«Insónia»
Fernando Ureña
INSÓNIA DOS DIAS
Dorme comigo a insónia dos dias…
Meu quarto, janela aberta no muro
Onde o sono vagueia p’las noites frias,
Guarda segredos num silêncio escuro.
Passam as horas, sem haver descanso,
De olhos fechados e mente desperta…
Por que é de noite, eu nunca me canso
Remar contra o tempo em hora incerta.
Soa, longínquo, o cantar madrugador
Do velho galo no seu tom provocador;
P’la manhã, quando pretendo sossegar,
O som da azáfama torna-se assustador!
A insónia persiste, sem me abandonar,
E ao dia peço para a noite não chegar.
Matias José
SIMPLESMENTE FANTÁSTICO O SONETO "INSÓNIA DOS DIAS". MUITOS PARABÉNS AO POETA MATIAS JOSÉ!
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