quarta-feira, 29 de maio de 2019

OUTROS CONTOS

''A Burrice", por Manel do Giro.

''A Burrice"
Século da Burrice

Há tantos burros diferentes,
Nunca vi burros iguais...
Há burros inteligentes,
Outros são burros demais!

(Quadra mote de poeta anónimo do Ciborro, concelho de Montemor-o-Novo, já falecido)

1309- ''A BURRICE"

Eu conheço burros
De quatro patas andantes,
Já conhecia antes
Outros que dão urros.
A esses só com murros
No centro dos dentes,
Duas patas mal assentes
Sem ponta que se lhe pegue...
Não há pois quem negue,
Há tantos burros diferentes.

Os burros deste reinado
Diferentes na qualidade...
Uns são burros de verdade,
Outros burros ao quadrado!
Com o cérebro parado
Temos neste reino a mais,
Os verdadeiros animais
É que nos fazem pensar...
Duas espécies a nomear,
Nunca vi burros iguais.

Dizia-se em extinção
O pobre burro animal,
O outro burro irracional
Sem nisso meter travão.
Fazem parte da reinação
Esses seres viventes,
Contra eles não atentes
Têm sua função na terra...
Quem o diz, não erra,
Há burros inteligentes!

Há burros no parlamento,
Também os há na justiça...
Há burros a dizer missa,
Ao todo, mais d'um cento!
Segue desenvolvimento:
Há burros presidenciais,
Também os há locais
Mas que são um fracasso...
Digo sem embaraço,
Outros são burros demais!

Manel do Giro

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