«Uma Paixão no Deserto», por Honoré de Balzac.
«Uma Paixão no Deserto»
Conto de Honoré de Balzac
1301- «UMA PAIXÃO NO DESERTO»
Pensa que os animais não têm suas paixões. Pois é exactamente
o contrário: podemos comunicar-lhes todos os vícios decorrentes do nosso estado
de civilização.
A primeira vez que vi o sr. Martin, fiquei surpreso. Estava
diante de um velho soldado com a perna direita amputada. Seu rosto
espantara-me. Tinha uma dessas cabeças intrépidas, nas quais estão escritas as
guerras de Napoleão. Com uma franca expressão de bom-humor era sem dúvida um
desses guerreiros que nada surpreende, que acham motivo para rir das contorções
de um camarada agonizante, enterrando-o ou pilhando-o de coração leve, desses
que se metem corajosamente nos caminhos das balas, enfim, um desses homens que
não perdem tempo em deliberações, e que não hesitariam em se tornar amigos do
próprio diabo. Fomos jantar juntos e, à sobremesa, ele contou-me sua história,
que lhes vou relatar.
Durante uma expedição ao alto Egito sob o comando do General
Desaix, um soldado da Provença caiu nas mãos dos Mangrabinos, e foi preso pelos
árabes nos desertos além das quedas do Nilo. Os Mangrabinos pousaram certa
noite, acampando sob palmeiras, onde haviam antes escondido provisões.
Contentaram-se em atar as mãos do prisioneiro et após comerem algumas tâmaras e
alimentarem seus cavalos, foram dormir.
Quando viu que ninguém o estava vigiando, o Provençal furtou
com os dentes uma cimitarra, firmou a lâmina entre os joelhos e cortou as
cordas que lhe prendiam as mãos. Num momento estava livre. Tomou de um rifle a
de uma adaga, de um saco de tâmaras secas, aveia, pólvora e montando a cavalo
dirigiu-se a galope para o ponto onde esperava encontrar o exército francês.
Tão impaciente estava para encontrar um bivaque, excitou tanto o animal a
correr, que este chegou a morrer, deixando-o sozinho no deserto. Após andar
algum tempo na areia com toda a coragem de um fugitivo convicto, foi obrigado a
parar, pois o dia findava. Apesar da beleza da noite oriental, sentiu que não
podia continuar. Felizmente encontrara uma pequena colina, no topo da qual
algumas palmeiras se elevavam. Estava tão cansado que caiu numa rocha de
granito, recortada a capricho como um leito, e ali ficou dormindo sem
precauções de defesa. Lamentou ter deixado os Mangrabinos, cuja vida nómada lhe
sorria agora que estava sem ajuda. Foi despertado pelo sol cujos raios
inclementes causavam, caindo com força no granito um calor intolerável. Ao
olhar em torno, viu com horror que um oceano sem limite se estendia diante
dele. A escura areia do deserto ia para além donde a vista pode alcançar, e
vibrava como aço de tão ofuscante. Parecia um mar de espelho, ou lagos
misturados formando um grande espelho. O céu era de oriental esplendor e
insuportável pureza. Tanto o céu como a terra estavam ambos em fogo.
O silêncio era terrível na sua selvagem e terrível
majestade. O infinito e a imensidade fechavam-se sobre a alma, de todos os
lados. Nenhuma nuvem no céu, nenhuma vibração no ar, nenhuma fenda na areia,
movendo-se em pequeninas ondas. O horizonte terminava como no mar, com uma
linha de luz, fina como uma lâmina de uma espada. O provençal abraçou-se com
uma palmeira, como se ela fosse o corpo de um amigo e chorou. Sentado, gritou,
a fim de medir a sua solidão. Sua voz não despertou ecos. O homem tinha vinte e
dois anos. Carregou a carabina, da qual esperava a sua libertação.
