quinta-feira, 28 de junho de 2018

SÁTIRA...

Buscas
Sátira...

OITAVA

[Lamento Isolado]

Às armas contra os traidores
Que venderam a pátria lusitana,
Por águas turvas esses impostores
Roubam-nos da forma mais sacana!
Estão assinalados os estupores
Que emperram a vida humana…
Descaradamente esta reinação
Vai navegando em corrupção!!

Manuel Matias

quarta-feira, 27 de junho de 2018

SÁTIRA...

Chamada anónima entre dois treinadores amigos...

Chamada Anónima
Sátira...

«CHAMADA ANÓNIMA»

- Está? Está lá?? Não fala???
Só faltava isto agora!...
Quem será a esta hora
Que do outro lado se cala?
- Isso a mim não me rala!...
Anonimamente faço saber
Que plo Uruguai vai torcer
Um português mui malino…
É Celeste desde pequenino,
Quer Portugal a perder!!

ATEOP

SÁTIRA...

O Presente
Sátira...

«O PRESENTE»

- Minha querida Melania…
Honra apertar-lhe a mão
Nesta solene ocasião,
Faz tempo que a não via!...
Sou Martelo em simpatia
Que todos querem conhecer,
Lembrei-me d’oferecer
Este presente singelo:
Brincos de Viana do Castelo!!
- Eu quero lá disso saber!?

POETA

terça-feira, 26 de junho de 2018

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

KING CRIMSON - «Heroes»

Poet'anarquista

HERÓIS

Eu, eu serei rei
E você, você será rainha
Embora nada os afaste
Nós podemos vencê-los, apenas por um dia
Nós podemos ser heróis, apenas por um dia

E você, você pode ser mau
E eu, eu vou beber o tempo todo
Porque somos amantes, e isso é um facto
Sim, somos amantes, e isso é que conta

Embora nada nos mantenha juntos
Nós poderíamos enganar o tempo
Apenas por um dia
Nós podemos ser heróis, para todo o sempre
O que você diz?

Eu, eu gostaria que você pudesse nadar
Como os golfinhos, como os golfinhos podem nadar
Embora nada, nada vai nos manter juntos
Nós podemos vencê-los, para todo o sempre
Oh, nós podemos ser heróis, apenas por um dia

Eu, eu serei rei
E você, você será rainha
Embora nada nos afaste
Nós podemos ser heróis, apenas por um dia
Nós podemos ser nós, apenas por um dia

Eu, eu me lembro (eu me lembro)
De pé, junto à parede (na parede)
E as armas, dispararam acima de nossas cabeças (sobre nossas cabeças)
E nós nos beijamos, como se nada pudesse cair (nada pudesse cair)
E a desonra, estava do outro lado
Oh nós podemos vencê-los, para todo o sempre
Então poderíamos ser heróis, apenas por um dia

Nós podemos ser heróis
Nós podemos ser heróis
Nós podemos ser heróis
Só por um dia
Nós podemos ser heróis

Nós não somos nada, e nada vai nos ajudar
Talvez estejamos mentindo
Então é melhor não ficar
Mas poderia ser mais seguro, apenas por um dia

Oh-oh-oh-ohh, oh-oh-oh-ohh, apenas por um dia

King Crimson
Banda Britânica

segunda-feira, 25 de junho de 2018

OUTROS CONTOS

«O Fruto Desejado», conto poético por Manuel Matias.

«O Fruto Desejado»
Poema de Manuel Matias

1163- «O FRUTO DESEJADO»

Cheiro teu cheiro na Rua da Mata…
Tens a cor rósea da inocência,
A mesma cor de outros tempos.
Há sabor de desejo a escorrer-te nos lábios,
Um desejo antigo ainda por cumprir.
Misturam-se com ternura os anos
Nas histórias de antigamente,
E no teu corpo adormece
Um sonho feito de paz!

Manuel Matias

sexta-feira, 22 de junho de 2018

SÁTIRA...

Ela Não Quer Saber
Sátira...

