quinta-feira, 29 de agosto de 2013

SÉTIMA ARTE - INGRID BERGMAN

A actriz sueca Ingrid Bergman, nasceu em Estocolmo, a 29 de Agosto de 1915. Foi três vezes premiada com o «Oscar» de melhor actriz, duas delas como principal e uma como melhor actriz secundária. Contracenou com o sedutor Humphrery Bogart, em «Casablanca», e em «Sonata de Outono» com a famosa actriz Liv Ullmann. Os dois pequenos excertos de vídeo que se incorporam, dizem precisamente respeito a esses dois grandes filmes que a sétima arte produziu. Ingrid Bergman (assim quis o destino) acabou por falecer no dia do seu aniversário, 29 de Agosto de 1982.
Poet'anarquista
Ingrid Bergman
Actriz Sueca
SOBRE A ACTRIZ…

Ingrid Bergman (1915-1982) foi uma atriz sueca. «Casablanca», «Por Quem os Sinos Dobram», «À Meia Luz» e «A Bela e a Fera», foram filmes que imortalizaram o seu nome.

Ingrid Bergman nasceu em Estocolmo, Suécia, no dia 29 de Agosto de 1915. Estudou na Escola Real de Arte Dramática. Apresentou-se no teatro e fez nove filmes na sua terra natal. Foi casada com o cirurgião Lindstron, com quem teve uma filha, Pia Lindstron.

A sua fama universal começou quando o cinema americano a descobriu. Convidada pelo produtor David O. Selznick, em 1936, Ingrid deixa a Suécia. Em 1939, brilha no filme «Intermezzo, Uma História de Amor». Outros sucessos consagraram a atriz como «a segunda Greta Garbo». Filmou «Casablanca» (1942), «Por Quem os Sinos Dobram» (1943), «A Meia Luz» (1944) e que lhe deu o Oscar de Melhor Atriz, «Interlúdio» (1946) e «Joana D'Arc» (1948).

Dona de uma beleza extraordinária, Ingrid Bergman era adorada pelo público. Mas perdeu o seu prestigio quando escandalizou o mundo após abandonar o seu marido e a filha, para ir viver com o diretor italiano Roberto Rosselini, em 1949. Os filmes «Stromboli» (1950), «Europa 51» (1951) e «Nós as Mulheres» (1953), que fizeram juntos, não obtiveram, na época, o sucesso esperado, depois foram inteiramente reconhecidos e admirados. O casal teve três filhos, Robert e as gémeas Isolla e Isabella.

Em 1956, em Roma, foi convidada pelo ator Humphrery Bogart para voltar a filmar em Hollywood. Ingrid inicialmente aceita, apenas para filmar na Europa. Nesse mesmo ano o filme «Anastácia a Princesa Esquecida» realizado na Grã- Bretanha, representou o seu regresso a Hollywood e rendeu-lhe um segundo Oscar de melhor atriz.

«Casablanca»
Ingrid Bergman em cena com Humphrery Bogart

Em 1957, Rosselini vai à Índia e conhece a indu Somali Das Gupta. Os rumores do romance entre os dois põe fim a união de nove anos, entre Rosselini e Ingrid Bergman. Ainda negando a separação, Ingrid parte para Paris, a fim de representar, no teatro, «Chá e Simpatia». O produtor da peça era Lars Schimidt, um rico industrial. No dia 23 de dezembro de 1958, Ingrid casa-se pela terceira vez com Lars e afirma: «Se fui infeliz na primeira e na segunda experiência, posso tentar uma terceira». Nesse mesmo ano a sua reabilitação foi confirmada no filme «Indiscreet».

Em paz com Hollywood, fez vários outros filmes, entre eles «Mais Uma Vez, Adeus» (1961), «A Visita da Velha Senhora»(1964). Ganhou o terceiro Oscar, desta vez como melhor atriz coadjuvante em «Assassinato no Expresso Oriente»(1974). Em 1978, em «Sonata de Outono», contracena com a famosa actriz Liv Ullmann. 

«Sonata de Outono»
Ingrid Bergman em cena com Liv Ullmann

Mas Ingrid Bergman há oito anos que lutava contra doença maligna, vindo a falecer em Londres, no dia 29 de Agosto de 1982.
Fonte: e-biografias
«CASABLANCA»

INGRID BERGMAN/ HUMPHRERY BOGART

«SONATA DE OUTONO»

INGRID BERGMAN/ LIV ULLMANN

1 comentário:

Anónimo disse...

Sou frequentador assíduo do Poet'Anarquista. E sempre vou encontrando motivos para continuar a sê-lo. Comento pouco porque não me sinto à vontade (com conhecimentos suficientes, quero eu dizer) para opinar sobre os diversos assuntos aqui diariamente abordados. Hoje, porém, a propósito da Ingrid Bergman, gostaria de deixar uma opinião. Não sobre ela, magnífica actriz, como é sabido, mas sobre um homem que soube tirar dela tudo o que o seu talento permitia. (E que foi muito, diga-se de passagem)

De Roberto Rossellini se trata.
"Europa 51" e "Viagem a Itália", dois dos filmes que realizou tendo como protagonista Ingrid Bergman. Lá chegaremos. Mas antes, ainda, gostaria chamar à colação uma fita de 1945, realizada muitos anos antes da actriz entrar - artística e sentimentalmente - na vida do realizador: "Roma, Cidade Aberta", foi a porta de entrada de Roberto Rossellini no cinema. Começou aqui uma nova corrente estética, uma nova linguagem cinematográfica. Corrente que fez escola e influenciou, praticamente, todos os realizadores de cinema que emergiram dos tempos da 2.ª Guerra Mundial. Foi este filme que marcou o início do neo-realismo no cinema. Conta uma história da resistência italiana à invasão dos alemães no fim da guerra. Extraordinárias interpretações de Anna Magnani e Aldo Fabrizi. Teve duas nomeações para os Óscares e ganhou o Grande Prémio do Festival de Cinema de Cannes.

"Europa 51"
Nestes tempos já Roberto Rossellini se tinha afastado do neo-realismo.
Em certa ocasião, J-MF, um ilustre crítico de cinema, pretendendo classificar este filme, disse:
«mamma mia!, que grande caldeirada, que genial caldeirada!»
Tinha J-MF muita razão. "Europa 51" é uma genial caldeirada. Brilham a grande altura, tanto Roberto Rossellini como Ingrid Bergman. Mas a meu ver, e peço desculpa por interferir na opinião de tão conceituado crítico, um dos ingredientes dessa caldeirada foi esquecido na crítica: Refiro-me a Giulietta Masina, que num papel secundário, e praticamente em início de carreira, já demonstra um talento daquele tamanho.

"Viagem a Itália"
É um melodrama?
É uma comédia?
Cá para mim é a visão de Roberto Rossellini sobre a vida a dois. Por vezes é necessário um afastamento para que a reaproximação seja possível. E é também a oportunidade de mostrar a Itália que não aparece nos postais ilustrados. E a arte de fazer um filme na Itália, com técnicos italianos e mostrar apenas actores estrangeiros. Aparte o povo que também por ali circula. O Rossellini desta viagem já é um Rossellini vaidoso, que nos diz que com o seu estatuto podia fazer o que muito bem quisesse.
E podia!

cumprimentos