16 de Novembro de 1949, morre o grande poeta popular português, António Aleixo. Já com várias publicações no espaço «Amigos d'Arte», hoje recorda-se com o soneto: «Ser Doido-Alegre, que Maior Ventura!». Então, boa leitura de fim de semana!
Poet'anarquista
António Aleixo
Poeta Popular Português
SER DOIDO-ALEGRE, QUE MAIOR VENTURA!
Ser doido-alegre, que maior ventura!
Morrer vivendo p'ra além da verdade.
É tão feliz quem goza tal loucura
Que nem na morte crê, que felicidade!
Encara, rindo, a vida que o tortura,
Sem ver na esmola, a falsa caridade,
Que bem no fundo é só vaidade pura,
Se acaso houver pureza na vaidade.
Já que não tenho, tal como preciso,
A felicidade que esse doido tem
De ver no purgatório um paraíso...
Direi, ao contemplar o seu sorriso,
Ai quem me dera ser doido também
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
António Aleixo
Não tenho por hábito comentar as publicações que vou fazendo no blogue.
ResponderEliminarHoje abro uma excepção...
Quem me dera saber escrever assim um soneto!
Obrigado, grande poeta António Aleixo.
Matias José