«ELA NÃO QUER SABER»

- Ficas avisado desde já:
Devolves toda a criança
Aos pais em segurança,
Ou vais dormir no sofá!
- Criançada aqui não há,
Minha querida Melania…
Deus nenhum permitiria
De noite fralda cagada!
- Se a queres mudada,
Entrega as crianças de dia!!

POETA

OUTROS CONTOS

«Uma Noite em Lisboa», por Erich Maria Remarque.

«Uma Noite em Lisboa»
Romance

1162- «UMA NOITE EM LISBOA»

[Breve Excerto]

Embora estivesse em Lisboa há já uma semana, ainda não me habituara à sua iluminação exuberante. (...)

Contornámos a Praça do Comércio com o seu aspeto teatral e, passado algum tempo, chegámos a um labirinto de vielas e escadarias inclinadas. (...)

Cheirava a peixe, alho, flores, sol morto e sono. De um lado, sob a Lua nascente, o Castelo de São Jorge sobressaía na noite, e o luar descia em cascata pelos degraus. Voltei-me e olhei para o porto lá em baixo. Ali estendia-se o rio, e o rio era sinónimo de liberdade e vida; corria para o oceano, e o oceano queria dizer América. (...)

De dia Lisboa tem uma qualidade ingénua e teatral que encanta e cativa, mas à noite é uma cidade de conto de fadas, descendo em terraços iluminados até ao mar, como uma senhora de vestes festivas a ir ao encontro do seu misterioso amante. (...)

Erich Maria Remarque

OUTROS CONTOS

«No Lugar Onde se Morre», conto poético por Manuel Matias.

«No Lugar Onde se Morre»
Poema de Manuel Matias

1161- «NO LUGAR ONDE SE MORRE»

Conheço de morrermos
O lugar onde eu te vi...
Tantas vezes que lá morri,
Só nós dois é que sabemos.
A ninguém dizemos
Esse segredo de morte,
Não se brinca com a sorte
No lugar onde se morre…
O tempo que decorre,
Não há quem o suporte!

Manuel Matias

sexta-feira, 15 de junho de 2018

SÁTIRA...

Canal Único
Sátira...

«CANAL ÚNICO»

- Menina, diga-me se faz favor…
Vende TV que dê o Mundial
Sem as fuças deste anormal,
Ou tenho que ver o estupor?
- Canal único ao seu dispor
Vinte e quatro horas por dia,
O Mundial só na Academia
Do Brunho Cabeça d’Alho...
- Quando vejo esse bandalho
Sinto o mau estar da azia!

POETA

quinta-feira, 14 de junho de 2018

A PRINCESA E O CISNE

A Princesa e o Cisne
Décima de Manuel Matias

A PRINCESA E O CISNE

Eis pois a linda Princesa
Do Monte do Alecrim…
O olhar eu gosto assim,
Conheço a cor da beleza!
Para mim não é surpresa
Que tudo nela me fascine,
Sua graça como a do Cisne
Um belo Príncipe encantou…
O amor neles despertou,
Não há quem o recrimine!

Manuel Matias

OUTROS CONTOS

«Apátrida», conto poético por Manuel Matias.

«Apátrida»
Manuel Matias

1161- «APÁTRIDA»

Minha pátria todo o mundo,
O mundo todo soa-me bem...
Passa a vida num segundo,
Eu não pertenço a ninguém!

Manuel Matias


quarta-feira, 13 de junho de 2018

OUTROS CONTOS

«Ele Deseja as Roupas do Paraíso», conto poético por William Buttler Yeats.

«Ele Deseja as Roupas do Paraíso»
Jardim do Éden  
Jan Brueghel the Elder e Pieter Paul Rubens

1160- «ELE DESEJA AS ROUPAS DO PARAÍSO»

Tivesse eu
as roupas bordadas do paraíso
tecidas com luz
dourada e prateada...

Tivesse eu
o azul e o escuro
e os negros panos da noite
e a luz e as metades luzes...

Eu espalharia essas roupas
sob os teus pés.
Mas, sendo pobre,
tenho apenas os meus sonhos.

Eu tenho espalhado
os meus sonhos
sob teus pés!

Por isso, pise suavemente,
afinal você está andando
sobre meus sonhos.

William Buttler Yeats