O escritor e jornalista português
José Valentim Fialho de Almeida, ou simplesmente Fialho de Almeida, nasceu em
Vila de Frades, a 7 de Maio de 1857. Destacam-se da sua obra
pós-romântica, de grande beleza linguística, a colectânea de crónicas «Os
Gatos» e o romance «O País das Uvas». A última fase da sua vida foi dedicada ao campo e à agricultura. Fialho de Almeida faleceu na vila de
Cuba, Baixo Alentejo, a 4 de Março de 1911.
Poet’anarquista
Fialho de Almeida
Escritor Português
«O País das Uvas»
Fialho de Almeida
SOBRE O ESCRITOR…
José Valentim Fialho de Almeida, escritor português, nasceu
em Vila de Frades, no Baixo Alentejo no ano de 1857. Filho de um professor
primário, a quem ficou a dever os primeiros rudimentos da sua educação, viu-se
obrigado, devido a dificuldades económicas da família, a empregar-se ainda adolescente,
como ajudante de farmácia. Com muito esforço, conseguiu completar o curso de
medicina na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa (1875), mas praticamente nunca
exerceu a profissão.
«Os Gatos»
Fialho de Almeida
Entregando-se à vida boémia na capital, estreou cedo na literatura com um
volume de «Contos»(1881). Depois escreveu crónicas fustigando os costumes
lisboetas em estilo sarcástico, como os de Eça de Queirós e Ramalho Ortigão.
Naturalista, defendeu os pobres, a marginalidade e a boémia. Publicou «Os
Gatos» (1889-1893), uma coletânea de suas crónicas, «Lisboa Galante» (1890), «Pasquinadas» (1890), «Vida
Irônica» (1892), «O País das Uvas» (1893) e «A Esquina» (1903).
Fialho de Almeida sempre foi conhecido pelo seu temperamento inquieto e
angustiado, e cuja obra foi marcada por um autêntico interesse por traços
humanos neuróticos e socialmente repudiados.
«Ceifeiros»
Fialho de Almeida
A sua vida foi cheia de dissabores e agruras, porque parece que o destino se
decidiu a lutar contra ele. No meio de tudo o que lhe foi sucedendo, nunca
deixou de trabalhar e, no papel, imprimiu páginas de deslumbramento. Os vultos
da literatura deram-lhe um lugar de destaque na hoste dos grandes contistas
portugueses.
Os seus contos procuram apreender o lado mais impressionante da miséria ou do
sofrimento, e o assunto, muitas vezes, são casos mórbidos. As inúmeras crónicas
que escreveu são muitíssimo irregulares quanto ao mérito.
«Amor?» (Dez Contos)
Fialho de Almeida
Embora a sua escrita se paute pelo mordaz, ele era muito sensível à ternura:
deixava-se embalar por sentimentos que se refletem na sua obra, que é de uma
beleza extraordinária. Tinha um conhecimento profundo da nossa língua; por
isso, a enriqueceu grandemente, introduzindo-lhe novos e arrojados meios de
construção, neologismos e nacionalização de termos expressivos. Caracteriza-o
um estilo vigoroso, muito exuberante e colorido.
Casado com uma lavradora rica alentejana, passou a última fase da sua vida no
Alentejo, dedicando-se à agricultura.
Fonte: passeiweb
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