Pôs-se a lembrar a Franca, as cidades que atravessara, os
rostos dos companheiros, os menores detalhes de sua vida. E a sua fantasia
mostrou-lhe as pedras da amada Provença, na ilusão do calor que ondulava na
folha estendida do deserto. Temendo o perigo dessa cruel miragem, dirigiu-se ao
lado oposto da colina. Nesse local viu sinais de que fora antes habitado; a
pouca distância, palmeiras cheias de tâmaras. Então o instinto que nos prende a
vida acordou de novo no seu coração. Desejou viver até a passagem de atuns
árabes. Ou talvez ouvisse o som de algum canhão, pois que por esse tempo
Bonaparte atravessava o Egipto.
Quando provou daquele inesperado maná, teve certeza de que
as palmeiras tinham sido cultivadas por algum habitante, tão boas eram a
passou, desesperado a uma quase insana alegria. Voltou ao topo da colina e
pôs-se a cortar uma das palmeiras estéreis, que lhe serviram abrigo. Lembrou-se
dos animais deserto e, no caso de algum vir beber na linfa visível na base das
rochas que mais abaixo desaparecia, resolveu resguardar-se nas pedras colocando
uma barreira à entrada da sua ermida. Com folhas da palmeira, uniu a esteira em
que dormiria. E adormeceu, cansado. Durante a noite seu sono foi perturbado por
um ruído extraordinário, soergueu-se, e o silêncio permitiu-lhe distinguir os
acentos alternados de uma respiração cuja selvagem energia não podia pertencer
a um humano. Seu coração gelou-se, sobretudo quando percebeu através das
sombras dois olhos amarelos. A vívida irradiação da noite no deserto ajudou-o a
distinguir os objectos, e viu assim um animal deitado a dois passos. Era um
leão, um tigre, ou um crocodilo.
Imaginou as piores coisas, sentindo a respiração mais
próxima, coragem para fazer um movimento. Um cheiro forte encheu a caverna, foi
quando ele percebeu a presença de um terrível companheiro.
O reflexo da lua, descendo no horizonte, iluminou o abrigo,
tornando visível e resplandecente a pele pintada de uma pantera. O leão do
Egipto abria e fechava os olhos, a face voltada para o homem. Este sou primeiro
em matá-lo com a carabina, mas viu que não havia distância bastante entre
ambos. E a ideia de despertar a fera fê-lo enrijecer-se. Chegava a ouvir as
batidas do próprio coração, amaldiçoando esse ruído, com medo que o animal o
ouvisse e despertasse, pois enquanto este dormia ele podia raciocinar e
encontrar um meio de fugir. Duas vezes pôs a cimitarra para cortar a cabeça do
inimigo, mas se falhasse seria morrer na certa; preferiu esperar até amanhecer,
que não tardou. Não podia examinar a pantera à vontade: o focinho estava cheio
de sangue. “Ela jantou bem", pensou, sem se lembrar de que o festim
poderia ter sido de carne humana. "Felizmente não está com fome".
