sexta-feira, 30 de agosto de 2019

MÚSICAS DO MUNDO

E a música de hoje é...

THE STRANGLERS - «Golden Brown»

Poet'anarquista

GOLDEN BROWN

Caramelo dourado que agasalha como o sol
Derruba-me com a minha mente a correr
Ao longo da noite
Sem necessidade de lutar
Nunca franzo a testa com o caramelo dourado

Toda vez tal como a última
Em seu navio amarrado ao mastro
para terras distantes
Toma ambas as minhas mãos
Nunca franzo a testa com o caramelo dourado

Caramelo dourado de fina tentação
Através dos tempos rumo ao ocidente
De muito longe
Permanece apenas por um dia
Nunca franzo a testa com o caramelo dourado

Nunca franzo a testa
Com o caramelo dourado
Nunca franzo a testa
Com o caramelo dourado

The Stranglers
Banda Britânica

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

OUTROS CONTOS

«Versos d' Improviso...», por Manel do Giro.

«Versos d' Improviso»
Manel do Giro

1387- «VERSOS D' IMPROVISO…»

Uma riqueza a amizade
Esse bem tão precioso...
Entre amigos de verdade, 
Sentimento maravilhoso!

A Sério, ou a Brincar?...

É deveras salutar
Com amigos sorrir,
Faz na alma sentir
Que devemos estimar.
A sério ou a brincar
Se leva esta vida,
Deve ser sentida
Qualquer uma delas…
As duas são belas
Com conta, peso e medida.

7 Pecados Imortais

Hoje já cometi
7 pecados imortais:
Primeiro- soltei dois ais
Segundo- com que vi e li…
Terceiro- muito me diverti,
Quarto- não aguento mais!
Quinto- par d’artistas iguais
Sexto- eu nunca conheci,
Sétimo- gostei do que senti!…
Tontos, vocês são demais!!!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Beija-Flor», por Manel do Giro.

«Beija-Flor»
Desenho da amiga Paula

1386- «BEIJA-FLOR»

Noventa batidas ao segundo
Batem as asas do beija-flor,
O coração por amor
Bate mais forte que o mundo.
No seu bater profundo
Quase chega a vacilar,
Nada capaz de controlar
O batimento do coração…
Quando sente com emoção
Uma flor a desabrochar!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«O Inconsciente», por Manel do Giro.

Coisas que se repetem no inconsciente...

Dou por mim a escrever, e pensei:

- Onde é que eu já li isto?

«Inconsciente»
A Lágrima

1385- «INCONSCIENTE»

Poema Triste

Mais triste que um poema triste,
Só mesmo a tristeza
De não ser capaz de escrever.
Quando a inspiração persiste
Em abandonar com firmeza
A mão trémula em seu saber…
Nada mais existe,
Tudo é uma incerteza
Nessa forma de ser.
Feliz de quem não desiste
Na sua imensa beleza,
E a todos parecer
Que nunca esteve triste!

Matias José (16.10.2011)

Sorriso Triste

Mais triste que um sorriso triste,
Só mesmo a tristeza
De não ser capaz de sorrir.
Quando a mente persiste
Em abandonar com firmeza
Essa forma de sentir...
Nada mais existe,
Tudo é uma incerteza
Da qual não podes fugir.
Feliz de quem não desiste,
E na sua imensa beleza
Espera a alegria surgir!

Manel do Giro (18.08.2019)

OUTROS CONTOS

«A Morte do Poeta», por Manel do Giro.

«A Morte do Poeta»
Foto: Carlos Biga

1384- «A MORTE DO POETA»

Tocaram os sinos a rebate
Lá na aldeia onde morou…
O coração do poeta não bate,
Era meio noite quando parou.

Toda a aldeia consternada
Com que então se anuncia…
Do poeta, não sabiam nada, (?)
Só as palavras que escrevia.

Vivia só, em ermo lugarejo… 
Um epitáfio aí encontrado
No terceto que transcrevo:

Poeta morto jaz sepultado…
Neste mundo já não versejo,
Vou versar para outro lado.

Manel do Giro

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

OUTROS CONTOS

«Sensação», por Manel do Giro.

«Sensação»
Melancolia/ Edvard Munch

1383- «SENSAÇÃO»

O fim chega, algum dia chega o fim
Em que a paciência toda se esgota…
Cansado de procurar uma resposta,
Dar tudo que tenho dentro de mim.

