«O Fantasma Inexperiente»
Conto de HG Wells
482- O FANTASMA INEXPERIENTE»
É um sábado qualquer no Mermaid Club quando Clayton resolve
contar sua história aos amigos. Estão todos reunidos em volta da lareira,
aproveitando um momento de preguiça a que se segue uma boa refeição; Clayton
passara a noite no clube, e este é o ponto de partida de sua história. Conta
ele aos amigos, dentre eles o narrador deste conto, que nesta noite encontrou
um fantasma. Cercado por olhares incrédulos e perguntas sarcásticas, segue seu
relato com certa tranquilidade e naturalidade, que o narrador pensa ser seu
modo de enganá-los.
Eis que Clayton diz ser este um fantasma único, que guardara
traços de seu ser terreno, um fantasma fraco, sem talentos fantasmagóricos e
ulteriormente vítima das más companhias espectrais. Parece-lhe que a aparição é
inexperiente no ofício, e sua longa conversa com ele só comprova a teoria. Caso
é que para sair daquele clube, lugar tão propício a uma assombração, com seus
corredores sóbrios e painéis de madeira nobre, o inexperiente fantasma deve
per-formar uma espécie de dança. Uma sequência de movimentos únicos numa ordem
predeterminada, que o coitado não consegue reproduzir.
Guiado por seu novo amigo mortal, a alma penada finalmente
atinge seu objectivo, deixando Mermaid Club. Neste ponto da anedota, as atenções
se voltam a Clayton, que com sua prosa tranquila arrebanhou a atenção dos
companheiros. O que acontece a seguir leva a um final bastante curioso para uma
história de fantasmas. Um ponto que não poderia negar ao leitor o prazer de
descobrir sozinho.
HG Wells
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