoje fazes alianças
A bem da Santa União
Em abono da verdade
A tua Universidade
Tem mesmo um nome: Traição
Um social-democrata
Não foge ao Grão-Timoneiro
Basta citar o paleio
O major psicopata
Já são tantos namorados
Só falta o Holden Roberto
Devagar se vai ao longe
Nunca te vimos tão perto
Nunca te vimos tão longe
Daquilo que tens pregado

Nunca te vimos tão fora
Da vida do Zé Soldado
Ninguém mais te peça meças
No fulgor dos gabinetes
Hás-de acabar às avessas
Barricado até aos dentes
És um produto de sala
Rasputim cá dos Cabrais
Estás sempre em traje de gala
A brincar aos carnavais
Nos anais do mundanismo
A nossa história recente
Falará com saudosismo
Dum grande Lugar-Tenente
São tudo favas-contadas
No país da verborreia
Uma brilhante carreira
Dá produto todo o ano
Digamos pra ser exacto
Assim se faz um canalha
Se a memória não me falha
Já te mandei pró Caetano

José Afonso

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

DI CAVALCANTI

26 de Outubro de 1976, morre o pintor, desenhista, ilustrador e caricaturista brasileiro «Di Cavalcanti». Em sua homenagem publica-se retrato, auto-retrato e a pintura »Mulheres Facetadas». Pode também consultar aqui- «PINTURA - DI CAVALCANTI», um pouco mais sobre vida e obra deste inovador artista brasileiro do século passado.
Poet'anarquista
Di Cavalcanti
Pintor, desenhista, ilustrador e caricaturista brasileiro

«Auto-Retrato com Mulheres»
Di Cavalcanti

«Mulheres Facetadas»
Di Cavalcanti

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(26 de Outubro de 1942, nasce o cantor e compositor Milton Nascimento)

MILTON NASCIMENTO - «Caçador de Mim»

Poet'anarquista


CAÇADOR DE MIM

Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim

Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim

Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim

Milton Nascimento

PINTURA PORTUGUESA

A 26 de Outubro de 1933 morre o pintor, desenhista e professor português José Vital Branco Malhoa. Consultar a publicação de 28 de Abril de 2011 aqui- «PINTURA - JOSÉ MALHOA». A homenagem que  fazemos hoje em «Amigos d'Arte» inclui retrato do pintor, auto-retrato e o quadro a óleo «O Barbeiro da Aldeia».
Poet'anarquista
José Malhoa
Pintor e Desenhista Português

«Auto-Retrato»
José Malhoa

«O Barbeiro da Aldeia»
José Malhoa 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

CARTOON versus QUADRA

Dragão com Cafeína
HenriCartoon

«DRAGÃO COM CAFEÍNA»

 Dragão com muita cafeína
Abre as portas dos oitavos…
Jackson Martinez, a vitamina,
E um Porto cheio de bravos!

POETA

CARTOON versus QUADRAS

O Plano B
HenriCartoon

«O PLANO B»

 São Pedro, faz como o governo fez!...
Depois da tempestade d’enxurrada
Arranjas finalmente um novo plano B
E acabas com esta maldita trovoada…

Segue-se uma cena que ninguém crê!?...
São Pedro responde à letra d’enfiada
Terminando com a vida do Zé de vez…
Um raio deixa a carcaça eletrocutada!

POETA

ANIVERSÁRIO DE PICASSO - «O BEIJO»

No Poet'anarquista recorda-se o pintor Pablo Picasso, o mestre da arte do séc. XX e um dos mais famosos e versáteis artistas de todos os tempos, com milhares de trabalhos entre pintura, escultura e cerâmica. Co-fundador do cubismo juntamente com Georges Braque, nasceu a 25 de Outubro de 1881 em Málaga. Pode consultar aqui- «O MESTRE PABLO PICASSO»- para ficar a conhecer um pouco mais da vida e obra deste grande artista espanhol.
Poet'anarquista
Pablo Picasso
Pintor Espanhol

