sábado, 2 de abril de 2011

LITERATURA - ÉMILE ZOLA

Émile-Édouard-Charles-Antoine-Zola, na escrita literária Émile Zola, nasceu em Paris a 2 de Abril de 1840. Consagrou-se como escritor francês criador da escola naturalista francesa, tendo sido um dos mais importantes escritores literários do seu tempo. Foi igualmente uma figura libertária de grande relevo na França. Faleceu em Paris, juntamente com a sua esposa, a 29 de Setembro de 1902, vítimas da inalação de gases letais de monóxido de carbono provenientes de uma lareira.
Poet'anarquista
Émile Zola
Escritor Francês

«Retrato de Émile Zola»
Por Edouard Manet (1868)
BIOFRAFIA
02/04/1840, Paris, França
28/09/1902, Paris, França

Émile-Édouard-Charles-Antoine Zola foi o fundador e o principal representante do movimento literário naturalista. Educado em Aix-en-Provence, Zola começou a trabalhar em 1862 no departamento de vendas da uma editora. Quatro anos depois decidiu dedicar-se exclusivamente à literatura. As suas duas primeiras obras, "Contes à Ninon" (1864) e o romance "La Confession de Claude" (1865) marcaram a transição para o naturalismo, já definitivamente manifesto em "Thérèse Raquin" (1867).

Inspirado na filosofia positivista e na medicina da época, Zola partia da convicção de que a conduta humana é determinada pela herança genética, pela fisiologia das paixões e pelo ambiente. Conforme afirmou no ensaio "O romance experimental" (1880), o desenvolvimento dos personagens e das situações deve ser determinado de acordo com critérios científicos similares aos empregados nas experiências de laboratório. A realidade deve ser descrita de maneira objectiva, por mais sórdidos que possam parecer alguns aspectos.

Consciente da dificuldade de conferir carácter científico a uma obra de ficção, Zola procurou pôr em prática as suas concepções. A partir de 1871, trabalhou num ciclo de vinte romances, «Os Rougon-Macquart», que tinha como subtítulo «História Natural e Social de uma Família no Segundo Império». Essa obra constitui um painel vigoroso e franco sobre a decadência da sociedade do Segundo Império - o que lhe valeu várias acusações de pornografia. A primeira parte do ciclo - «A Taberna» (1876) e «Nana» (1880) - é dominada por uma atmosfera de degeneração e fatalismo, mas a partir de «Germinal» (1885) a descrição das más condições de vida numa comunidade de mineradores destaca a opressão social como responsável pela paralisação moral da humanidade.

Posteriormente Zola escreveu outros dois conjuntos de romances, «As Três Cidades» (1894-1898) e «Os Quatro Evangelhos» (1899-1902), onde manteve a violência quase visionária dos trabalhos anteriores.

Nos últimos anos de vida, o escritor foi mais uma vez alvo de polémica por sua intervenção no caso de Alfred Dreyfus, oficial judeu do Exército francês condenado por traição, cuja inocência Zola defendeu em público, acusando os comandos militares de terem admitido provas falsas. Julgado por injúria e condenado a um ano de prisão, Zola exilou-se em Londres em 1898 e só regressou à França 11 meses depois. 

Émile Zola e sua mulher morreram em Paris, asfixiados pelo monóxido de carbono de um acidente com uma chaminé.
Fonte: UOL Educação

«O Sonho»
Romance de Émile Zola

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