O grande poeta português Manuel Maria de Barbosa l'Hedois du Bocage, ou simplesmente Bocage, nasceu em Setúbal a 15 de Setembro de 1765. Pode consultar aqui «POESIA -
BOCAGE» ou aqui «MANUEL
MARIA l’HEDOIS de BARBOSA du BOCAGE» ou ainda aqui «HISTÓRIA
POÉTICA - MORTE DE INÊS DE CASTRO» e finalmente aqui «CARTOON
versus QUADRAS», vida e obra de um enorme poeta do arcadismo português, de transição do período clássico para o romântico e que viria a ter grandes repercussões na literatura portuguesa. Aqui se recorda em dia de aniversário, desta feita com o «Soneto do Epitáfio». Viva a Poesia!
Poet'anarquista
Du Bocage
Pintura de Maria Adelaide
[SONETO DO EPITÁFIO]
Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
«Verbi-gratia» o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:
Não quero funeral comunidade,
Que engrole «sub-venites» em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:
Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:
«Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro».
Du Bocage
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