«O Beijo»
Picasso

MÚSICAS DO MUNDO

E as músicas de hoje são...
(25 de Outubro de 1838, nasce o compositor francês Georges Bizet)

GEORGES BIZET - «Habanera»

Poet'anarquista

(25 de Outubro de 1825, nasce o compositor austríaco Johann Strauss II)

JOHANN STRAUSS II - «The Blue Danube»

Poet'anarquista

POESIA - JOÃO DE BARROS

O poeta português João de Barros nasceu na Figueira da Foz, a 4 de Fevereiro de 1881. Foi igualmente um pedagogo e publicista português, autor de obras adaptadas para os mais jovens sobre textos clássicos em prosa, tais como «Os Lusíadas» de Luís Vaz de Camões e a «Odisseia» de Homero. João de Barros faleceu em Lisboa, a 25 de Outubro de 1960.
Poet’anarquista
João de Barros
Poeta Português
SOBRE O ESCRITOR...

Filho terceiro de Afonso Ernesto de Barros, 1.º visconde da Marinha Grande, e de sua primeira mulher Mariana da Ascensão da Costa Guia, João de Barros licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Dedicou-se às letras, sendo autor de uma vasta obra, na sua maior parte dispersa por publicações periódicas. No campo da poesia revelou-se sensível e inspirado, sendo autor de uma obra ainda mal conhecida.

Foi um entusiasta da aproximação luso-brasileira, tendo dirigido, com João do Rio, a revista Atlântida (1915-1920), que incluiu colaboração dos principais escritores lusófonos da geração de 1910-1920. Em consequência, no ano de 1920 foi eleito sócio da Academia Brasileira de Letras.

Tendo ingressado na política activa, foi um dos últimos Ministros dos Negócios Estrangeiros da Primeira República Portuguesa, tendo feito parte de um dos governos que se sucederam em 1925.

Dedicou os seus últimos anos de vida à adaptação para a juventude de alguns dos mais famosos textos clássicos, publicando versões em prosa de Os Lusíadas de Luís Vaz de Camões e da Odisseia de Homero.

Em 1945, foi agraciado com a grã-cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul.

João de Barros é patrono da escola Escola Básica do 2.º e do 3.º Ciclos Dr. João de Barros, situada na Figueira da Foz.
Fonte: Wikipédia

SONETO DO AMOR

Tantos passaram pelo teu caminho
antes que fosse a hora de eu passar,
que tenho a dor de me não ver sozinho
na memória fiel do teu olhar.

Nenhum te disse frases de carinho,
nenhum parou, talvez, para te amar...
E vão perdidos no redemoinho
da vida, e nunca mais hão de voltar.

Para ti, nenhum foi o mesmo que eu...
- Mas porque a tua vista os abrangeu
mesmo sem alegria, amor ou fé,

deles alguma coisa em ti existe,
- alguma coisa que me deixa triste
porque não posso adivinhar o que é!...

João de Barros

CAMINHO

Dizem aqueles tristes que julgaram
Ter vivido num dia toda a vida:
-- É tudo engano e a alma aborrecida
Morre dos ideais que alucinaram...

E aos outros gritam: -- Onde, esta subida
Atrás das ilusões que vos chamaram?
-- Loucos, parai... Só esses que pararam
Chegaram à verdade apetecida!

Mas nós -- nem os ouvimos, nós, os fortes
Que através de mil prantos e mil mortes,
Sabemos que a verdade ou a ilusão,

-- Ideia altiva ou corpo de mulher --
Nunca podem fugir a quem tiver
Beijos de amor e garras de ambição!

João de Barros

VIDA VITORIOSA

Foi uma vida vitoriosa, é certo,
A vida que vivi nesta jornada,
-- Não da vitória que se vê de perto,
E que se alcança, apenas desejada.

Não do triunfo que sorri, incerto,
E logo é fumo, e é pó, e é cinza, e é nada,
-- Mas doutra glória que ao meu peito aperto,
E só eu vejo, pura e recatada.

