Morte de Cristo
PALERA
Quinta pintura de Cristo que encerra as comemorações da Páscoa com mais um trabalho de João Paulo Galhardas (Palera), a todos os títulos excepcional. A morte de Cristo, às 15.00 horas de sexta-feira, desenhado com aparo rotering a tinta da china preta, é na realidade uma obra notável pela precisão do seu traço e pela expressão dada à agonia final de Jesus Cristo. Ficam por publicar outras pinturas alusivas ao mesmo tema que a seu tempo revelarei aos amigos de arte no poet'anarquista. Deixo-vos com uma poesia de Reinaldo Ferreira (Pietá), inspirada no momento em que Cristo foi descido da cruz já sem vida para os braços de sua mãe.
Já lívido repousa em seu regaço.
Já não escuta, não vê, não ri, não fala.
Aquele que foi Seu filho, Ela o embala
Morto, alheia a tempo e espaço.
O mistério parou no limiar dos assombros.
Dos irados profetas, das rígidas escrituras
Sobra um Deus morto; e os únicos escombros
São a atónita aflição das criaturas.
Eles choram, vários, como vários são
Sua revolta e sua dor. Absorto,
O olhar da Mãe escorre, inútil, no chão.
Ela, o que chora? O Deus parado - ou o filho morto?
Reinaldo Ferreira, Pietá
5 comentários:
Senhor POETA: mas que obra de arte lindíssima desenhou o seu mano! Continue a presentear-nos com a qualidade de tudo o que tem publicado no blogue poet'anarquista, e não caia na tentação de deixar entar comentários com politiquismo de baixo nível. Ao não ir pelos caminhos de outros blogues conhecidos revela que é uma pessoa inteligente e com uma noção de cultura bem diferente do que vamos lendo por aí. É com muita satisfação que tenho constatado que não tem respondido noutros blogues às provocações idiotas de que tem sido alvo. As pessoas maduras e sensatas sabem distinguir o trigo do joio. Um resto de Boa Páscoa para todos!
Amiga ausente
O Cristo *****!!!!!
Esclarecimento: o blogue poet'anarquista foi criado com o intuito de divulgar as mais variadas formas de arte e de proporcionar aos leitores e comentadores um espaço cultural diferente. Desde a primeira hora ficou bem claro que não marcaria agendas políticas ou de conteúdo político, assim como não haveria lugar a discussão política no espaço dedicado aos comentadores. Sabendo que a arte quase sempre tem uma perspectiva política ou ideológica, não posso por esse motivo censurar qualquer comentário de análise aos temas postados. Todos os comentários que se desviem desta linha de pensamento não serão publicados por uma questão de coerência para com a linha editorial, e da mesma forma, para com os leitores e comentadores do blogue.
Cabé
Que maravilha de Cristo... o traço e a arte de mãos dadas!!!!
Subscrevo integralmente o comentário de 5 de Abril de 2010 pelas 17:06!
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