quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

HISTÓRIA POÉTICA DE INÊS DE CASTRO

Inês de Castro Coroada por D. Pedro
Coroação da Rainha depois de Morta

HISTÓRIA POÉTICA DE INÊS DE CASTRO

Estava Inês «posta no sossego»…
(Qual rosto de anjo adormecido)
Não podia imaginar tanto perigo
Que corria sua vida em segredo.

Por sentença d’el Rei D.Afonso IV
Inês é raptada enquanto dormia
E levada a sua presença em recato…
Sem o saber, seria seu último dia.

O amor de D. Pedro  ainda faz suplica,
Para com seus filhos pede compaixão
E o Rei quase atende essa prece única…
Mas por três nobres é morta à traição.

D. Pedro jura vingança a quem a matou;
São eles Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves,
E Diogo Lopes Pacheco a quem perdoou…
A morte seria castigo por ofensas graves;

A um arranca o coração plo peito aberto
E ao outro pelas costas lhe faz o mesmo,
O que resta tem perdão já quase morto…
El Rei vinga Inês, e à vida lhes põe termo!

Cumpre finalmente o seu grande desejo:
Inês, sentada morta, no trono do Rei jaz,
E é coroada Rainha com um último beijo…
Amor de D. Pedro descansa agora em paz!!

Matias José

2 comentários:

Anónimo disse...

Aprecio muito esta forma de poesia em que se tenta reproduzir fielmente uma história. Não deve ser fácil, mas o poeta sai-se bem neste capítulo.

X

Anónimo disse...

É verdade, tem talento sim senhor e muita humildade. Se fosse outro há muito tempo que se tinha pendurado da autarquia para publicar um livro. Mas sei que essa não é a sua vontade, e penso que ele está certo.