Porque em silêncio conquistei, lutando,
-- Quantas vezes perdido e miserando,
Quantas vezes vencendo a própria dor --

Esta alegria de passar na vida
Sendo uma força, que jamais duvida,
E uma voz clara como a voz do Amor!

João de Barros

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

TASMIN ARCHER - «You Made a Fool of Me»

Poet'anarquista

terça-feira, 23 de outubro de 2012

POEMA DE THÉOPHILE GAUTIER

Consultar publicação de 31 de Agosto de 2011 «POESIA - THÉOPHILE GAUTIER» sobre o escritor, poeta, jornalista, crítico literário francês e um dos principais percursores do Parnasianismo, Pierre Jules Théophile Gautier. Gautier faleceu em Paris, a 23 de Outubro de 1872.
Poet'anarquista
Théophile Gautier
Caricatura por Milly

MORALIDADE

Menina, sê ardente, 
Mas prudente, 
Se sentires calores 
Sedutores 
Embaixo do teu ventre, 
Que não entre 
Tua flor de donzela 
Uma vela, 
Pois logo o castiçal 
– Por teu mal – 
Lhe iria atrás, matreiro, 
Quase inteiro. 
Em templo tão estreito, 
Vá com jeito 
Teu dedo em sua gana, 
E a membrana 
Só rompa, do hímen teu, 
O himeneu.

Théophile Gautier 

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

THE BROKEN FAMILY BAND - «Trouble»

Poet'anarquista


PROBLEMA

Quantos corações você pode segurar em sua mão?
E quantas vezes não vai entender
Todos os problemas em que estou, você trouxe para minha porta
O problema com você é que você sempre quer mais problemas 

Por quantas noites você deve manter a voltar? 
Quanto você pode perder até você perder o que lhe falta? 
Ah o problema que eu estou com você colocou no meu chão 
O problema com você é o mesmo que antes, perturbar 

O problema com você é que você sempre quer mais

The Broken Family Band

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

POESIA - LECONTE DE LISLE

O poeta francês Charles Marie René Leconte de Lisle, mais conhecido por Leconte de Lisle nasceu em Saint-Paul, na ilha da Reunião, a 22 de Outubro de 1818. Grande poeta intelectual francês, foi o principal promotor da corrente parnasiana e dedicou-se à tradução de poesia da Antiguidade Clássica. Leconte de Lisle faleceu em Voisins, Yvelines, a 1 de Julho de 1894.
Poet’anarquista
Leconte de Lisle
Poeta Francês
SOBRE O POETA…

Charles Marie René Leconte de Lisle, poeta francês, nasceu na ilha da Reunião em 22 de outubro de 1818. 

Seu pai pretendeu que trabalhasse no comércio, e enviou-o para o leste das Índias. Na volta da viagem completou a sua educação estudando grego, italiano e história, fixou-se definitivamente em Paris em 1846 e escreveu o seu primeiro livro «A Vénus de Milo». Esta publicação atraiu para ele muitos amigos interessados na literatura clássica. 

Trabalhou como assistente de bibliotecário em Luxemburgo e em 1886 foi eleito para a Academia Francesa sucedendo a Victor Hugo. Com Leconte de Lisle, o movimento parnasiano se concretizou. 

Os seus versos são claros, realistas, sonoros, possuem movimento, são corretos no ritmo, cheios de cores exóticas e nomes selvagens.

Além de seus poemas publicou várias traduções de autores clássicos gregos. 

Morreu no dia 1 de julho de 1894.

Fonte: Passeiweb 

 A MORTE DUM LEÃO

Ávido do ar livre era um velho caçador
Ao sangue negro dos bois habituara-se
E do alto as planícies e o mar a contemplar.

No inferno vagando como um réprobo,
Desta multidão pro prazer estéril
Na janela de ferro andando pra lá e prá cá,
A rude cabeça contra dois tabiques batendo.

O infausto destino, por fim, agora consumado:
De beber e comer bruscamente cessou,
E a alma vagabunda a morte levou-lhe.

