«Um Coração Simples», por Gustave Flaubert.
I Capítulo - OUTROS CONTOS
«Um Coração Simples»
Conto de Gustave Flaubert
933- «UM CORAÇÃO SIMPLES»
II
Ela tivera, como qualquer outra, sua história de amor.
O pai, pedreiro, morreu quando caiu de um andaime. Depois, a
mãe faleceu, as irmãs se dispersaram, um arrendatário recolheu-a e empregou-a,
ainda pequena, para cuidar das vacas no pasto. Ela tremia de frio em seus
farrapos, bebia, deitada no chão, a água das poças, apanhava por qualquer
motivo; por fim, acabou sendo expulsa por causa de um furto de trinta soldos,
que não havia cometido. Foi para uma outra propriedade, onde trabalhava no
fundo do quintal, cuidando dos animais; e, como agradava aos patrões, os outros
criados invejavam-na.
Numa noite do mês de agosto (tinha, então, dezoito anos),
eles a levaram à feira em Colleville. Imediatamente ficou atordoada, estupefata
pela balbúrdia dos violeiros, pelas luzes nas árvores, pela miscelânea de cores
das roupas, pelas rendas, crucifixos de ouro, pela multidão indo e vindo ao
mesmo tempo. Mantinha-se a distância, modestamente, quando um jovem, de
aparência abastada, fumando cachimbo, com os dois cotovelos sobre o timão de
uma carroça, veio tirá-la para dançar. Pagou-lhe sidra, café, bolo, um lenço e,
imaginando que ela o adivinharia, ofereceu-se para levá-la para casa. Ao lado
de um aveal, ele a derrubou brutalmente. Ela teve medo e se pôs a gritar. Ele
se afastou.
Uma outra noite, na estrada de Beaumont, ela quis
ultrapassar uma grande carroça de feno que avançava lentamente; e, ao esbarrar
nas rodas, reconheceu Teodoro.
Ele a abordou com um ar tranquilo, dizendo que precisava
perdoar tudo, pois era “culpa da bebida”.
Ela não soube o que responder e teve vontade de fugir.
Logo em seguida, ele falou das colheitas e das pessoas
importantes da comuna, pois seu pai tinha deixado Colleville pelas terras de
Écots, de modo que, agora, eram vizinhos.
— Ah! — disse ela.
Acrescentou que desejavam casá-lo. Porém não estava
apressado e aguardava uma mulher do seu agrado. Ela abaixou a cabeça. Então,
ele lhe perguntou se pensava em casamento. Ela respondeu, sorrindo, que não era
bom debochar.
— Mas, não, eu lhe juro! — e, com o braço esquerdo ele lhe
enlaçou a cintura.
Ela caminhava amparada pelo seu abraço; diminuíram o passo.
O vento estava suave, as estrelas brilhavam, a enorme carroça de feno balançava
diante deles; e os quatro cavalos arrastando os passos, levantavam poeira. Em
seguida sem comando, viraram à direita. Ele a beijou ainda uma vez. Ela
desapareceu na penumbra.
Teodoro, na semana seguinte, conseguiu marcar encontros com
ela.
Viam-se no fundo dos pátios, atrás de um muro, sob uma
árvore isolada. Ela não era inocente à maneira das moças finas — os animais
haviam-na instruído; — mas a razão e o instinto de honra impediram-na de se
entregar. Essa resistência exasperou o amor de Teodoro, de modo que para
satisfazê-lo (ou ingenuamente talvez) ele lhe propôs casamento. Ela hesitava em
acreditar. Ele fez grandes juras.
Logo em seguida, confessou-lhe algo desagradável: seus pais,
no ano anterior, haviam pago a um homem para se alistar em seu lugar; contudo,
cedo ou tarde, poderiam chamá-lo; a ideia do recrutamento assustava-o. Essa
covardia foi para Felicidade uma prova de afeto; seu sentimento por ele
redobrou. Ela escapava de noite, e uma vez juntos, Teodoro torturava-a com suas
inquietudes e insistências.
