O pintor português Amadeu de Sousa Cardoso nasceu em Manhufe, freguesia de Mancelos, Amarante, a 14 de Novembro de 1887. Pertenceu à primeira geração de pintores modernistas, tendo-se destacado pela qualidade excepcional da sua obra. A sua pintura enquadra-se em movimentos como o cubismo, futurismo e o expressionismo, atingindo um nível equiparado à arte internacional sua contemporânea. Amadeu de Sousa Cardoso faleceu em Espinho, a 25 de Outubro de 1918. O «Google» celebra hoje o centésimo vigésimo quinto aniversário da data do seu nascimento e Poet'anarquista associa-se a essa efeméride publicando biografia, pintura e vídeo desse grande pintor português do século XX.
Poet'anarquista
Amadeu de Sousa Cardoso
Pintor Português
«Auto-Retrato»
Amadeu de Sousa Cardoso
SOBRE O ARTISTA…
Amadeo de Souza-Cardoso, nasceu em Manhufe, freguesia de
Mancelos, Amarante, a 14 de Novembro de 1887 e morreu em Espinho, a 25 de
Outubro de 1918) foi um pintor português, precursor da arte moderna,
prosseguindo o caminho traçado pelos artistas de vanguarda da sua época. Embora
tendo tido uma vida curta, a sua obra tornou-se imortal.
Frequentou o curso de Arquitectura na Academia de
Belas Artes de Lisboa em 1905 que interrompeu para partir para Paris, em 1906,
instalando-se em Montparnasse, tomando contacto primeiro com o Impressionismo e
depois com o Expressionismo e o Cubismo, dedicando-se, assim, exclusivamente à
pintura. As primeiras experiências deram-se no desenho, especialmente
como caricaturista. Em 1908 instala-se no número catorze da Cité de Falguière.
Em Paris, frequentou ateliers preparatórios para Academia de Beaux-Arts e
a Academia Viti do pintor catalão Anglada Camarasa. Em 1910 fez uma
estadia de alguns meses em Bruxelas e em 1911 expôs trabalhos no Salon des
Indépendants, em Paris, havendo-se aproximado progressivamente das vanguardas e
de artistas como Amedeo Modigliani, Constantin Brancusi, Alexander Archipenko,
Juan Gris e Robert Delaunay. Em 1912 publicou um álbum com vinte desenhos e, em
seguida, copiou o conto de Gustave Flaubert, «La Légende de Saint Julien
l'Hospitalier», trabalhos ignorados pelos apreciadores de arte.
Depois de participar em 1913 de uma exposição com oito
trabalhos nos Estados Unidos da América, no Armory Show, voltou a
Portugal, onde teve a ousadia de realizar duas exposições, respectivamente no
Porto e em Lisboa. Nesse ano participou ainda no Herbstsalon da
Galeria Der Sturm, em Berlim. Em 1914 encontrou-se em Barcelona com Antoni
Gaudí, e parte para Madrid onde é surpreendido pelo início da I Guerra Mundial.
Regressou então a Portugal, onde iniciou meteórica carreira na experimentação
de novas formas de expressão, tendo pintado com grande constância ao ponto de,
em 1916, expor no Porto 114 obras com o título «Abstraccionismo», que foram
também expostas em Lisboa, num e noutro caso com novidade e algum escândalo.
O cubismo em expansão por toda a Europa foram influências
marcantes no seu cubismo analítico.
Amadeo de Souza-Cardoso explora o expressionismo e nos seus
últimos trabalhos experimenta novas formas e técnicas, como as colagens e
outras formas de expressão plástica.
Em 25 de Outubro de 1918, aos 31 anos de idade, morre prematuramente
em Espinho, vítima da «pneumónica» que grassava em Portugal.
Fonte: ebicuba.drealentejo.pt/
«O Pastor»
Amadeu de Sousa Cardoso
«Menina dos Cravos»
Amadeu de Sousa Cardoso
«Máscara - Olho Verde»
Amadeu de Sousa Cardoso
«Dom Quixote»
Amadeu de Sousa Cardoso
«Cabeça»
Amadeu de Sousa Cardoso
«Procissão do Corpo de Cristo»
Amadeu de Sousa Cardoso
«Ponte d'Albb»
Amadeu de Sousa Cardoso
«Caricatura do Artista Emmerico Nunes»
Amadeu de Sousa Cardoso
«MODERNISMO»
AMADEU DE SOUSA CARDOSO
Caríssimo,
ResponderEliminarSerá que me podia dizer onde se encontram expostas os quadros tão genialmente escolhidos acima?
E já agora porque é que se intitula de «Poet'Anarquista»? Alguma intimidade com as teorias de, entre outros, Proudhon, Bakunin ou Réclus?
Uma excelente continuação,
Fernando
P.S.: ainda não tive tempo suficiente para estudar o seu blogue.
Boas, Fernando...
ResponderEliminarNa década de 1980, a maioria das obras pertença de particulares foi adquirida pela Fundação Calouste Gulbenkian. Existem muito poucas obras fora de Portugal.
O nome «Poet'anarquista» surgiu com a seguinte citação: «Um poema é uma anarquia suprema.» (POETA)
Escrevo por aqui poesia com os heterónimos «Matias José» e «POETA»
Sobre Proudhon (tradição no anarquismo, federalismo e cooperativismo), Bakunin (tradição no paneslavismo e anarquismo) e Réclus (tradição no anarquismo e vegetarianismo), não direi intimidade com as teorias, mas grande interesse nas várias correntes da história.
Saudações,
Carlos Camões Galhardas