«A Arte da Fuga»
Conto Poético de Oskar Pastior
889- «A ARTE DA FUGA»
ah sim já estive muito uma segunda
vez
em roma – embora já estivesse também
uma terceira ou quinta vez. quando é que esteve
lá pela última vez? não poderei ao certo
precisar – quando foi que primeiro lá fui.
mas você ainda esteve desde então em roma?
não a primeira vez que ainda estive em roma
porém não tantas quanto da segunda vez –
mas foi quando parti antes da vez que fui.
então sempre você da última vez também
pensou partir de roma? eu sempre penso é certo
exactamente às vezes: se você esteve
e de lá tantas vezes partiu como esteve
sim ao certo também que nunca esteve em roma.
mas você na verdade sempre sabe ao certo
quando às vezes e até quantas vezes de vez
que você deveria ou queria também
partir quando ninguém partia quando fui?
pois quando sim pela primeira vez me fui
ainda não sabia então. mas sei que esteve
pela terceira vez várias vezes também
e não partiu nem quando era frequente em roma
ninguém partir? não! foi só na segunda vez
e isto ainda às vezes nem eu sei ao certo
pois eu estive sim várias vezes ao certo
em roma que talvez de lá nunca me fui
porque nenhuma vez estive uma só vez
de partida. mas diga lá você se esteve
contudo de verdade alguma vez em roma?
de facto – estive desde sempre também
e permanentemente sem cessar também
a segunda e terceira vez estive ao certo
assim como de novo a última vez em roma
estive quando já ninguém partiu eu fui.
mas diga-me se em roma a última vez que esteve
muitas vezes você estava uma segunda vez?
oh sim estive às vezes a primeira vez
em roma antes porém sempre raro lá fui
também estava escura a última vez em roma.
Oskar Pastior
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