Enfim, Teodoro anunciou que ele mesmo iria à administração
para obter informações e as traria no domingo seguinte, entre onze horas e
meia-noite.
Chegado o momento, ela correu ao encontro de seu amado.
Em seu lugar, encontrou um de seus amigos.
Este lhe disse que não mais deveria revê-lo. Para se livrar
do alistamento, Teodoro havia-se casado com uma mulher velha e muito rica, sra.
Lehoussais, de Toucques.
Foi uma crise de desgosto. Ela se atirou ao chão, gritou,
clamou pelo bom Deus, e gemeu sozinha no campo até o sol se levantar. Depois,
retornou à propriedade, declarou sua intenção de ir embora; e, no final do mês,
tendo recebido suas contas, reuniu seus poucos pertences em uma trouxa e foi
para Pont-l’Évêque.
Diante de um albergue, interpelou uma burguesa com capelina
de viúva, que justamente procurava por uma cozinheira. A jovem não sabia grande
coisa, mas parecia ter tanta boa vontade e tão poucas exigências, que a sra.
Aubain acabou por dizer:
— Está bem, eu a admito!
Felicidade, quinze minutos depois, estava instalada na casa
dela.
No começo, conviveu com uma espécie de estremecimento que
lhe causavam “o estilo da casa” e a lembrança do “senhor”, pairando sobre tudo!
Paulo e Virgínia, aquele com sete anos, esta com apenas quatro, pareciam-lhe
formados de uma matéria preciosa; ela os carregava nas suas costas como se
fosse um cavalo, e a sra. Aubain proibiu-lhe de beijá-los a cada minuto, o que
a mortificava. No entanto estava feliz. A suavidade do ambiente tinha
dissolvido sua tristeza.
Todas as quintas-feiras, frequentadores assíduos vinham
jogar uma partida de bóston. Felicidade preparava com antecedência as cartas e
os aquecedores. Eles chegavam às oito horas em ponto e se retiravam antes de
soar as onze.
Toda segunda-feira, o vendedor de objetos usados que morava
no lado de baixo da alameda esparramava pelo chão suas tranqueiras. Depois a
cidade enchia-se de um murmúrio de vozes, ao qual se misturavam relinchos de
cavalos, balidos de carneiros, grunhidos de porcos, com o barulho seco das
charretes na rua. Por volta de meio-dia, no auge da feira, via-se surgir na soleira
um velho camponês de estatura alta, com boné para trás, nariz adunco, e que era
Robelin, o arrendatário das terras de Geffosses. Logo depois, chegava Liébard,
arrendatário de Toucques, pequeno, vermelho, obeso, usando um casaco cinza e
botinas munidas de esporas.
Os dois ofereciam à proprietária galinhas ou queijos.
Felicidade invariavelmente adivinhava suas astúcias; e eles iam embora plenos
de consideração por ela.
De quando em quando, a sra. Aubain recebia a visita do
marquês de Gremanville, um tio seu, arruinado pela devassidão, que vivia em
Falaise no seu último quinhão de terra. Chegava sempre na hora do almoço, com
um cão insuportável cujas patas sujavam todos os móveis. Apesar de seus
esforços para parecer um fidalgo, chegando mesmo a tirar o chapéu cada vez que
dizia: “Meu falecido pai”, o hábito era mais forte, ele bebia um copo após o
outro e deixava escapar inconveniências. Felicidade colocava-o para fora
polidamente. “Já é o bastante, senhor de Gremanville! Até uma outra vez!” E
fechava a porta.
Ela a abria com prazer para o sr. Bourais, antigo procurador
judicial. Sua gravata branca e sua calvície, o peitilho da camisa, ampla
sobrecasaca marrom, o modo de tomar o rapé curvando o braço, todo o seu ser
produzia-lhe uma perturbação em que nos lança o espetáculo dos homens
extraordinários.