Era uma fêmea. Os pelos da barriga e dos flancos
esbranquiçavam-se. Muitas marcas pequenas parecendo pelúcia formavam lindos
braceletes em volta das patas. A cauda sinuosa era também branca, terminando em
círculos pretos. Em cima do corpo, vestido de ouro fosco, macio e suave,
manchas características em forma de rosetas, que distinguem a pantera das
outras espécies felinas. Essa tranquila e formidável hóspede ressonava numa
atitude graciosa como a de um grande gato deitado numa almofada. As patas
nervosas, manchadas de sangue, estavam estendidas adiante da cabeça, que nelas
descansava. Se a visse numa jaula, o provençal a teria admirado pela graça e
pelos vigorosos contrastes de viva cor que lhe emprestavam aos pelos um
esplendor imperial; mas perturbava-o o seu sinistro aspecto. A presença da
pantera, embora adormecida, não podia deixar de produzir o efeito que os olhos
magnéticos da serpente exercem sobre o rouxinol. Como os homens habituados ao
perigo, que desafiam a morte e oferecem o corpo às balas, o homem, vendo na
situação um mero episódio trágico, resolveu representar o seu papel
honrosamente. Considerando que os árabes o teriam matado, e que, portanto,
estava vivo quase que por milagre, esperou corajosamente, com excitada curiosidade,
o despertar do inimigo. Quando o sol raiou, a pantera abriu os olhos, estendeu
as patas com energia, bocejou, mostrando o formidável aparelho dos dentes e da
língua pontuda. Lambeu o sangue das patas e coçou a cabeça com um gesto
gracioso. "Está fazendo a sua toalete", disse o francês para si
mesmo. "Agora vamos dizer bom dia ao outro", e tomou da adaga que
furtara dos Mangrabinos. Nesse momento a pantera virou a cabeça e olhou-o
fixamente, sem se mover. A rigidez dos seus olhos metálicos e aquele brilho
insuportável fizeram que ele estremecesse, principalmente quando o animal
caminhou para ele. Procurou, porém, olhá-la carinhosamente dentro dos olhos,
para magnetizá-la, e quando a teve bem junto a si, com um movimento gentil e
amoroso, como se acariciasse a mais belas das mulheres, passou-lhe a mão pelo
corpo, da cabeça à cauda, coçando-a. O animal mexeu a cauda voluptuosamente, e
seu olhar ameigou-se; e quando, pela terceira vez, o francês acariciou-a, a
pantera deu um desses miados que os gatos dão quando sentem prazer. Mas esse
som de uma garganta tão poderosa e profunda ressoou na caverna como as
vibrações derradeiras de um órgão na igreja. Compreendendo a importância de
suas carícias, o homem redobrou-as, de modo a surpreender e assombrar a sua
imperial cortesã. Quando teve a certeza de haver extinguido a ferocidade da
caprichosa companheira, cuja fome felizmente fora satisfeita na véspera,
levantou-se para sair da caverna; a pantera deixou-o ir, e depois, quando ele
se achava no topo da colina, pulou com a leveza de uma andorinha e foi
esfregar-se nas pernas dele, espichando as costas para cima fazem os gatos
enquanto soltava outro gemido de prazer.
Ele levou a ousadia ao ponto de acariciar-lhe as orelhas, a
barriga e a cabeça, o mais que pôde. Quando viu que dava bom resultado, coçou-a
com a ponta da adega, esperando o momento oportuno para matá-la, mas a dureza
dos ossos dela fê-lo temer um insucesso. A sulina do deserto mostrou-se gentil
para com o seu escravo; ergueu a cabeça, esticou o pescoço, e manifestou o seu
deleite. E o soldado resolveu dar-lhe uma punhalada na garganta. Levantou a
lâmina, quando a pantera, satisfeita, deitou-se graciosamente aos seus pés,
olhando-o com certa simpatia, como se o examinasse. O homem pôs-se a comer tâmaras,
enquanto ela o olhava; finda a refeição, ela pôs-se a lamber-lhe as botas, com
a língua áspera, limpando com maravilhosa habilidade a poeira acumulada nas
dobras. E ele admirou as proporções do animal, certamente um dos espécimes mais
esplêndidos da raça. Como era refinada a cabeça, do tamanho do de uma leoa!
Havia nela a fria crueldade de um tigre, é verdade, mas também a vaga parecença
com o rosto de uma mulher sensual. Parecia um Nero embriagado: saciara-se de
sangue e queria divertir-se.
O soldado experimentou se podia andar, e a pantera deixou-o,
contentando-se em acompanhá-lo com os olhos; e foi quando ele verificou os
vestígios do cavalo: a pantera arrastara a sua carcaça por ali; já dois terços
do animal tinham sido devorados. Isso tranquilizou o homem.
