«Versos»
Dedicatória Aos Poetas
Nos versos que se improvisem
Os poetas sabem ler...
Para além do que eles dizem,
Tudo o que querem dizer.
António Aleixo
1267- «VERSOS»
As palavras são doces
E transmitem calor...
Como eu queria, meu amor,
Antes tu assim fosses!
Num esgar que esboces
Os teus olhos me dizem,
Talvez dos meus precisem
Pra puderem sossegar...
Sinto a alma a rimar
Nos versos que se improvisem.
Voa alto o pensamento
E com ele me satisfaço,
Empenho no que faço
Todo meu contentamento.
Não lhe ouço um lamento
Quando estou a escrever,
Só eu consigo entender
O estado que me invade...
Em abono da verdade,
Os poetas sabem ler!
É com segundo sentido
Que por vezes me atrevo,
Escrever penso que devo
O que dou percebido.
Não me sinto inibido
Se outros contradizem,
Os meus versos ajuízem
E deles tirem proveito...
Eu cá fico satisfeito
Para além do que eles dizem.
Põe a matutar a mente
Sem descanso o poeta,
Até atingir a meta
Muito trilho pela frente.
As ideias num repente
Surgem ao anoitecer,
Ele pode esclarecer
O desfecho do enredo...
As palavras em segredo,
Tudo o que querem dizer.
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