Biografia de João Paulo Galhardas (autor das ilustrações publicadas)
Coimbra, 30-07-1964
Évora, 02-10-1994
Por força do destino nasceu em Coimbra no dia 30 de Julho de 1964, mas toda a sua vida foi passada no Alandroal.
Logo desde muito cedo se vieram a revelar os seus dotes para a pintura e desenho, com um percurso de evolução notável, tanto no domínio do traço como das cores.
Da sua obra constam os mais variados temas que englobam a banda desenhada, vistas do Alandroal, pinturas a óleo e aguarela, desenho a carvão, molde em pasta de papel, cartazes, caricaturas e desenho em barro.
Autodidacta por excelência, criava as suas próprias cores a partir de pigmento de flores que utilizava com mestria em ensaios e, posteriormente, em algumas das obras que realizou.
Sem formação académica em Artes, pois tinha apenas o 12º ano de escolaridade, exerceu as funções de professor de Educação Visual na Escola Diogo Lopes de Sequeira do Alandroal e, mais tarde, veio a adquirir formação como Técnico de Arqueologia de Campo, uma paixão de longa data.
Do seu currículo artístico constam três exposições, duas em Vila Viçosa e uma no Alandroal.
Vítima de uma doença do foro psiquiátrico, pôs termo à vida no dia 2 de Outubro de 1994 com apenas 30 anos de idade.
Foi sepultado no Alandroal no dia 1 de Novembro de 1994, «Dia de Todos os Santos».
Após a sua morte realizaram-se cinco exposições. Três delas no Alandroal - Carlos Bar, Restaurante Zé do Alto e Átrio da Câmara Municipal do Alandroal, e duas em Terena - Junta de Freguesia e Café Bar A Moagem.
Para todos os Amigos d’ Arte aqui está um pouco da sua obra para nos servir de alimento e companhia.
Texto: Poet'anarquista
«Vila Cheia»
JPGalhardas
«Entrada de Vila Cheia»
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«Monte nos Arredores de Vila Cheia»
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«Arredores de Vila Cheia - À Porta do Monte»
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«Banda Desenhada - Personagens de Vila Cheia»
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«Rosa Maria Mendes Marques - Personagem de Vila Cheia»
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«Banda Desenhada - Vila Cheia»
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«Banda Desenhada - Vila Cheia»
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«Banda Desenhada - Vila Cheia»
JPGalhardas
«Banda Desenhada - Vila Cheia»
JPGalhardas
BURACO D'ALMA
Lá para os lados de «Vila Cheia?»...
Num lugar de encantar,
Uma Alma em seu Buraco
Não se cansa de esperar!
Sei que por mim anseia
Para estar perto, a seu lado,
E poder enfim libertar,
Este ser, seu ser amado!
Matias José
VILA CHEIA
Terra de horizontes imaginários
Ali nas abas da serra d’Ossa...
Onde gente simples mas honrada,
Espera um novo dia, outra alvorada!
Sorrindo para quem passa
Por caminhos já secundários,
Esse povo da vila amada
Tem cheiro a terra molhada!!
Vila Cheia, vila nossa?!...
De personagens extraordinários,
Será sempre a arte imaginada
Desta vossa «Banda Desenhada»!!!
Matias José
À PORTA DO MONTE
Era o cair da tarde do mês de Abril.
À porta do monte os velhotes
Espreitavam os últimos raios de sol
De um dia como outro qualquer (?)
Fazendo prospecção no terreno...
(Porque as pedras dos nossos antepassados
Também eram a sua paixão de menino),
Descansou por alguns minutos
Retrocedendo a épocas muito antigas?!
Estavam riscados os primeiros traços
Para uma nova aventura de «Banda Desenhada»!
Matias José
Para uma nova aventura de «Banda Desenhada»!
Matias José
Pela mesma ordem
ResponderEliminarMuito boa alma na foto
Muito bom texto biográfico
Muito boa banda desenhada
Muito bom poemas
Muito boa publicação
Muito bom momento no blogue
Bjs
Assino por baixo do último comentário. Quem o conheceu sabe que era uma pessoa especial, um verdadeiro artista. Uma homenagem merecida que fazes ao teu irmão.
ResponderEliminarAbraço
Tanto tempo já passou,
ResponderEliminareu que te conheci menino,
mas a alma, essa ficou,
porque teve outro destino.
Sinto em mim a tua bondade,
a tua arte de desenhar,
e juntos somos, em irmandade,
a forma presente do verbo amar.
Como diz da vida a poesia:
amar é a luz que nos aquece...,
uma estrela brilhante que nos guia,
porque de manhãzinha nunca adormece.
AC
Os desenhos estão sensacionais assim como a poesia. Obrigado ao Cabé por ter cuidado da obra do João Paulo. Ao que sei salvou muita coisa e ainda bem.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarTodas as *****estrelas do universo nesta publicação maravilhosa. Dois bons amigos, duas almas extremamente sensíveis, um nas pinturas que nos deixou, outro nas palavras que perpetuam estes momentos de rara beleza. Vivam os amigos de arte, viva o blogue poetanarquista!
ResponderEliminarMaria