Como ele gerenciava as propriedades da “senhora”,
trancava-se com ela, durante horas, no escritório do “senhor” e sempre temia
comprometer-se, respeitava infinitamente a magistratura, tinha pretensões de
conhecer o latim.
Para instruir as crianças de um modo agradável, deu-lhes de
presente um livro de geografia em estampas. Elas representavam diferentes cenas
do mundo, antropófagos com as cabeças cobertas de penas, um macaco aprisionando
uma moça, beduínos no deserto, uma baleia arpoada etc.
Paulo explicou essas gravuras a Felicidade. Essa foi toda
sua educação literária.
A das crianças era feita por Guyot, um pobre-coitado,
empregado da prefeitura, famoso por sua bela caligrafia, que afiava o canivete
na bota.
Quando o tempo estava bom, iam bem cedo para as terras de
Geffosses.
No pátio em declive, a casa ficava no meio; e o mar, ao
longe, surgia como uma mancha cinza.
Felicidade retirava de seu cesto fatias de carne fria e
almoçavam em uma peça contígua à leiteria. Foi a única que restou de uma
construção de lazer, agora desaparecida. O papel da parede, todo rasgado,
tremia com as correntes de ar. A sra. Aubain abaixava a cabeça, abatida pelas
lembranças; as crianças não se atreviam mais a falar. “Brinquem, vamos!” dizia
ela; elas saíam correndo.
Paulo subia no celeiro, apanhava pássaros, fazia ricochetes
sobre as poças, ou batia com um bastão os largos barris que ressoavam como
tambores.
Virgínia dava comida aos coelhos, corria para colher
florezinhas azuis, e a rapidez de suas pernas descobria as pequenas calças
bordadas.
Numa noite de outono, voltaram pelas pastagens.
A lua, em quarto crescente, iluminava uma parte do céu e uma
neblina flutuava como um véu sobre as sinuosidades do rio Toucques. Alguns
bois, deitados na relva, olhavam tranquilamente passarem essas quatro pes-soas.
No terceiro pasto cercado, alguns se levantaram, puseram-se, em seguida, em
círculo diante delas.
— Não tenham medo! — disse Felicidade e, murmurando uma
espécie de lamento, acariciou o dorso do animal que se encontrava mais próximo;
ele fez meia-volta, os outros o imitaram. Porém, quando atravessaram o pasto
seguinte, um mugido medonho soou. Era um touro que a neblina escondia. Ele
avançou em direção às duas mulheres. A sra. Aubain ia correr.
— Não! Não! Mais devagar!
Elas apertaram o passo, contudo, e ouviam por trás uma
respiração forte que se aproximava. Seus tamancos, como martelos, batiam na
relva da campina; e agora ele galopava! Felicidade virou-se; com as duas mãos
arrancava placas de terra e jogava-lhe nos olhos. Ele abaixava o focinho,
sacudia os chifres e tremia de furor, mugindo horrivelmente. A sra. Aubain, no
fim do pasto, com as duas crianças, procurava, perdida, como atravessar a cerca
alta. Felicidade recuava sempre diante do touro e lançava continuamente torrões
de relva que o cegavam, enquanto gritava:
— Corram! Corram!
A sra. Aubain desceu a vala, empurrou Virgínia, Paulo em
seguida; caiu muitas vezes tentando subir o talude, e, à força de muita de coragem,
conseguiu fazê-lo.
O touro tinha encurralado Felicidade contra uma cerca; sua
baba jorrava no rosto dela, um segundo mais ele a estriparia. Ela teve tempo de
deslizar entre duas barras da cerca, e o grande animal, surpreso, parou.
Esse acontecimento, durante muitos anos, foi assunto de
conversa em Pont-l’Évêque. Felicidade não tirou nenhuma vantagem disso,
duvidando até mesmo de que tivesse feito algo de heroico.
Virgínia sozinha ocupava todo o seu tempo — porque teve,
após o seu pavor, uma afecção nervosa e o doutor Poupart aconselhou banhos de
mar de Trouville.
