Trégua de Natal, 25 de Dez./ 1914
Soldado Inglês e Alemão Confraternizam
«Quase um Séc. Depois...»
CONSOADA DE NATAL (A GUERRA PODE ESPERAR…)
CONSOADA DE NATAL (A GUERRA PODE ESPERAR…)
Ouvem-se ao longe o rufar de mil tambores...
Regressam da guerra os soldados p'la consoada,
Esperam por eles mulheres sedentas d’amores
Num tempo novo onde a guerra não é esperada!
A paz reina, dizem… porque reina o Deus Menino,
E por momentos cessam o ribombar dos canhões...
Interrompem ano após ano a marcha do destino
Vendendo ao mundo um tempo gasto de ilusões.
Esta paz podre, onde parece haver alguma acalmia,
Motivo de reencontro de velhos amigos d’armas…
Deixa nos corações saudosos estranha melancolia;
Rezam p'los mortos, desejando paz às suas almas...
Orações sentidas reúnem no Natal a velha família
E a guerra, por instantes, tem sabor a noites calmas!
Matias José
MAGNÍFICO SONETO QUASE UM SÉCULO DEPOIS. BRAVO!!!!
ResponderEliminarMais um soneto que marca a escrita inconfundível deste poeta alandroalense.
ResponderEliminarMuitos parabéns e um bom ano novo para o poetanarquista!
De passagem...
Bom Ano Novo com excelente poesia no sapatinho é o que mais desejo!
ResponderEliminarUm abraço das arábias