«Dia do Abraço»
Mote de José Chilra
1028- «Dia do Abraço»
Necessito dum abraço,
Dum carinho e pouco mais…
Ando à procura e não acho,
O remédio prós meus ais.
José Chilra
Nervoso por natureza
A roçar a inquietação,
Vive assim em aflição
Esta alma portuguesa.
Age com delicadeza
Se um afago lhe faço,
O retrato que hoje traço
Só a mim diz respeito…
Abro então o meu peito,
Necessito dum abraço!
Pouco peço para mim…
Feliz com coisa pouca,
A escrita parece louca
Quando dela estou afim.
O coração diz que sim
E envia-me os sinais,
O amor nunca é demais
Eu recebo seu sorriso…
Hoje mesmo preciso
Dum carinho e pouco mais.
Um assomo de janela
E não vejo o teu olhar…
Fico perdido a pensar,
Onde será que está ela?
E era aquela, era aquela
Que sumiu num fogacho,
Como a água do riacho
Que não para de correr…
Os meus olhos querem ver,
Ando à procura e não acho.
Chega a ser doloroso
Esse tempo de procura,
Por vezes a vida é dura
E o caminho sinuoso.
Se me encontro ansioso
Os dias passam iguais,
As rotinas habituais
São um quebra-cabeças…
À espera que me ofereças
O remédio prós meus ais!
Manel d’ Sousa
1 comentário:
Muito bom!
Abraço para os dois poetas
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