quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ÓPERA - GIUSEPPE VERDI

Giuseppe Fortunino Francesco Verdi, grande compositor italiano de ópera, faleceu no dia 27 de Janeiro de 1901, em Milão. No romantismo italiano foi considerado o maior compositor em Itália e um dos mais importantes do séc.XIX.
Poet'anarquista
Giuseppe Verdi
Compositor Italiano
BIOBRAFIA

Verdi nasceu no seio de uma família humilde. Depois de revelar interesse pela música, ganhou do pai uma espineta (antigo instrumento de teclado e corda, semelhante ao cravo), comprada com grande sacrifício. Aos 12 anos já era o organista da igreja da sua cidade natal. 

Sob a protecção do comerciante Barezzi, que lhe financiará os estudos, segue para Milão. Apesar de ser recusado pelo Conservatório, graças a Barezzi estuda com professores particulares. Mais tarde, casará com a filha do seu mecenas, Margherita, com quem terá dois filhos. Mãe e filhos morrerão poucos depois de 1840. 

Buscando reconstruir a sua vida, Verdi alcança ruidoso sucesso com a ópera Nabuco, em 1842. O enredo, que relata o conflito entre assírios e judeus, incendiou a imaginação do povo italiano, que encontrou semelhanças entre os judeus e a sua própria luta contra a opressão austríaca. A música de Verdi acompanharia a transformação da península italiana em Estado independente, livre e unitário.

Até aquele momento, a ópera italiana era dominada por Rossini, Donizetti e Bellini, cujas composições permitiam aos cantores exibir seus talentos em árias espectaculares. Verdi, no entanto, estava mais preocupado com os aspectos dramáticos da ópera. Por exemplo, ao dirigir Macbeth, sua ópera de 1847, ele pede uma cantora "de voz algo rude, rouca e triste, com algo de diabólico em si" para fazer o papel de Lady Macbeth, e não a soprano já escolhida, que apenas sabia cantar com perfeição.


ROMANTISMO SINGULAR


As óperas Rigoletto (1851), Il Trovatore (1853) e La Traviata (1853) foram os maiores sucessos de Verdi e são até hoje as mais representadas no mundo inteiro. 

A crítica reagiu contra essa extraordinária popularidade, considerando as três obras como vulgares, inspiradas por um falso romantismo, mas não percebeu, contudo, a riqueza da invenção melódica e os elementos realistas: nas óperas, até então ocupadas por personagens mitológicos ou históricos, Verdi dá vida a um corcunda (Rigoletto) e a uma prostituta (em La Traviata). Em termos de valor estritamente musical, o quarteto do último acto de Rigoletto e o prelúdio instrumental do último acto de La Traviata são trechos geniais.

O romantismo de Verdi é singular: ele crê na capacidade redentora do amor, tem simpatia pelos humilhados e ofendidos, protesta contra as injustiças e concede aos finais um caráter profundamente trágico.

A qualidade das obras iniciais se repetirá nos trabalhos da maturidade: Un ballo in mascheraLa forza del destino e Don Carlo (uma sombria ópera histórica).

Giuseppe Verdi
Pintado por Giovanni Boldini (1886)

Para a abertura do canal do Suez foi encomendada a Verdi a ópera Aida (1871), um dos seus grandes triunfos. Na velhice compõe um Réquiem (1874) - música apaixonada e mística, feita em homenagem ao seu grande amigo, o romancista e poeta Alessandro Manzoni -, a ópera Otello (o seu trabalho mais trágico) e Falstaff, quase uma ópera-bufa, o olhar irónico de um génio que se despede da vida.

As últimas obras de Verdi são quatro peças sacras: Ave MariaStabat Mater,Laudi e Te Deum. No seu testamento, o compositor deixou a sua grande fortuna a uma fundação para ajudar músicos pobres.
Fonte: UOL Educação
"LA FORCE DU DESTIN" - OUVERTURE

GIUSEPPE VERDI


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