terça-feira, 27 de outubro de 2015

OUTROS CONTOS

«Canção de Amor da Jovem Louca», conto poético por Sylvia Plath.

«Canção de Amor da Jovem Louca»
Conto Poético de Sylvia Plath

651- «CANÇÃO DE AMOR DA JOVEM LOUCA»

Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)

Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama,
Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
Imaginei que voltarias como prometeste .
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo .
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior de minha mente)

Sylvia Plath

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