Ora se abre, ora se fecha uma porta
E os dias passam quase todos assim…
Algumas vezes o coração diz que sim
Outras, que a espera já não suporta.

Vou aguentando um velho folhetim
Que só a mim mesmo é que importa…?
Assim passam os dias com frenesim,

A sensação que nada mais conforta.
Ao anoitecer, nesse banco de jardim
Onde sento, o silêncio da noite corta.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Lágrima de Saudade», por Manel do Giro.

«Lágrima de Saudade»
Despedida e Reencontro

1382- «LÁGRIMA DE SAUDADE»

Não existe tempo ou separação
Quando a amizade é verdadeira…
Passam anos, até uma vida inteira,
Mas os amigos ficam no coração!

O reencontro como vez primeira
Mostra os laços fortes da relação…
Abraçam-se com sentida emoção
Junto ao velho rio, na bela clareira!

Seus olhares, cheios de comoção
Naquela aproximação derradeira,
Deixa ver o que na verdade eles são:

Dois amigos com saudade na beira
Do velho rio; mas que feliz aparição
Entre companheiro e companheira!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«A Felicidade», por Manel do Giro.

«A Felicidade»
O Tango

1381- «A FELICIDADE»

A magia da felicidade pode surgir
No momento que menos esperas…
Pode vir quando mais desesperas
E da própria vida, só pensas fugir.


A magia da felicidade pode sorrir
Após a dor, passadas as quimeras…
Novo tempo em que reconsideras
E, sem hesitar, deixas o amor fluir.

Por viver tantas outras primaveras
Que irão chegar, novamente eclodir
Para a vida coisas que tu consideras

Importantes, que souberam resistir;
Se na magia da felicidade te esmeras,
Nada mais vejo que nos possa dividir!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«O Charlatão», por Manel do Giro.

«O Charlatão»
Por Manel do Giro

A amiga Paula enviou-me a quadra que segue...

Mote

Sem que o discurso eu pedisse,
Ele falou, e eu escutei….
Gostei do que ele não disse,
Do que disse, não gostei!

António Aleixo

O resultado foi...

1380- «O CHARLATÃO»

Glosas

O sabichão gesticulava
Só ele mesmo se ouvia,
Não sei o que ele dizia
Ou do que é que falava.
Com suspeita pensava
Deve ser mais aldrabice,
Mas que grande chatice
Não se cala o aldrabão…
Começou a botar sermão
Sem que discurso eu pedisse.

Por demais aborrecido
Eu faço orelhas moucas,
Palavras são bem poucas
As que lhe dou ouvido.
Nada que diz faz sentido
Este palrador sem lei,
Do muito pouco que sei
Só revela ignorância…
Com toda a jactância
Ele falou, e eu escutei (…?...)

Algo então acertado
O charlatão resolve dizer…
A quem interesse saber,
Foi quando ficou calado.
Deus lhe conserve o estado
Assim evita-se cretinice,
Para dizer mais idiotice
Que se cale sem demora…
Daquela boca pra fora,
Gostei do que ele não disse!

Volta outra vez à carga
Fala com os cotovelos…
Põe-me de pé os pêlos,
Mas por nada se amaga.
Muita sentença propaga…
Tantas, que nem eu sei,
As doutorices que contei
Há muito perdi o conto…
Do aldrabão, eis o ponto:
Do que disse não gostei!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Um Sábio me Disse», por Manel do Giro.

«Um Sábio me Disse»
Três amigos no Jardim

1379- «UM SÁBIO ME DISSE…»

- Deixa entrar a tristeza 
Para sentires saudade, 
Vais ver que mais tarde 
A alegria vem de certeza! 
Eu com estranheza 
Só entendi metade, 
Estava triste de verdade 
Quase me vence a fraqueza… 
Depois descobri na pureza 
Que é eterna a amizade!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Introspecção II», por Manel do Giro.

«Introspecção II»
Manel do Giro

1378- «INTROSPECÇÃO II»

O poeta é um pinga amor
Dessa falta não te queixes,
Sendo ele do signo Peixes
Só pode ser um sonhador.
É frágil se lhe toca a dor…
Sentimento à flor da pele,
Com dez versos em cordel
Diz o que lhe vai na alma…
Quando o pensar acalma,
A palavra surge no papel.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Lua Alva», por Manel do Giro.

