Publica-se soneto inédito de João Paulo Galhardas com o título «A Meu Pai». Este soneto e um outro dedicado a sua mãe, são os únicos poemas que lhe conheço e que atestam da sua potencialidade artística. Sendo principalmente um pintor e desenhador de primeiro plano, a música e a poesia também se revelaram em João Paulo, pese embora em menor escala. Já aqui publiquei um vídeo, igualmente inédito, onde se pode ouvir a sua voz cantando à capela «A Catedral de Lisboa» de Zeca Afonso. Hoje é a vez da literatura com poesia dedicada a seu pai e que, achei muito oportuno dar a conhecer a todos os seguidores do espaço «Amigos d'Arte» neste «Dia do Pai, 19 de Março de 2012». Então, para um pai muito especial, João Paulo escreveu assim...
Poet'anarquistaSoneto «A Meu Pai»
De Filho para Pai
A MEU PAI
Meu Pai, formidável poeta sonetista,
A tua métrica, para mim, é a mais bela;
Da Virgem Santa inspirado artista
Bebo os teus versos, como pinto uma aguarela.
Homem novo que abandonaste a cela,
A tua memória folheia-se em revista
E dela recolhes com mãos de ilusionista
Todo o vigor, da juventude bela.
Que o poder de Deus é infinito
E que estás curado, pai, eu acredito,
Só assim este poema surtirá proveito.
E para que rime este último terceto
Pai, como tu não tenho jeito
Mas aqui te dedico este soneto.
JPGalhardas
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