No dia 11 de Setembro de 1891, falecia o poeta português Antero de Quental. Pode ler aqui- «POESIA
- ANTERO DE QUENTAL», e ainda aqui- «ANTERO
DE QUENTAL», sobre vida e obra de um dos mais importantes autores portugueses do séc. XIX. «Luta», soneto que hoje se publica prestando homenagem ao escritor neste espaço de arte e poesia. Boa leitura!
Poet'anarquista
Antero de Quental
Poeta Português
LUTA
Fluxo e refluxo eterno...
João de Deus.
Dorme a noite encostada nas colinas.
Como um sonho de paz e esquecimento
Desponta a lua. Adormeceu o vento,
Adormeceram vales e campinas...
Mas a mim, cheia de atracções divinas,
Dá-me a noite rebate ao pensamento.
Sinto em volta de mim, tropel nevoento,
Os Destinos e as Almas peregrinas!
Insondável problema!... Apavorado
Recúa o pensamento!... E já prostrado
E estúpido á força de fadiga,
Fito inconsciente as sombras visionárias,
Enquanto pelas praias solitárias
Ecoa, ó mar, a tua voz antiga.
Antero de Quental
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