«Lua Alva»
Clarabóia

1377- «LUA ALVA»

Cheia na minha janela 
A lua assomou…
O amor despertou, 
E disse: - Que alva vai ela! 
Senhora és tão bela 
Em vossa pose segura, 
Fazeis inveja à candura
Do branco linho algodão... 
Mas é no vosso coração 
Que mora a formosura!!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«A Pedido», por Manel do Giro.

«A Pedido»
Festa de Aniversário

1376- «A PEDIDO»

I

- Podes escrever um pequeno 
Poema sobre a amizade?
Vou ler em público esta tarde…
Deixa-me despachar!!! Sereno,
Como o tempo está ameno
Tens até às 15 em ponto,
A correr, não sejas tonto
Que eu quero-te recitar…
A festa aqui vai começar,
Está quase tudo pronto!

II

Eu escrevo a pedido
Para ela declamar…
Da amizade devo falar,
Colaboro decidido.
Ponho na escrita o sentido
Com a pressa que me deu,
Não sei se ela leu
E só pergunto se gostou…
- Resposta não lhe dou,
Não digo como correu.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Humor no Jacuzzi», por Manel do Giro.

«Humor no Jacuzzi»
Jacuzzi

1375- «HUMOR NO JACUZZI»

Carta fora do baralho 
Um poeta agastado, 
Sem saber o resultado 
Final do seu trabalho!... 
Se com ela ralho 
Diz pra não incomodar, 
Tem que se despachar 
E gozar de boas férias… 
Sem tempo para lérias, 
No jacuzzi a mergulhar.

Rota Amarração de Pêra
No Mercedes velhinho, 
Para lá me encaminho 
Sem cheta na algibeira. 
Chegado à sua beira 
Digo: - Boa tarde, Realeza… 
Vim ao cheiro da pureza 
E até aqui eu conduzi, 
Quer mergulhar no jacuzzi? 
Desabafa: - Com franqueza!

Olha-me com meiguice 
E dispara: - Pouca cabeça!... 
Mas que linda esta peça, 
Pena só fazer tontice… 
Quem foi que disse 
Que eu te queria aqui? 
Mergulhemos no jacuzzi… 
Ui!... A sentir um calor!! 
Alteza… lindo o amor 
Que hoje emana de ti!!!

Borboleta a esvoaçar 
No jacuzzi em segredo… 
Digo: - Não tenhas medo, 
O amor sabe nadar! 
Súbita falta d’ar 
Eu faço boca a boca, 
Retiro-lhe a touca 
E afago as suas asas… 
Questiono: - comigo casas? 
Poisa-me nos braços louca!

Acordo então do sonho 
No jacuzzi imaginário… 
- Este não foi teu berçário, 
Penso com ar tristonho. 
A milhas dali me ponho 
Para o 13 do Pinheiro, 
De volta ao verdadeiro 
Sítio onde pertenço… 
E assim me convenço 
Que o amor é traiçoeiro.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«No Banco de Jardim», por Manel do Giro.

«No Banco de Jardim»
Lua Cheia

1374- «NO BANCO DE JARDIM»

De frente a este banco,
Outro banco no jardim...
Ouço chamar por mim,
É a tua voz com encanto!
Estás um espanto
Não há outra assim,
Do mais puro cetim
Envolta nesse manto...
Eu quero-te tanto
Minha lua de marfim!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Consolação», por Manel do Giro.

«Consolação»
Tristão

1373- «CONSOLAÇÃO»

Na ermida da Consolação
Sem saber o que pensar,
Venho aqui pra consolar
O companheiro Tristão.
Falo-lhe com o coração
E digo que não desespere,
Que este seu amigo quer
Vê-lo de novo a sorrir...
A alegria há de surgir
Quando menos se espere.

Manel do Giro

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

OUTROS CONTOS

«O SMS», por Manel do Giro.

«O SMS»
Por Manel do Giro

 1372- «O SMS»

12:56… o tempo certo
Quando a alma aliviou,
As lágrimas que derramou
Inundaram o deserto.
Sentiu fugir aperto
Pela areia escaldante,
De seguida confiante
Mandou fora a tristeza…
Chegou com delicadeza
A alegria nesse instante.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«As Linguiças», por Manel do Giro.

