Ontém, dia 17 de Outubro de 2010, realizou-se em Ferreira de Capelins o encontro de poetas populares, tendo como mote " A Pobreza e Exclusão Social". Com o apoio da Câmara Municipal do Alandroal, que promoveu a iniciativa, associando-se ao "Ano Europeu 2010, Combate à Pobreza e Exclusão Social", os poetas do nosso concelho compareceram com as suas décimas populares, e muita vontade de confraternização.
Por motivos de saúde (uma tremenda enxaqueca que ainda não me deixou) não pude estar presente para participar do evento, com as minhas primeiras décimas populares, e muita vontade de ouvir os bons poetas que há no concelho do Alandroal. Fica para a próxima...
POBREZA EXCLUÍDA
Mote
Ser pobre e ser mendigo
Por não ter o que comer
Ser excluído triste castigo
Nunca devia acontecer
Glosas
1ª
Neste mundo tão desigual
Quem decretou a sentença,
De haver tanta diferença
Entre pobre e rico, foi fatal...
Mas há quem ache normal
Por só ver o seu umbigo;
Não desejo ao pior inimigo
Querer comer e nada ter,
É penoso assim viver…
Ser pobre e ser mendigo!
2ª
Dizem que a fome é negra,
Eu cá nunca lhe vi a cor;
Acredito que seja um horror…
Nada disso me alegra,
Como pode haver tal regra
Que divide logo ao nascer?
Nunca hei-de entender:
Uns têm tudo com fartura,
Outros cavam a sepultura
Por não ter o que comer!
3ª
Vive gente ao abandono
Não sabemos como resiste,
Tudo isto é muito triste!...
Ao poder não tira o sono.
Viver assim, puro engano!...
Não ter ninguém por amigo,
Sem usufruir de um abrigo
E não se poder fazer nada,
Pobre gente abandonada…
Ser excluído triste castigo!
4ª
A vida teria outro sentido
Havendo mais igualdade,
Seria bom de verdade
Tudo ser mais repartido...
Ter o essencial garantido!
Oh!... Como gostaria de ver
Um diferente amanhecer
Nesses olhares famintos,
Perdidos em solidão, aflitos…
Nunca devia acontecer!!
POETA
Ser excluído triste castigo
Nunca devia acontecer
Glosas
1ª
Neste mundo tão desigual
Quem decretou a sentença,
De haver tanta diferença
Entre pobre e rico, foi fatal...
Mas há quem ache normal
Por só ver o seu umbigo;
Não desejo ao pior inimigo
Querer comer e nada ter,
É penoso assim viver…
Ser pobre e ser mendigo!
2ª
Dizem que a fome é negra,
Eu cá nunca lhe vi a cor;
Acredito que seja um horror…
Nada disso me alegra,
Como pode haver tal regra
Que divide logo ao nascer?
Nunca hei-de entender:
Uns têm tudo com fartura,
Outros cavam a sepultura
Por não ter o que comer!
3ª
Vive gente ao abandono
Não sabemos como resiste,
Tudo isto é muito triste!...
Ao poder não tira o sono.
Viver assim, puro engano!...
Não ter ninguém por amigo,
Sem usufruir de um abrigo
E não se poder fazer nada,
Pobre gente abandonada…
Ser excluído triste castigo!
4ª
A vida teria outro sentido
Havendo mais igualdade,
Seria bom de verdade
Tudo ser mais repartido...
Ter o essencial garantido!
Oh!... Como gostaria de ver
Um diferente amanhecer
Nesses olhares famintos,
Perdidos em solidão, aflitos…
Nunca devia acontecer!!
POETA
Excelentes décimas, meu querido amigo!... também eu lamento não ter estado presente porque eventos assim merecem a nossa melhor atenção e dignificam o trabalho que se faz em defesa da nossa identidade e do nosso património. Parabéns ao Alandroal!...
ResponderEliminarPara ti, os meus melhores votos de boas melhoras.
Bjs
Para primeiras são obra!(as décimas) 10**********estrelas eu as classifico!!!
ResponderEliminarUm beijinho POETA
Maria
Continua com as décimas, estás aprovado...
ResponderEliminarBRAVO!
Muito boas as décimas, de um grande humanismo...
ResponderEliminarOs meus sinceros parabéns!
Poeta
Não aprecio muito as décimas populares, mas foram tantas as verdades que escreveste que fiquei sem palavras...
ResponderEliminarAdmiradora Secreta