«Despedidas»
Poema de Matias José
870- «DESPEDIDAS»
Despeço-me dos poucos amigos
Que cabem dentro da algibeira…
Dos outros, arranjarei maneira,
Lido melhor com os inimigos;
Nem última, nem vez primeira
Recordando tempos antigos…
A vida infligiu castigos
Em sua passagem derradeira;
Saúdo-vos, ó pobres mendigos,
Desprezados na minha beira…
Uma despedida verdadeira
Junto aos vossos abrigos;
De entre inúmeros perigos,
Levo a morte por companheira.
Matias José
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