De volta a José Garcia mentiroso compulsivo, mas inofensivo...
Poet'anarquista
«As Linguiças»
Por Manel do Giro

1366- «AS LINGUIÇAS»

Aldrabava José Garcia
Só mesmo ele acreditava,
As mentiras que contava
Ter visto o que não via.
O aldrabas ainda insistia
Depois de confrontado,
Não se fazia rogado
E afirmava a pés juntos...
Até os pobres defuntos
Acordavam desse estado!

Disse então José Garcia, 
Que mentir mais não podia:

- Vi, na guerra de Espanha
Os aviões deixarem cair…
Linguiças começam a surgir,
Foi uma grande façanha!
Soromenho na apanha
Pedinte ainda moço,
Sem dar muito alvoroço
Nem mãos precisou usar…
Às dúzias formavam colar
Enfiadas no seu pescoço!

Manel do Giro

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

OUTROS CONTOS

«Refúgio», por Manel do Giro.

«Refúgio»
Mar de Odeceixe

1365- «REFÚGIO»

Modo de férias forçadas
Aqui pouco acontece…
Descanso, o pobre merece
Mas sem contas atrasadas!
Sonho com praias doiradas
Para carregar baterias,
Com as algibeiras vazias
O remédio é esquecer…
No meu refúgio a escrever
Assim se passam os dias.

Manel do Giro

terça-feira, 6 de agosto de 2019

OUTROS CONTOS

«Decisão», por Manel do Giro.

«Decisão»
Manel do Giro

1364- «DECISÃO»

Deixei as drogas primeiro,
Quase tudo experimentei…
Foi nessa vida que andei
Muitos anos prisioneiro.
Decidi largar o cativeiro
E outro rumo procurar,
Vida nova recomeçar
Sem ter pressa de viver…
Depois resolvi não beber,
Só falta deixar de fumar.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«A Couve e o Tacho», por Manel do Giro.

A história que se conta de José Garcia, proprietário dedicado à lavoura e de mestre Barradas, o saudoso barbeiro...

Ambos nossos conterrâneos, José Garcia tinha o jeito de mentir aquelas aldrabices que só o próprio acredita, e mestre Barradas sempre com resposta na ponta da língua, não se fazia rogado para dar o troco.
Poet'anarquista

«A Couve e o Tacho»
Por Manel do Giro

1363- «A COUVE E O TACHO»

O que vos quero narrar
É uma grande heresia,
Contam que José Garcia
Era perito em aldrabar.
Certo dia foi encontrar
Caso único na herdade,
Afirmava sem maldade
O que então tinha visto…
Jurava por Jesus Cristo
Ser a pura da verdade!

- Vi, na sombra duma couve,
Rebanho d’ovelhas a dormir!
(Sério, sem se deixar rir,
O Barradas é quem ouve.)
Vegetal assim nunca houve
Com tamanha grandeza,
Aqui pela redondeza.
- Pois eu vi na nossa capital
Tacho maior que o Alandroal,
Enorme, com toda a franqueza!

José Garcia admirado
Com o que Barradas falava,
(Outra coisa não se esperava)
Diz com ar meio intrigado:
- Acho o tamanho exagerado,
Mas você nunca me mentiu…
E esse tacho, pra que serviu?
- Há de servir… se quer saber…
O dito tacho ainda vai cozer
A couve que o senhor viu!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Janela Aberta», por Manel do Giro.

«Janela Aberta»
Mar de Odeceixe

1362- «JANELA ABERTA»

II

Olhei, mas não te vi
Da minha janela para o mar,
Nas ondas fui afogar
A mágoa que então senti.
E era ali, era ali
Que te queria abraçar,
Depois partir e voar
Para longe daqui…
Foi quando percebi
Que estava a sonhar.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Não Voltam os Mortos», por Manel do Giro.

«Não Voltam os Mortos»
A Jovem Mártir Ophelia/ Paul Delaroche

1361- «NÃO VOLTAM OS MORTOS»

Não voltam os mortos
A este inferno terreno,
Estão em lugar sereno
Com mil e um confortos.
Atracam noutros portos
Lá no cosmos infinito,
São viajantes acredito
Por esse universo fora…
Dizem ser ali que mora
A verdadeira paz de espírito.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Incómodo», por Manel do Giro.

«Incómodo»
Manel do Giro

1360- «INCÓMODO»

A verdade causa incómodo
Quando toca o sentimento…
Transtorna o pensamento,
Acreditem, não é cómodo!
Se for dita de grosso modo
Pode até causar mau estar,
Tem o condão de incomodar
Quem dela pretende fugir…
Se de todo não quer ouvir,
Acaba sempre por a negar.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Onde foi, Mãe?», por Manel do Giro.

