E a música de hoje é...
(Dedicada a Eveline e Rufino Casablanca)
MERCEDES SOSA*CAETANO VELOSO*CHICO BUARQUE
GAL COSTA*MILTON NASCIMENTO
«Volver A Los 17»
Poet'anarquista
VOLTAR AOS 17
Voltar aos 17 depois de viver um século
É como decifrar sinais sem ser sábio competente
Voltar a ser de repente tão fragil como um segundo
Voltar a sentir profundo como um menino diante de Deus
Isso é o que sinto neste instante fecundo
Vai se envolvendo, envolvendo
Como no muro a hera
E vai brotando, brotando
Como o musgo na pedra
Como o musgo na pedra, ai sim, sim, sim.
Meu passo retrocede quando o de vocês avança
O arco das alianças penetrou em meu ninho
Com todo seu colorido passeou por minhas veias
E até a dura corrente com a qual nos prende o destino
É como um diamante fino que ilumina minha alma serena
Vai se envolvendo, envolvendo
Como no muro a hera
E vai brotando, brotando
Como o musgo na pedra
Como o musgo na pedra, ai sim, sim, sim.
O que pode o sentimento não o pode o saber
Nem o mais claro proceder, nem o maior dos pensamentos
Tudo o muda num momento qual mago condescendente
Nos afasta docemente de rancores e violências
Só o amor com sua ciência nos torna tão inocentes
Vai se envolvendo, envolvendo
Como no muro a hera
E vai brotando, brotando
Como o musgo na pedra
Como o musgo na pedra, ai sim, sim, sim.
O amor é um turbilhão de pureza original
Até o feroz aminal sussura seu doce som
Detém os pergrinos, liberta os prisioneiros
O amor com seus esforços ao velho o torna criança
E ao mal só o carinho o torna puro e sincero
Vai se envolvendo, envolvendo
Como no muro a hera
E vai brotando, brotando
Como o musgo na pedra
Como o musgo na pedra, ai sim, sim, sim.
De par em par a janela se abriu como por encanto
Entrou o amor com seu manto como uma fraca manhã
Ao som de sua bela Diana fez brotar o jasmim
Voando qual serafim ao céu lhe pôs brincos
Meus anos em dezessete os converteu o querubim
Mercedes Sosa
Caetano Veloso
Chico Buarque
Gal Costa
Milton Nascimento
(Obrigado a Rufino Casablanca pela partilha dos seus belíssimos retratos)
(Obrigado a Rufino Casablanca pela partilha dos seus belíssimos retratos)
Cinco monstros sagrados da canção sul-americana, cantando uma criação de outra grande cantautora chilena, Violeta Parra.
ResponderEliminarAqui se juntam, com muita oportunidade e arte, vários artistas que, ao longo dos anos, nos proporcionaram tantos momentos de satifação.
O meu muito obrigado ao poet'anarquista.