Luís Vaz de Camões
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Lusíadas
Canto VIII
33 - Pêro Rodrigues do Landroal*
"Na mesma guerra vê que presas ganha
Estoutro Capitão de pouca gente;
Comendadores vence e o gado apanha,
Que levavam roubado ousadamente.
Outra vez vê que a lança em sangue banha
Destes, só por livrar com o amor ardente
O preso amigo, preso por leal:
Pêro Rodrigues é do Landroal.
*-Landroal (nome original da vila do Alandroal)
BREVE BIOGRAFIA
Poeta português, considerado por muitos o maior poeta português, é o autor do famoso poema épico, Os Lusíadas, e de uma considerável obra lírica e dramática. Os seus dados biográficos mais importantes podemos obtê-los na sua vastíssima obra poética. Através dela se conhecem os seus amores, a vida boémia e arruaceira, as alegrias e frustrações, a pobreza e as inquietações transcendentais.Viveu algum tempo em Coimbra onde terá frequentado aulas de Humanidades no Mosteiro de Santa Cruz. Regressou a Lisboa, levando aí uma vida de boémia. Em 1553, depois de ter sido preso devido a uma rixa, partiu para a Índia. Fixou-se na cidade de Goa e aí terá escrito grande parte da sua obra. Foi nessa mesma cidade que sofreu caluniosas acusações, dolorosas perseguições e duros trabalhos, vindo Diogo do Couto a encontrá-lo em Moçambique, em 1568, "tão pobre que comia de amigos", trabalhandon'Os Lusíadas e no seu Parnaso, "livro de muita erudição, doutrina e filosofia", segundo o mesmo autor.Regressou a Portugal em 1569, pobre e doente, conseguindo publicar Os Lusíadas em 1572, graças à influência de alguns amigos junto do rei D. Sebastião, a quem era dedicado, o que lhe valeu uma tença anual de 15 000 réis pelo prazo de três anos. Os últimos anos de Camões foram amargurados pela doença e pela miséria. Reza a tradição que se não morreu de fome foi devido à solicitude de um escravo Jau, trazido da Índia, que ia de noite, sem o poeta saber, mendigar de porta em porta o pão do dia seguinte. Faleceu em Lisboa no dia 10 de Junho, que é hoje comemorado como o Dia de Portugal e das Comunidades Lusófonas. O seu enterro foi feito a expensas de uma instituição de beneficência, a Companhia dos Cortesãos. Um fidalgo letrado seu amigo mandou inscrever-lhe na campa rasa um epitáfio significativo: "Aqui jaz Luís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu."A sua obra situa-se entre o Classicismo e o Maneirismo, destacando-se, para além da já referida epopeia: Rimas, El-Rei Seleuco, Auto de Filodemo e Anfitriões.
Fonte: Netprof
Homenagem ao vídeo Al Tejo sobre o Alandroal
ALANDROAL
Alandroal terra de castelos
Que a história não esqueceu...
A magia de locais tão belos,
Por um povo nobre se ergueu!
A magia de locais tão belos,
Por um povo nobre se ergueu!
Ao canto oitavo referenciado
O preso amigo, preso por leal...
Nos Lusíadas imortalizado,
Pêro Rodrigues do Landroal!
Assim Camões te celebrizou
Capitão Mor de pouca gente...
A coragem por quanto ousou,
Nessa guerra tão diferente!
Para sempre terás teu nome
Escrito de forma original...
Alandroal, ainda quem chame,
Da história antiga Landroal!!!
O preso amigo, preso por leal...
Nos Lusíadas imortalizado,
Pêro Rodrigues do Landroal!
Assim Camões te celebrizou
Capitão Mor de pouca gente...
A coragem por quanto ousou,
Nessa guerra tão diferente!
Para sempre terás teu nome
Escrito de forma original...
Alandroal, ainda quem chame,
Da história antiga Landroal!!!
Matias José
Direi que além da homenagem ao vídeo do al tejo com imagens do Alandroal, sem dúvida nenhuma uma grande homenagem ao poeta Luís de Camões, a Pêro Rodrigues e a todos os Alandroalenses. É caso para escrever: Ganda Matias José Amigo Cabé!!!
ResponderEliminarUm abraço.
Este poeta cada vez mais me surpreende pela positiva. Em nome de um Alandroalense muito obrigado pela dedicatória e que venha mais poesia!
ResponderEliminarZé Poveco
A veia poética de Camões e a veia poética de outro Camões... depois ainda há a veia poética de um terceiro Camões. O primeiro Luís Vaz de Camões, o segundo Carlos Alberto Camões e o terceiro José Joaquim Camões. Não há duvida, corre-lhes nas veias o sangue antigo dos antepassados. Ainda bem para os amantes de poesia!
ResponderEliminarA ser assim a ordem era a seguinte: primeiro Luís Vaz de Camões, segundo José Joaquim Camões Galhardas e em terceiro Carlos Alberto Biga Camões Galhardas. Pela ordem cronológica esta seria a forma correcta de enunciar. Mas é só um mero pormenor...
ResponderEliminarCabé