Dia Internacional das Crianças Inocentes Vítimas de Agressão
Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes de Agressão- UNICEF. A 19 de Agosto de 1982, na sua sessão extraordinária de emergência sobre a questão da Palestina, "consternada perante o grande número de crianças palestinas e libanesas que foram vítimas inocentes dos actos de agressão de Israel", a Assembleia Geral da ONU decidiu comemorar a 4 de Junho, todos os anos, o Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes de Agressão (resolução ES-7 /8)
Dia 4 de junho não é data para se comemorar, é sim para refletirmos sobre algo terrível: "a violência contra as crianças."
Quatro de junho, por conseguinte, foi escolhido para ser o "Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão."
Infelizmente continua todos os dias a acontecer no mundo!
Porquê as crianças... porque têm elas que sofrer assim? Porque será que há tanta desigualdade no mundo?
ResponderEliminar"Enquanto um homem pensar
ResponderEliminarQue vale mais que outro homem,
São como cães a ladrar...
Não deixam comer, nem comem!"
António Aleixo
UTOPIA
ResponderEliminarUtopia é deixar de pensar
Um mundo melhor pra viver!...
Quando isso acontecer,
Não vou querer cá estar!!!
POETA
O meu nome é "Sara"
ResponderEliminarTenho 3 anos
Os meus olhos estão inchados,
Não consigo ver.
Eu devo ser estúpida,
Eu devo ser má,
O que mais poderia pôr o meu pai em tal estado?
Eu gostaria de ser melhor,
Gostaria de ser menos feia.
Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.
Eu não posso falar,
Eu não posso fazer asneiras,
Senão fico trancada todo o dia.
Quando eu acordo estou sozinha,
A casa está escura,
Os meus pais não estão em casa.
Quando a minha mãe chega,
Eu tento ser amável,
Senão eu talvez levaria
Uma chicotada à noite.
Não faças barulho!
Acabo de ouvir um carro,
O meu pai chega do bar do Carlos.
Ouço-o dizer palavrões.
Ele chama-me.
Eu aperto-me contra o muro.
Tento-me esconder dos seus olhos demoníacos.
Tenho tanto medo agora,
Começo a chorar.
Ele encontra-me a chorar,
Ele atira-me com palavras más,
Ele diz que a culpa é minha, que ele sofra no trabalho.
Ele esbofeteia-me e bate-me,
E berra comigo ainda mais,
Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.
Ele já a trancou.
Eu enrolo-me toda em bola,
Ele agarra em mim e lança-me contra o muro.
Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos,
E o meu dia continua com horríveis
palavras...
"Eu lamento muito!", eu grito
Mas já é tarde de mais
O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável.
O mal e as feridas mais e mais,
"Meu Deus por favor, tenha piedade!
Faz com que isto acabe por favor!"
E finalmente ele pára, e vai para a porta,
Enquanto eu fico deitada,
Imóvel no chão.
O meu nome é "Sara"
Tenho 3 anos,
Esta noite o meu pai *matou-me*.
Estive indeciso sobre a publicação do comentário de 6 de Junho de 2010 às 17:43 horas. Tenho consciência que ele aborda uma realidade que infelizmente ainda acontece em pleno séc. XXI e que não devemos ignorar, muito pelo contrário, a denúncia de situações descritas pelo/a comentarista e outras até de menor gravidade, é uma obrigação moral que a todos diz respeito e muito nos deve preocupar. A questão que se me pôs foi não reavivar a memória a quem já passou por situações idênticas de sofrimento, marcas dolorosas para os que sofreram de alguma forma os castigos, e igualmente para os familiares e amigos. Espero que a Sara continue bem viva no coração de todos os homens e mulheres de boa vontade!
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