«Humor no Jacuzzi»
Jacuzzi
1375- «HUMOR NO JACUZZI»
Carta fora do baralho
Um poeta agastado,
Sem saber o resultado
Final do seu trabalho!...
Se com ela ralho
Diz pra não incomodar,
Tem que se despachar
E gozar de boas férias…
Sem tempo para lérias,
No jacuzzi a mergulhar.
Rota Amarração de Pêra
No Mercedes velhinho,
Para lá me encaminho
Sem cheta na algibeira.
Chegado à sua beira
Digo: - Boa tarde, Realeza…
Vim ao cheiro da pureza
E até aqui eu conduzi,
Quer mergulhar no jacuzzi?
Desabafa: - Com franqueza!
Olha-me com meiguice
E dispara: - Pouca cabeça!...
Mas que linda esta peça,
Pena só fazer tontice…
Quem foi que disse
Que eu te queria aqui?
Mergulhemos no jacuzzi…
Ui!... A sentir um calor!!
Alteza… lindo o amor
Que hoje emana de ti!!!
Borboleta a esvoaçar
No jacuzzi em segredo…
Digo: - Não tenhas medo,
O amor sabe nadar!
Súbita falta d’ar
Eu faço boca a boca,
Retiro-lhe a touca
E afago as suas asas…
Questiono: - comigo casas?
Poisa-me nos braços louca!
Acordo então do sonho
No jacuzzi imaginário…
- Este não foi teu berçário,
Penso com ar tristonho.
A milhas dali me ponho
Para o 13 do Pinheiro,
De volta ao verdadeiro
Sítio onde pertenço…
E assim me convenço
Que o amor é traiçoeiro.
Manel do Giro
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