Concebeu ele então a louca esperança de continuar em bons
termos com a pantera durante o dia todo; voltou para junto dela e teve a
inenarrável alegria de vê-la abanar a cauda, em quase imperceptível movimento.
Sentou-se, sem medo, ao seu lado e começaram a brincar; segurou-lhe as orelhas,
virou-a no chão, de costas, bateu-lhe nos flancos mornos e delicados. Ela
deixou-o fazer o que quisesse e quando ele puxou os pelos das patas, encolheu
as garras cautelosamente. O homem, com a adega na mão, imaginava enterrá-la no
peito da pantera, mas temia que ela o envolvesse num abraço fatal, na
derradeira convulsão; além disso, sentiu uma espécie de remorso que o fazia
respeitar uma criatura que não lhe fizera nenhum mal. Perecia-lhe ter
encontrado um amigo, num deserto ilimitado; meio inconscientemente lembrou-se
da primeira namorada, que ele apelidara "Mignononne", por contraste
porque era tão atrozmente ciumenta que, durante todo o tempo em que durara
aquele amor, vivera apavorado por causa da faca com que ela sempre o ameaçara.
E essa lembrança fê-lo pôr na pantera o mesmo nome, agora que a admirava com
menos terror. Até o fim do dia estava familiarizado com essa perigosa posição;
até quase já gostava do perigo que nela encontrava. E o animal até já se habituava
a olhar para ele quando gritava em voz aguda: "Mignonne!”
Ao pôr do sol Mignonne deu vários urros profundamente
melancólicos. "Ela é muito bem-educada. Está rezando as suas
orações", disse o corajoso soldado. "Bem minha lourinha, vou te pôr
na cama", disse-lhe, contando, com a actividade das próprias pernas para
correr o mais depressa possível assim que ela adormecesse, a fim de procurar
outro abrigo para a noite. Esperou com impaciência a hora da fuga, e andou
vigorosamente na direcção do Nilo; mas mal tinha feito um quarto de milha na
areia quando ouviu a pantera correndo-lhe atrás, soltando um daqueles terríveis
urros, que eram piores que o ruído de seus pulos. "Bom ela está
enrabichada por mim. Nunca encontrou outro ser humano antes, de modo que é
muito interessante ser o seu primeiro amor". Nesse momento o homem caiu
numa dessas areias-movediça, tão terríveis para os viajantes e das quais é
impossível salvar-se. Sentindo-se perdido, deu um grito; a pantera segurou-o
pela gola com os dentes e, pulando para trás, retirou-o da areia movediça como
que por magia. — "Ah! Mignonne!" exclamou ele acariciando-a
entusiasmado. “Estamos unidos para a vida e para a morte! Palavra de honra, que
não estou brincando!" E voltou.
Desse momento em diante o deserto pareceu-lhe habitado.
Continha um ser com o qual podia falar, e cuja ferocidade lhe parecia até
amena, embora não pudesse explicar a si mesmo aquela estranha amizade. Por mais
que desejasse ficar vigilante, dormiu.
Ao despertar não encontrou Mignornne; subiu a colina, e a
distância saltando em sua direcção, como fazem esses animais que não podem
correr devido a extrema flexibilidade da coluna vertebral. Mignornne chegou com
a boca cheia de sangue; recebeu a carícia do companheiro, mostrando-lhe o
quanto isso a fazia feliz. Seu olhar parecia mais amoroso do que na véspera.
"Senhorita, és um amor. Então andaste comendo algum
árabe? não faz mal. Eles são tão animais quanto tu. Mas não vás comer
franceses, porque então não te quero mais".
Ela brincava como um cão com o dono, por vezes até
provocando-o com a pata.