Oh, coração, pela revolta sempre atormentado,
O qual, arquejante, pra janela do mundo regressas,
Covarde, por que não ages como o fez este leão?

Leconte de Lisle

O BEIJA-FLOR

O verde beija-flor, rei das colinas,
Vendo o rocio e o sol brilhante
Luzir no ninho, trança d'ervas finas,
Qual fresco raio vai-se pelo ar distante.

Rápido voa ao manancial vizinho,
Onde os bambus sussurram como o mar,
Onde o açoká rubro, em cheiros de carinho,
Abre, e eis no peito úmido a fuzilar.

Desce sobre a áurea flor a repousar,
E em rósea taça amor a inebriar,
E morre não sabendo se a pode esgotar!

Em teus lábios tão puros, minha amada,
Tal minha alma quisera terminar,
Só do primeiro beijo perfumada!

Leconte de Lisle

O SONO DE LEILÁ 

Calmo estio; a água viva não murmura,
Nem ave alguma as asas bate, arisca;
Apenas, leve, o bengali belisca
Da rubra manga a polpa áurea e madura;

No parque real, à sombra verde-escura
Das latadas, a lânguida mourisca
Leilá repousa à sesta... O sol faísca
Num céu de chumbo ardente, que fulgura...

Oprime o rosto o braço contrafeito;
O âmbar do pé sem meia, docemente,
Colora as malhas do pantufo estreito;

Dorme e sonha e, sorrindo, o amante chama,
O lábio a abrir - fruto aromado e quente,
Que o coração refresca e a boca inflama. 

Leconte de Lisle
    

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...
(22 de Outubro de 1811, nasce o pianista e compositor húngaro Franz Liszt)

FRANZ LISZT- «Hungarian Rhapsody»

Poet'anarquista

domingo, 21 de outubro de 2012

CARTOON versus QUADRA

O Silêncio de Paulo Portas
HenriCartoon

«O SILÊNCIO DE PAULO PORTAS»

Detesto ser pressionado
Quando estou a pensar
No Orçamento de Estado
E submarinos em alto mar…

Acabo sendo eu o lixado…
Pensa depressa , estou afogar,
O Zé cada vez mais encalhado
E este Orçamento a afundar!

POETA

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

DIRE STRAITS - «Local Hero»

Poet'anarquista

sábado, 20 de outubro de 2012

SONETOS DE ARTHUR RIMBAUD

Poesia em mais uma passagem de aniversário (20 de Outubro de 1854) do poeta pós-romântico e percursor do surrealismo, Arthur Rimbaud (ver referência aqui- «POESIA - ARTHUR RIMBAUD»). Faleceu contava apenas trinta e sete anos, no dia 10 de Novembro de 1891. Os dois sonetos que escolhi para recordar o poeta na sua data de nascimento: «No Cabaré-Verde» e «Minha Boémia». Boas leituras de fim-de-semana para todos os «Amigos d'Arte»!
Poet'anarquista
Arthur Rimbaud
Poeta Francês

NO CABARÉ-VERDE 
(Às cinco horas da tarde) 

Oito dias a pé, as botinas rasgadas
Nas pedras do caminho: em Charleroi arrio.
- No Cabaré-Verde: pedi umas torradas
Na manteiga e presunto, embora meio frio.

Reconfortado, estendo as pernas sob a mesa
Verde e me ponho a olhar os ingénuos motivos
De uma tapeçaria. - E, adorável surpresa,
Quando a moça de peito enorme e de olhos vivos...

- Essa, não há de ser um beijo que a amedronte! -
Sorridente me trás as torradas e um monte
De presunto bem morno, em prato colorido;

Um presunto rosado e branco, a que perfuma
Um dente de alho, e um chope enorme, cuja espuma
Um raio vem doirar do sol amortecido.

Arthur Rimbaud

MINHA BOÉMIA 
(Fantasia) 

Lá ia eu, de mãos nos bolsos descosidos;
Meu paletó também tornava-se ideal;
Sob o céu, Musa! Eu fui teu súbdito leal;
Puxa vida! A sonhar amores destemidos!

