quarta-feira, 29 de agosto de 2012

MEMÓRIAS

Há 513 anos atrás, mais precisamente a 29 de Agosto de 1499, o rei D. Manuel I recebe com honras em Lisboa o navegador português Vasco da Gama, festejando o regresso da sua primeira viagem marítima à Índia. O título «Dom» e muitas outras recompensas pelos serviços prestados à coroa portuguesa, são-lhe atribuídos pelo rei D. Manuel I. Uma das mais notáveis viagens da era dos Descobrimentos consolidava a presença marítima e o domínio das rotas comerciais pelos portugueses.  
Poet'anarquista
Vasco da Gama
Navegador Português

O REGRESSO DA ÍNDIA…

A 12 de Julho de 1499, depois de mais de dois anos do início da expedição à Índia por Vasco da Gama, entra a caravela Bérrio no rio Tejo, comandada por Nicolau Coelho, com a notícia que iria emocionar Lisboa: os portugueses chegaram à Índia pelo mar e Vasco da Gama tinha ficado para trás, na ilha Terceira, preferindo acompanhar o seu irmão gravemente doente, renunciando assim aos festejos e felicitações pela notícia.

Das naus envolvidas, apenas a São Rafael não regressou, pois teria sido queimada por incapacidade de a manobrar, consequência do reduzido número de tripulantes no regresso, fruto das doenças responsáveis pela morte de cerca de metade da tripulação, como o escorbuto, que se fez sentir mais afincadamente durante a travessia do Oceano Índico. Apenas 55 dos 148 homens que integravam a armada sobreviveram a este grande feito.

D. Manuel I recebe Vasco da Gama
Entrega ao Rei das Primícias da Índia

Vasco da Gama regressava ao país em 29 de Agosto e seria recebido pelo próprio rei D. Manuel I com contentamento que lhe atribuía o título de Dom e grandes recompensas. Fez Nicolau Coelho fidalgo da sua casa, assim como a todos os outros, conforme os serviços que haviam prestado.

D. Manuel I apressa-se a dar a notícia aos reis de Espanha, numa exibição orgulhosa do feito e para avisar, simultaneamente, que as rotas seriam doravante exploradas pela Coroa Portuguesa.

Há notícia de um mercador italiano que espalhou por Florença a boa-nova: «Descobriram 1800 léguas de novas terras além do Cabo da Boa Esperança, cujo cabo foi descoberto no tempo do rei D. João. O capitão descobriu uma grande cidade muralhada , com muito boas casas de pedra, no estilo mourisco, habitada por mouros da cor dos indianos. O capitão desembarcou aqui e o rei deu-lhe um piloto para cruzar o golfo». O mercador referia-se a Melinde.
Fonte: Wikipédia

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