Naquele tempo, não se tomavam banhos de mar. A sra. Aubain
informou-se, consultou Bourais, fez preparativos como se fosse fazer uma longa
viagem.
Seus pertences partiram na véspera, na charrete de Liébard.
No dia seguinte, ele levou dois cavalos; um tinha uma sela para mulher, munida
de um encosto de veludo; na garupa do segundo, um manto enrolado formava uma
espécie de assento. A sra. Aubain sentou-se atrás dele.
Felicidade encarregou-se de Virgínia, e Paulo montou o burro
do sr. Lechaptois, emprestado com a condição de se ter muito cuidado com ele.
A estrada era tão ruim que seus oitos quilômetros exigiram
duas horas. Os cavalos enterravam até as quartelas na lama e, para sair, faziam
bruscos movimentos de ancas; ou, então, apoiavam-se nos sulcos na estrada;
outras vezes, era-lhes preciso pular. A égua de Liébard, em certos lugares,
parava de repente. Ele esperava pacientemente que ela se pusesse em marcha; e
falava de pessoas cujas propriedades margeavam a estrada, acrescentando a suas
histórias reflexões morais. Assim, no meio de Toucques, quando passaram sob
umas janelas rodeadas de capuchinhas, ele disse, levantando os ombros:
— Aí está uma, a sra. Lehoussais, que em vez de aceitar um
jovem rapaz...
Felicidade não ouviu o resto; os cavalos trotavam, o burro
galopava; todos entraram por um caminho estreito, uma porteira se abriu, dois
garotos apareceram, e desceram em frente da purina, na soleira da porta.
A velha Liébard, vendo sua patroa, prodigalizou
demonstrações de alegria. Serviu-lhe um almoço com lombo de boi, rabada,
chouriço, um fricassê de frango, sidra espumante, uma torta de compotas e
ameixas embebidas em aguardente, tudo regado com cortesias à senhora que
parecia cheia de saúde, e à senhorita que se tinha tornado “maravilhosa”, ao
sr. Paulo excepcionalmente “gordo”, sem esquecer seus avós falecidos que os
Liébard tinham conhecido, pois estavam a serviço da família havia muitas
gerações. As terras tinham, como eles, caráter de antiguidade. As vigotas do
teto estavam corroídas, as paredes, negras de fumaça, os ladrilhos cinza de
poeira. Um aparador de carvalho mantinha todos os tipos de utensílios, jarras,
pratos, tigelas de estanho, armadilhas de lobo, tesouras para a tosquia de carneiros;
uma enorme seringa provocou risos nas crianças. Não havia ne-nhuma macieira nos
três pátios que não tivesse cogumelos em sua base ou, em seus galhos, um tufo
de visgo. O vento derrubara várias delas. Voltaram a brotar pelo meio; e todas
se curvavam com a quantidade de maçãs. Os telhados de palha, como veludos
castanhos de diferentes espessuras, resistiam aos mais fortes vendavais.
Entretanto a cocheira caía em ruínas. A sra. Aubain disse que iria partir e
mandou selar os animais.
Levaram ainda meia hora antes de chegar a Trouville. O
pequeno grupo teve que apear para passar as Écores, tratava-se de uma falésia
que pendia sobre os barcos; e três minutos mais tarde, no fim do cais, entraram
no pátio do Agneau d’or, na casa da velha David.
Virgínia, desde os primeiros dias, sentiu-se um pouco mais
forte, resultado da mudança de ares e da ação dos banhos. Ela os tomava de
camisa, por não ter roupa apropriada; e sua empregada a vestia em uma cabana de
aduaneiro que servia aos banhistas.
À tarde, ia-se com o burro para além de Roches-Noires, ao
lado de Hennequeville. O caminho, no começo, subia entre terrenos com vales
como o gramado de um parque depois, chegava a um planalto onde alternavam as
pastagens e as plantações. À beira do caminho, no amontoado de espinheiros,
azevinhos erguiam-se; aqui e acolá, havia grandes árvores mortas que faziam
ziguezagues com seu galhos no ar azul.