O meu único par de calças tinha furos.
- Pequeno Polegar do sonho ao meu redor
Rimas espalho. Albergo-me à Ursa Maior.
- Os meus astros nos céus rangem frémitos puros.

Sentado, eu os ouvia, à beira do caminho,
Nas noites de Setembro, onde senti tal vinho
O orvalho a rorejar-me as fronte em comoção;

Onde, rimando em meio à imensidões fantásticas,
Eu tomava, qual lira, as botinas elásticas
E tangia um dos pés junto ao meu coração!

Arthur Rimbaud

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

MADNESS - «One Step Beyond»

Poet'anarquista


UM PASSO À FRENTE

Ei você
Não veja outra coisa, veja isso
Este é o som monstro
O som mais pirado que você já viu
Então se você sair na rua
E começar a sentir essa vontade
Bem, escuta só maluco, 
Melhor começar a mexer os seus pés
Ao som do maior dos balanços 
E dos acordes do Madness

Um passo à frente!

Madness

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

CARTOON versus QUADRA

A Evolução da Espécie Política
HenriCartoon

«A EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE POLÍTICA»

Perante a evolução da espécie política
Só já nos resta ter muita fé e aguardar
A extinção desta espécie apocalíptica…
Evolução sem ponta por onde se pegar!

POETA

POESIA - MANUEL PINA

Faleceu hoje no Porto, 19 de Outubro de 2012, o poeta e jornalista português Manuel António Pina. Natural do Sabugal onde nasceu a 18 de Novembro de 1943, foi galardoado com o «Prémio Camões» em 2011. A sua obra incidiu particularmente na poesia e na literatura para os mais pequenos, tendo também escrito diversas peças de teatro, ficção e crónicas. Foi jornalista do Jornal de Notícias durante trinta anos, e ultimamente escrevia crónicas no Jornal de Notícias e no Notícias Magazine. A sua obra encontra-se traduzida em França, Estados Unidos, Espanha, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Rússia, Croácia e Bulgária. A literatura portuguesa e o jornalismo português está hoje de luto no espaço «Amigos d'Arte». O meu pesar para todos os familiares e amigos do poeta Manuel António Pina. Paz à sua alma!
Poet'anarquista
Manuel António Pina
Poeta e Jornalista Português
SOBRE O ESCRITOR…

Poeta português, natural do Sabugal (Beira Alta). Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Foi, desde 1971, jornalista do Jornal de Notícias, e actualmente exercia as funções de editor. 

Na literatura infantil reúne as seguintes obras: «O País das Pessoas de Pernas para o Ar» (1973), «O Têpluquê» (1976), «Os Dois Ladrões» (1983), «O Pássaro da Cabeça» (1983), «Os Dois Ladrões» (1983), «Histórias com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas» (1984), «O Inventão» (Prémio Gulbenkian: Melhor Livro Publicado em Portugal em 1986/1987), «O Tesouro» (1993), «O Meu Rio é de Ouro» (1995), «Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança» (2000), entre outras. 

Publicou também os volumes de poesia «Ainda Não é o Fim nem o Princípio do Mundo Calma é Apenas um Pouco Tarde», «Aquele que Quer Morrer» (1978, Prémio Casa da Imprensa), «A Lâmpada do Quarto? A Criança?» (1981),« Nenhum Sítio» (1984), «O Caminho de Casa» (1988), «Um Sítio Onde Pousar a Cabeça» (1991), «Algo Parecido com Isto da Mesma Substância» (Poesia reunida, 1974/1992) (1992), «Farewell happy fields» (1993), «Cuidados Intensivos» (1994), «O Anacronista» (1994, Prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalistas), «Aniki-Bobó» (1997). 

Está traduzido em castelhano, dinamarquês, francês, galego e inglês
Fonte: Astormentas

A UM HOMEM DO PASSADO

Estes são os tempos futuros que temia
o teu coração que mirrou sob pedras,
que podes recear agora tão fundo,
onde não chegam as aflições nem as palavras duras? 

