domingo, 16 de dezembro de 2012

SONETO DE OLAVO BILAC

Recordando mais uma vez, em data de aniversário do seu nascimento, o poeta e jornalista brasileiro Olavo Bilac (nasceu a 16 de Dezembro de 1865, no Rio de Janeiro). Poderá consultar aqui- «POESIA BRASILEIRA» sobre vida e obra de um dos mais importantes poetas do parnasianismo brasileiro, e  membro fundador da Academia Brasileira de letras. O soneto que transcrevo para comemorar esta data e homenagear o poeta, tem por título «Não és bom, nem és mau». Boa leitura introspectiva!
Poet'anarquista
«Caricatura do Poeta Olavo Bilac»
P'lo Cartunista Brasileiro Alian

NÃO ÉS BOM, NEM ÉS MAU

Não és bom, nem és mau: és triste e humano... 
Vives ansiando, em maldições e preces, 
Como se a arder no coração tivesses 
O tumulto e o clamor de um largo oceano. 

Pobre, no bem como no mal padeces; 
E rolando num vórtice insano, 
Oscilas entre a crença e o desengano, 
Entre esperanças e desinteresses. 

Capaz de horrores e de acções sublimes, 
Não ficas com as virtudes satisfeito, 
Nem te arrependes, infeliz, dos crimes: 

E no perpétuo ideal que te devora, 
Residem juntamente no teu peito 
Um demónio que ruge e um Deus que chora. 

Olavo Bilac

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