Quase sempre, eles repousavam em um campo, tendo Deauville à
esquerda, o Havre à direita e, em frente, o mar aberto. Ele brilhava sob o sol,
liso como um espelho tão calmo que mal se escutava seu murmúrio; pardais
escondidos chilreavam, e a imensa abóbada celeste recobria tudo. A sra. Aubain,
sentada, trabalhava em sua costura; Virgínia, próxima a ela, trançava juncos;
Felicidade arrancava flores de lavanda; Paulo, que se entediava, queria ir
embora.
Outras vezes, tendo passado de barco por Toucques eles
procuravam conchas. A maré baixa deixava à mostra ouriços-do-mar, moluscos,
medusas; as crianças corriam para pegar os flocos de espuma que o vento
carregava. As ondas adormecidas, quebrando na areia, desenrolavam-se ao longo
da praia; esta se estendia a perder de vista, mas, do lado da terra, tinha como
limite as dunas que a separavam do Marais, ampla pradaria em forma de
hipódromo. Quando retornavam por aí, Trouville, ao fundo sobre o penhasco da
encosta, a cada passo, aumentava, e com todas suas casas desiguais parecia
desabrochar-se em uma alegre desordem.
Nos dias de muito calor, eles não saíam do quarto. A
ofuscante claridade do exterior imprimia faixas de luz entre as lâminas das
persianas. Nenhum ruído no vilarejo. Embaixo, na calçada, ninguém. Esse
silêncio espalhado aumentava a tranquilidade das coisas. Ao longe, os martelos
dos calafates batiam nas carenas, e uma brisa densa trazia o cheiro do piche.
O principal divertimento era o regresso da barca. Assim que
ultrapassavam as boias, eles começavam a bordejar. As velas dos mastros vinham
dois terços arriadas; e, com a mezena cheia como um balão, eles avançavam,
deslizavam no marulho das ondas, até o meio do porto, onde, de repente,
lançavam a âncora. Em seguida, o barco se colocava junto ao cais. Os marujos
jogavam por cima da borda peixes ainda palpitantes, uma fila de charretes os
aguardava e mulheres com gorros de algodão corriam para pegar as cestas e
abraçar seus homens.
Uma delas, um dia, abordou Felicidade, que pouco tempo após
entrou no quarto, toda feliz. Havia reencontrado uma de suas irmãs; e Nastácia
Barette, mulher de Leroux, apareceu, com um bebê no colo, segurando à mão
direita uma outra criança, e tendo à sua esquerda um pequeno grumete com os
punhos nas ancas e a boina até as orelhas.
Ao cabo de quinze minutos, a sra. Aubain dispensou-a.
Reencontravam-se sempre nos arredores da cozinha ou nos
passeios que faziam. O marido nunca aparecia.
Felicidade afeiçoou-se por eles. Ela lhes deu um cobertor,
camisas, um fogão; evidentemente, eles a exploravam. Essa fraqueza irritava a
sra. Aubain, que, aliás, não gostava das familiaridades do sobrinho, porque ele
tratava seu filho por “você”; e, como Virgínia estivesse tossindo e como o
tempo tivesse mudado, retornou a Pont-l’Évêque.
O sr. Bourais orientou-a na escolha de um colégio. O de Caen
parecia ser o melhor. Paulo foi enviado para lá; e despediu-se valentemente,
satisfeito por ir viver em uma casa onde teria amigos.
A sra. Aubain conformou-se com o afastamento do filho,
porque era indispensável. Virgínia pensava nisso cada vez menos. Felicidade,
sentia falta da balbúrdia que ele fazia. Mas uma ocupação veio distraí-la;
depois do Natal, ela levava todos os dias a menina ao catecismo.
Gustave Flaubert
(Continua amanhã...)
(Continua amanhã...)
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