13 de Outubro de 1968, morre o poeta pernambucano Manuel Bandeira. O poema de hoje chama-se «O Último Poema». Boas-leituras!
Poet'anarquista
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O ÚLTIMO POEMA
Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Manuel Bandeira
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