O poeta e roteirista francês Jacques Prévert, nasceu em Neuilly-sur-Seine, a
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de Fevereiro de 1900. Depois da publicação e sucesso da sua primeira colectânea
de poesias em «Paroles», tornou-se um grande poeta popular graças à sua
linguagem familiar, com grande sentido de humor, hinos à liberdade e jogo de
palavras. Os seus poemas foram reconhecidos e estudados em todas as escolas
francesas do mundo. Jacques Prévert faleceu em Omonville-la-Petite, a 11 de Abril de
Poet’anarquista
Jacques Prévert
Poeta Francês
SOBRE O AUTOR...
Jacques Prévert nasceu em Neuilly-sur-Seine (França), em
1900.
Participou do movimento surrealista, em 1925, juntamente com Marcel Duhamel,
Raymond Queneau e Yves Tanguy. Mas o poeta não se prendia a um só estilo.
Roteirista, Jacques escreveu vários filmes, que foram realizados entre
1935-1945. São eles: Drôle de Drame, Le Quai des Brumes, Hotel du Nord, Le Jour
se Lève, Les Enfants du Paradis de Marcel Carné. Todos esses filmes são
considerados obras-primas do realismo poético francês.
Além disso, os poemas escritos por Jacques são transformados em música, por
Joseph Kosma, como a famosa “Les Feuilles Mortes”.
Em 1946, publicou sua primeira coletânea de poesias, “Paroles”, que alcançou
enorme sucesso. Com isso, Jacques passa a ser reconhecido e seus poemas passam
a ser estudados em várias escolas francesas.
Seu estilo é marcado por uma linguagem familiar, senso de humor e jogo de
palavras. Jacques ironiza os usos e costumes frequentemente em seus escritos,
assim como o clero e a igreja.
Jacques Prévert faleceu aos 77 anos, de câncer do
Fonte: pensador.uol.com.br/
O DISCURSO SOBRE A PAZ
No final de um discurso extremamente importante
o grande homem de Estado, estrebuchante
com uma bela frase furada
fica hesitante
e desampara a bocarra escancarada
resfolegante
mostra os dentes
e a cárie dentária de seu raciocínio pacificante
deixa exposto o nervo da guerra
a delicada questão do montante.
o grande homem de Estado, estrebuchante
com uma bela frase furada
fica hesitante
e desampara a bocarra escancarada
resfolegante
mostra os dentes
e a cárie dentária de seu raciocínio pacificante
deixa exposto o nervo da guerra
a delicada questão do montante.
Jacques Prévert
O METEORO
Pelas barras do bloco penitenciário
uma laranja
passa como um raio
e cai como uma pedra
dentro do sanitário
E o prisoneiro
todo lambuzado de merda
resplandece
todo iluminado de alegria
Ela não me esqueceu
Ela pensa sempre em mim ainda.
uma laranja
passa como um raio
e cai como uma pedra
dentro do sanitário
E o prisoneiro
todo lambuzado de merda
resplandece
todo iluminado de alegria
Ela não me esqueceu
Ela pensa sempre em mim ainda.
Jacques Prévert
A RIVIERA
Teus jovens seios brilhavam ao luar
Mas arremeti o
Gelo frio
Da pedra gélida do ciúme
Contra o rio
Que refletia o
Dançar de tua nudez na riviera
Pelo esplendor do estio.
Mas arremeti o
Gelo frio
Da pedra gélida do ciúme
Contra o rio
Que refletia o
Dançar de tua nudez na riviera
Pelo esplendor do estio.
Jacques Prévert
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