Nativité - Paul Gauguin
RECORDANDO
Natal, como eu recordo neste dia,
Finda a Missa do Galo, a Consoada,
A qual, por todos nós compartilhada,
Era sempre meu pai quem presidia.
O presépio que minha mãe fazia
A um canto, na casa da entrada;
O Menino Jesus, sem dizer nada
Mas que falar connosco parecia!
Natal, um dia cheio de ventura,
Até para quem chora amargurado
A desdita cruel dum mal sem cura,
Em que Jesus, «pobrinho», nu, gelado,
Veio trazer a toda a criatura
O raro bem da Paz tão desejado!
José Galhardas
Alandroal, Dezembro de 1995
2 comentários:
Muito bonito o soneto, recorda-me de quando eu era menino... era mesmo assim!
Peço desculpa a quem comentou neste espaço pelo seu comentário não estar na caixa de comentários. Não consigo perceber o que se passou, só sei que desapareceram, assim como algumas publicações que fiz no poet'anarquista e não as consegui recuperar mais.
A todos as minhas sinceras desculpas!
Cabé
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