«Onde foi, Mãe?»
Francisca

(Fez ontem 7 anos que minha mãe partiu para o cosmos...)

1359- «ONDE FOI, MÃE?»

Onde foi que me descobriste
Minha mãe, em que pensava
O teu coração quando amava...
Diz-me, mãe... o que sentiste?

Eu era assim como sou hoje,
Ou foi o teu amor de mulher
Que me tornou noutro qualquer?
Mãe!... Mãe, como o tempo foge!

Sinto-me neste estranho espaço
Violentado, muitas vezes perdido...
E questiono-me: 'o que aqui faço'?

Dou por mim... outro dia vivido...
Por gratidão em sorrisos me desfaço
No caminho que tenho percorrido.

Manel do Giro


domingo, 4 de agosto de 2019

OUTROS CONTOS

«Entendo-te Bem», por Manel do Giro.

«Entendo-te Bem»
Amigos

1358- «ENTENDO-TE BEM»

Sem ter que o fazer, pede desculpa,
E diz em seguida: «entendo-te bem.»
Sei do que fala, melhor que ninguém,
Sossega o coração, não sintas culpa.

Acredita!... também eu te entendo!
Sei o que sentes, e sei de que falas…
Mas quanto mais escondes e calas,
Mais o teu coração está sofrendo.

Assim pensar, sentires-te culpada,
Houve tempo em que fez sentido…
Hoje, é uma questão ultrapassada!

Esse tempo difícil que já foi vivido
E te culpaste, sem culpa de nada,
Era o amor a segredar-te ao ouvido.

Manel do Giro

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

OUTROS CONTOS

«No Silêncio do Jardim», por Manel do Giro.

«No Silêncio do Jardim»
A Lua no Jardim ao Anoitecer

1356- «NO SILÊNCIO DO JARDIM»

Aprender em silêncio a amar
É um acto de grande coragem,
Não chegar há outra margem
Separado por um imenso mar.

Deste lado, seguindo viagem
O amor aprende a se reinventar… 
Fortalece, não parece importar
Qualquer partida ou vantagem.

Ouvem-se os rouxinóis cantar
Onde a vida decorre selvagem,
Sem ninguém que os incomodar;

Faço uma derradeira paragem
No silêncio do jardim, com luar,
E abraço esse amor de passagem.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

O Autodidacta», por Manel do Giro.

«O Autodidacta»
JPGalhardas

Desenho de barco com apenas 7 anos
JPGalhardas

30 de Julho de 2019...

Se fosse vivo, JPGalhardas teria completado 55 anos.

1355- «O AUTODIDACTA»

Começou cedo a criação,
Aos 4 anos já desenhava...
A arte nele desabrochava
Com peculiar perfeição.
Autodidacta de profissão
Foi na arte evoluindo,
Inteligente descobrindo
Formas de aprendizagem...
Um regalo a sua imagem
Quando estava sorrindo!

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Amizade Animal Incondicional», por Manel do Giro.

«Amizade Animal Incondicional»
Bigas, Manchinha e Tristão

1354- «AMIZADE ANIMAL INCONDICIONAL»

Inseparáveis os três amigos
Que se estimam e respeitam...
Diferenças, que bem aceitam
Protegendo-se dos perigos!
Como em tempos antigos
Sonhei nos seres humanos,
Depois de vários enganos
Esse sonho adormeceu...
Não sei o que aconteceu,
Mas passaram muitos anos.

Manel do Giro

OUTROS CONTOS

«Uma Criança Travessa», por Manel do Giro.

«Uma Criança Travessa»
Os primeiros passos/ JPGalhardas

1353- «UMA CRIANÇA TRAVESSA»

[Dedicatória a Adélia Maria Lopes da Rosa…]

Aos primeiros passos que dei
Eu queria sempre ir depressa…
Adélia dizia: - «assim tropeça!»
Mas com frenesim logo andei.

Mais tarde eu parti a cabeça
No voo que para Adélia ensaiei…
Os braços dela sei que falhei
E, na testa, abri enorme brecha!

Adélia assustada!... só eu sei!... 
Ao ver jorrar a massa espessa
De tanto sangue que eu deitei;

Eu era uma criança travessa…
Sustos que a Adélia eu causei
Por andar com muita pressa.

Manel do Giro