O escritor e crítico de arte francês Guillaume Apollinaire,
nasceu em Roma, a 26 de Agosto de 1880. Um dos mais importantes activistas
culturais de vanguarda do início do séc. XX, conhecido pela particularidade da
sua poesia sem pontuação e gráfica. Escreveu importantes manifestos de
vanguarda em França, um dos quais o Cubismo e foi ele o criador da palavra
Surrealismo. Guillaume Apollinaire faleceu em Paris, a 9 de Novembro de 1918.
Poet’anarquista
Guillaume Apollinaire
Poeta Francês
SOBRE O AUTOR…
Guillaume Apollinaire nasceu em 26 de agosto de 1880 e
morreu em 9 de novembro de 1918, em Paris, próximo ao fim da primeira Grande
Guerra, da qual participou e onde foi ferido gravemente em março de 1916.
Participou ativamente e influenciou os movimentos de
vanguarda que sacudiram Paris no princípio do século XX e acabaram por
transformar definitivamente todas as artes.
A sua obra é vasta e fragmentada, tendo sido publicada
durante quase duas décadas em jornais, revistas, panfletos e livros. Percorreu
todos os géneros: poesia, prosa, prosa poética, teatro, ensaio e crítica.
Fonte: L&PM EDITORES
LAÇOS
Cordas feitas de gritos
Sons de sinos através da Europa
Séculos enforcados
Carris que amarrais nações
Não somos mais que dois ou três homens
Livres de todas as peias
Vamos dar-nos as mãos
Violenta chuva que penteia os fumos
Cordas
Cordas tecidas
Cabos submarinos
Torres de Babel transformadas em pontes
Aranhas-Pontífices
Todos os apaixonados que um só laço enlaçou
Outros laços mais firmes
Brancas estrias de luz
Cordas e Concórdia
Escrevo apenas para vos celebrar
Ó sentido ó sentidos caros
Inimigos do recordar
Inimigos do desejar
Inimigos da saudade
Inimigos das lágrimas
Inimigos de tudo o que eu amo ainda
Sons de sinos através da Europa
Séculos enforcados
Carris que amarrais nações
Não somos mais que dois ou três homens
Livres de todas as peias
Vamos dar-nos as mãos
Violenta chuva que penteia os fumos
Cordas
Cordas tecidas
Cabos submarinos
Torres de Babel transformadas em pontes
Aranhas-Pontífices
Todos os apaixonados que um só laço enlaçou
Outros laços mais firmes
Brancas estrias de luz
Cordas e Concórdia
Escrevo apenas para vos celebrar
Ó sentido ó sentidos caros
Inimigos do recordar
Inimigos do desejar
Inimigos da saudade
Inimigos das lágrimas
Inimigos de tudo o que eu amo ainda
Guillaume Apollinaire
TROMPAS DE CAÇA
A nossa história nobre e trágica
como máscara de tirano
não drama de acaso ou mágica
nenhum detalhe de engano
faz patético o amor
E Thomas De Quincey emborcando
ópio veneno doce e casto
de sua Ana triste sonhando
passemos pois tudo passa
para trás me irei voltando
Lembranças trompas de caça
ecos no vento acabando
como máscara de tirano
não drama de acaso ou mágica
nenhum detalhe de engano
faz patético o amor
E Thomas De Quincey emborcando
ópio veneno doce e casto
de sua Ana triste sonhando
passemos pois tudo passa
para trás me irei voltando
Lembranças trompas de caça
ecos no vento acabando
Guillaume Apollinaire
O GATO
Eu quero na minha casa:
Uma mulher com a sua razão,
Um gato entre os livros,
Amigos em qualquer época do ano
Sem os quais não posso viver.
Guillaume Apollinaire
Amigo Cabé faltou acrescentar uma género literário muito interessante do Autor em questão.
ResponderEliminarJá leste "As onze mil vergas" ou "Proezas amorosas de um Jovem D. Juam".?
Eu empresto se estiveres interessado.
Um abraço
Chico
Sei do livro que falas, mas não o li. O erotismo e sexualidade presentes na escrita poética de Guillaume Apollinaire.
ResponderEliminarAceito o empréstimo e agradeço a tua disponibilidade.
Já agora, sobre o autor e as «Proezas Amorosas de um Jovem D. Juan»...
Sabias que: Na Turquia Apollinaire não é literatura e pode levar à prisão?
Pois é amigo, na Turquia e em pleno séc. XXI, as «Proezas Amorosas de um Jovem D. Juan» não passam na censura.
Editor e o tradutor turcos de um livro de Apollinaire podem vir a ser presos por divulgarem conteúdos obscenos.
Sem comentários!
Um abraço,
Kabé