E as músicas de hoje são...
(8 de Dezembro de 1865, morre o compositor finlandês Jean Sibelius)
JEAN SIBELIUS - «Whosoever Hath a Love of Justice»
Poet'anarquista
(8 de Dezembro de 1943, nasce o cantor e poeta norte-americano Jim Morrison)
JIM MORRISON - «The Severed Garden»
Poet'anarquista
O JARDIM DECEPADO
Uau, eu estou farto de dúvidas
Vivo à luz de determinado
Sul
Cruéis associações.
Os servos têm o poder
Homem-cachorro e sua medíocre mulher
Puxando pobres mantas sobre
Nossos marinheiros
Estou farto de rostos melancólicos
Olhando para mim na TV
Torre, eu quero rosas no
Meu jardim, sacou?
Bebês reais, rubis
Devem agora substituir abortados
Estranhos na lama
Estes mutantes, alimentação sanguínea
Para a plantar o que foi arado.
Eles estão esperando para nos levar
Ao jardim reservado
Você sabe como é clara a devassa excitação
Chega a morte em uma hora estranha
Sem aviso prévio, não planejada
Como um assustando hóspede muito amigável você tenha
Levado para a cama
A morte faz de todos nós anjos
E nos dá asas
Onde tínhamos ombros
Suave como um corvo
Garras
Não há mais dinheiro, nem mais vestidos sofisticados
Este outro reino parece de longe o melhor
Até que outra mandíbula revela o incesto
E desobediência a lei vegetal.
Eu não vou
Prefiro festejar com amigos
À uma família gigante.
Jim Morrison
JOHN LENNON - «Nobody Told Me»
Poet'anarquista
NINGUÉM ME FALOU
Todo o mundo está falando e ninguém diz uma palavra
Todo o mundo está fazendo amor e ninguém realmente se
preocupa
Há Nazistas no banheiro debaixo dos degraus
Sempre há algo acontecendo e nada acontece
Sempre há algo cozinhando e nada na panela
Eles estão famintos lá na China então termine o que você tem
Ninguém me falou que haveria dias como estes
Ninguém me falou que haveria dias como estes
Ninguém me falou que haveria dias como estes
Dias realmente estranhos--dias realmente estranhos
Todos estão correndo e ninguém faz um movimento
Todos são vencedores e não há mais nada para perder
Há um pequeno ídolo amarelo ao norte de Katmandu
Todos estão voando e ninguém deixa o chão
Todos estão chorando e ninguém faz um som
Há um lugar para nós nos filmes você só precisa se deitar
por aí
Ninguém me falou que haveria dias como estes
Ninguém me falou que haveria dias como estes
Ninguém me falou que haveria dias como estes
Dias realmente estranhos--mais estranho, mamãe
Tods estão fumando e ninguém está se sentindo no céu
Tods estão voando e nunca tocam o céu
Há um ÓVNI em cima de Nova Iorque e não estou muito surpreso
Ninguém me falou que haveria dias como estes
Ninguém me falou que haveria dias como estes
Ninguém me falou que haveria dias como estes
Dias realmente estranhos--mais estranho, mamãe
John Lennon
(8 de Dezembro de 1994, morre o compositor Tom Jobim)
TOM JOBIM - «Águas de Março»
Poet'anarquista
ÁGUAS DE MARÇO
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumueira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim, caminho
Resto, toco, pouco, sozinho
Caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
Caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.
É a promessa de vida no teu coração.
Tom Jobim
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