«Um Outono de Chuva»
Conto de M.S. Lourenço
221- «UM OUTONO DE CHUVA»
Foi a tua vontade. Mas agora sorri,
Mesmo que os montes e a serra te apertem.
Não pares. O rio salpica as margens,
Hoje de cobre e até ao fundo,
Onde a própria Terra jaz morta.
Mas agora toca-me na cara
Mesmo no teu voo da noite,
Poupando-me ao Inverno.
Para ti abro agora um espaço novo,
Num silêncio crepuscular: os pássaros calaram-se,
Para te restituir a música da chuva.
M.S. Lourenço
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