Passaram assim alguns dias. Essa companhia permitiu que o
provençal apreciasse a sublime beleza do deserto; a solidão revelou-lhe todos
os seus segredos. Descobriu na alvorada e no pôr-do-sol aspectos desconhecidos
do mundo. Estudou na noite o efeito da lua sobre o oceano de areia, onde o
simum erguia ondas rápidas. Após o calor e a exaustão do dia, abençoava a
noite, porque caía sobre o deserto a saudável fressura das estrelas, e ele
ficava a ouvir a música imaginária do céu. E a solidão ensinou-o a desenrolar
os tesouros dos sonhos. Passava horas inteiras lembrando-se de pequenos nadas,
comparando a vida presente a passada. Terminou por gostar apaixonadamente da pantera:
pois que alguma espécie de afeição era uma necessidade.
Fosse porque a sua força de vontade se projectasse
poderosamente modificando o carácter da sua companheira, ou fosse porque ela
encontrasse presa abundante nas suas precatórias excursões pelo deserto, o fato
é que ela respeitava a vida do homem, e ele deixou de temê-la, vendo-a tão
domesticada.
Passava a maior parte do tempo dormindo, mas precisava
vigiar para que o momento da libertação não lhe escapasse, caso alguém passasse
na linha do horizonte. Sacrificara a camisa para fazer uma bandeira, que
prendera ao topo de uma palmeira, cuja folhagem retirara. Arranjara um meio de
mantê-la sempre esticada, por meio de uns pauzinhos, pois que o vento podia não
estar soprando na hora em que algum viajante passasse ao longe.
E era nas longas horas, em que abandonava a esperança, que
se divertia com a pantera. Aprendera-lhe as diferentes inflexões da voz, dos
olhos; estudara os caprichosos padrões das rosetas que lhe marcavam de ouro o
pelo. Mignonne não se zangava quando ele lhe segurava a cauda para contar os
anéis mais escuros e ele sentia prazer em contemplar-lhe a silhueta, a brancura
do peito, a postura graciosa da cabeça. Mas quando ela estava brincando é que
ele adorava olhá-la; a agilidade e a leveza jovem de seus movimentos eram-lhe
contínua surpresa; gostava de ver o jeito ágil com que ela pulava e subia e
lambia o pelo. Por mais rápido que fosse o pulo, por mais incerta que fosse a
pedra onde ela se encontrasse, parava sempre ao escutar a palavra
"Mignonne".
Um belo dia, enorme pássaro atravessou o espaço. O homem
deixou a pantera para ver o novo hóspede; mas após esperar um pouco a sultana
do deserto protestou com um miado profundo. "Meu Deus? será que ela está
com ciúme?" exclamou ele, vendo o olhar que ela lhe lançou. A águia
desapareceu no ar, enquanto o soldado admirava o contorno recurvo da pantera. A
profusa luz do sol tornava-lhe a pele de puro ouro, queimando-se de um modo
infinitamente atraente. O homem e a pantera olharam-se como se se
compreendessem; a coquete estremeceu ao sentir a carícia da mão na sua cabeça;
os olhos brilharam como relâmpagos, e depois fecharam-se.
“Ela tem alma", disse ele, olhando para a tranquilidade
dessa rainha das areias, dourada, branca, solitária e ardente tal como elas.
E ambos terminaram como terminam sempre as grandes paixões,
com um desentendimento. Por algum motivo um suspeita do outro, teme uma
traição. Não chegam a se explicar, devido ao orgulho e também por teimosia. Às
vezes basta urna palavra ou um olhar.
E o soldado provençal contou-me que, sem saber se a ferira
ou não, viu-a de repente virar-se furiosa e enterra-lhe na perna os agudos
dentes... gentilmente, quase... E ele, pensando que ela ia devorá-lo, meteu-lhe
a adaga no peito. Ela rolou, soltando um grito que lhe gelou o coração; e viu-a
morrendo, olhando-o porém sem ressentimento. Teria dado o mundo inteiro — até a
sua condecoração, que nessa ocasião ainda não recebera — para fazê-la voltar à
vida. Era como se tivesse assassinado uma pessoa! e os soldados que viram a
bandeira e foram salvá-lo encontraram-no em prantos.
Honoré de Balzac