A Anta «da Candeeira»
JPGalhardas
A ANTA «DA CANDEEIRA»
Nas abas da serra d’Ossa situada
A anta com janela da
Candeeira...
Nasce a lua no corredor d’entrada,
Põe-se o sol por trás da cabeceira.
Diz uma lenda do povo da aldeia
Que aí habitou um monge ermita,
Sem ver luz do sol e de lua cheia...
Recolhido na alma, longe da vista!
Afastado dos prazeres do mundo
No interior da anta permanece,
Meditando em silêncio profundo…
A noite cai, e outro dia amanhece.
POETA
Anta da Candeeira
JPGalhardas
E outro tempo...
BURACO D'ALMA
Lá para os lados de «Vila Cheia?»...
Num lugar de encantar,
Uma Alma em seu Buraco
Não se cansa de esperar!
Sei que por mim anseia
Para estar perto, a seu lado,
E poder enfim libertar,
Este ser, seu ser amado!
Matias José
Pese embora a poesia do "Poeta" e do "Matias José", hoje, a minha homenagem, vai inteirinha para o JPGalhardas.
ResponderEliminarUm alandroalense
Decorriam os trabalhos de campo da "Carta Arqueológica do Alandroal", lá pelo início dos anos noventa do século passado, ali para os lados da Mina do Bugalho, quando o edil de serviço se lembrou de convidar o responsável pelos trabalhos e aquela magnífica equipa de jovens voluntários, para almoçar na taberna do Zé Unta. Foi um almoço modesto, um almoço à Zé Unta, como está bem de ver. No fim da refeição, já na fase do paleio, dos cafés e das cigarradas, um daqueles generosos jovens, que tinha rabiscado um desenho no papel que cobria a mesa, num gesto simples, tão simples e despretensioso como ele próprio, fez oferta do desenho ao convidante do almoço.
ResponderEliminarO artista era o "Palêra". Pois quem havia de ser?
Um admirador de sempre e para sempre.
Adorei A Anta, simples e profundo, parabéns!!
ResponderEliminarDevo esclarecer, porque acho que o devo fazer, o desenho original da anta pertença de um amigo especial, é o primeiro que aparece na publicação.
ResponderEliminarO segundo desenho, cópia do primeiro, está adulterado. A introdução da janela da anta e o desaparecimento dos raios solares, transformando o sol numa lua, foi de minha autoria. E isto porquê?...
Porque nem o amigo especial ou eu sabemos o nome da anta desenhada por JPGalhardas. Pode dar-se o caso de ser uma anta do seu imaginário.
Como tenho uma ligação especial com a «Anta da Candeeira*», resolvi batizá-la com esse nome. Além do mais, o poema de Matias José «Buraco d'Alma» foi inspirado precisamente na mesma anta, vai para 7 anos e com dedicatória a JPGalhardas.
É claro que, esta publicação «A Anta, por JPGalhardas», é mais uma homenagem a JPGalhardas, e neste caso em particular, também ao amigo especial de ambos.
*- Monumento megalítico situado na Aldeia da Serra, Concelho de Redondo.