Desceste em andamento; afinal era
tudo tão inevitável como o resto.
Viraste-te para o outro lado e sumiram-se
da tua vista os bons e os maus momentos. 

Tu ainda tinhas essa porta à mão.
(Aposto que a passaste com uma vénia desdenhosa.)
Agora já não é possível morrer ou,
pelo menos, já não chega fechar os olhos. 

Manuel Pina

ALGUMAS COISAS

A morte e a vida morrem
e sob a sua eternidade fica
só a memória do esquecimento de tudo;
também o silêncio de aquele que fala se calará.

Quem fala de estas
coisas e de falar de elas
foge para o puro esquecimento
fora da cabeça e de si.

O que existe falta
sob a eternidade;
saber é esquecer, e
esta é a sabedoria e o esquecimento.

Manuel Pina

O MEDO

Ninguém me roubará algumas coisas,
nem acerca de elas saberei transigir;
um pequeno morto morre eternamente
em qualquer sítio de tudo isto.

É a sua morte que eu vivo eternamente
quem quer que eu seja e ele seja.
As minhas palavras voltam eternamente a essa morte
como, imóvel, ao coração de um fruto.

Serei capaz
de não ter medo de nada,
nem de algumas palavras juntas?

Manuel Pina

CARTOON versus QUADRAS

O que queres ser quando fores grande?
HenriCartoon

«O QUE QUERES SER QUANDO FORES GRANDE?»

-Menino Vitinho, qual o é seu maior desejo
Futuramente no mercado de desemprego?...
Pense bem, muito poucas saídas antevejo
Para poder arranjar um primeiro emprego!...

Quero o país a investir na minha educação
Para depois eu poder retribuir esse favor…
-Mas como vai retribuir ao país investidor?
Com o colapso financeiro de toda a Nação!

POETA

MÚSICAS DO MUNDO

E a música com poesia de hoje é...
(19 de Outubro de 1913, nasce o poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes)

VINÍCIUS DE MORAES - «Berimbau»

Poet'anarquista


BERIMBAU

Quem é homem de bem
Não trai!
O amor que lhe quer
Seu bem!
Quem diz muito que vai
Não vai!
Assim como não vai
Não vem!...

Quem de dentro de si
Não sai!
Vai morrer sem amar
Ninguém!
O dinheiro de quem
Não dá!
É o trabalho de quem
Não tem!
Capoeira que é bom
Não cai!
E se um dia ele cai
Cai bem!...

Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...

Se não tivesse o amor
Se não tivesse essa dor
E se não tivesse o sofrer
E se não tivesse o chorar
Melhor era tudo se acabar

Eu amei, amei demais
O que eu sofri por causa de amor ninguém sofreu
Eu chorei, perdi a paz
Mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais...
Mais do que eu

Capoeira me mandou
Dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou
Vai ter briga de amor
Tristeza camará...

Vinícius de Moraes

VINÍCIUS DE MORAES - «Soneto de Separação»

Poet'anarquista


SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

Vinícius de Moraes

PINTURA - UMBERTO BOCCIONI

O pintor e escultor italiano Umberto Boccioni, nasceu em Reggio di Calabria, a 19 de Outubro de 1882. Estudou pintura impressionista e pós-impressionista em Veneza e Paris, na Academia de Belas Artes. Foi igualmente um ilustrador e produtor de cartazes, mas foi a pintura e escultura de vanguarda futurista que o viria a tornar célebre. Aluno do grande pintor Giacomo Balla, também este um integrante da vanguarda futurista, Boccioni tornou-se uma referência no futurismo italiano. Boccioni faleceu em Verona, a 16 de Agosto de 1916.
Poet’anarquista
Umberto Boccioni
Pintor e Escultor Italiano

Auto-Retrato
Boccioni
SOBRE O ARTISTA…

Escultor e pintor italiano (19/10/1882-16/8/1916). Propondo renovações nas artes plásticas, é um dos teóricos do futurismo. Nascido em Reggio di Calabria, trabalha entre 1898 e 1902 no estúdio de Giacomo Balla, onde aprende a pintar como os pontilhistas. Em 1907 muda-se para Milão.

Recebe influência de Filippo Marinetti, que lança o futurismo como movimento literário, glorificando o dinamismo proporcionado pela tecnologia. Em 1910, ele e outros pintores publicam o Manifesto Técnico dos Pintores Futuristas, no qual promovem a representação dos símbolos da moderna tecnologia: violência, poder e velocidade.

Em 1909 pinta a sua mais importante obra, Tumulto na Galeria. Em 1912 publica o Manifesto da Escultura Futurista, apresentando o uso de materiais como vidro, madeira, cimento, tecido e lâmpadas elétricas para executar peças de arte. Também sugere o uso de motor para mover partes das esculturas.

Desenvolvimento de uma Garrafa no Espaço (1912) e Formas Únicas de Continuidade no Espaço (1913) são suas esculturas mais importantes.
Morre em Verona, em consequência de uma queda de cavalo.
Fonte: www.algosobre.com
«Dinamismo da Cabeça de um Homem»
Boccioni

«Dinamismo de um Ciclista»
Boccioni

«Dinamismo de um Futebolista»
Boccioni

«Elasticidade»
Boccioni

«A Carga dos Lanceiros»
Boccioni

«O Bebedor»
Boccioni

«Visões Simultâneas»
Boccioni

«Barcos ao Sol»
Boccioni

«VANGUARDA FUTURISTA»
UMBERTO BOCCIONI

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

REM - «Losing My Religion»

Poet'anarquista


PERDENDO MINHA RELIGIÃO 

A vida é maior,
É maior do que você,
E você não sou eu.
Os extremos que eu irei até
A distância em seus olhos.
Oh, não, eu falei demais,
Eu puxei o assunto...

Aquele sou eu no canto,
Aquele sou eu no centro das atenções,
perdendo minha religião
Tentando me igualar a você,
E eu não sei se eu consigo fazer isso....
Oh, não, eu falei demais,
Eu não disse o suficiente.
Eu achei que ouvi você rindo,
Eu achei que ouvi você cantar,
Eu acho que pensei ter visto você tentar...

Cada sussurro
De cada hora acordado, estou
Escolhendo minhas confissões,
Tentando ficar de olho em você,
Como um bobo magoado, perdido e cego.
Oh, não, eu falei demais,
Eu puxei o assunto...

Considere isto 
A dica do século,
Considere isto
O deslize que me deixou
De joelhos, no chão.
E o que aconteceria se todas essas fantasias
se tornassem realidade?
Agora eu falei demais...
Eu achei que ouvi você rindo,
Eu achei que ouvi você cantar,
Eu acho que pensei ter visto você tentar...

Mas aquilo foi apenas um sonho,
Aquilo foi apenas um sonho...

Aquele sou eu no canto
Aquele sou eu no centro das atenções,
Perdendo minha religião
Tentando me igualar a você,
E eu não sei se eu consigo fazer isso....
Oh, não, eu falei demais,
Eu não disse o suficiente.
Eu achei que ouvi você rindo,
Eu achei que ouvi você cantar,
Eu acho que pensei ter visto você tentar...

Mas aquilo foi apenas um sonho (tente... chore... por que... tente)
Aquilo foi apenas um sonho, apenas um sonho, apenas um sonho,
Um sonho...

Rem

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CARTOON versus QUADRAS

A Razão de Scolari
HenriCartoon

A RAZÃO DE SCOLARI

Não admira que me queiram contratar!...
Sou na verdade um verdadeiro génio
Da liderança no sentido indisciplinar…
O Sporting precisa de renovar oxigénio.

Não Mister, isto por aqui está um horror,
O Sporting encontra-se em fase frenética...
Só um burro poderá aceitar ser treinador!
Não há tática que resista sem boa técnica...

Não bate mais no Minino, eu sou o burro
Que faz um tempo você vem procurando!...
Sem técnica ou tática, muita força e murro,
O time do Sporting por mim vai chamando!

POETA