«Vida e Morte»
João Paulo Galhardas
DONA VIDA… DONA MORTE…
( Pensando no teatro - Diálogo entre vida e morte )
Dona Vida:
Tu que dormes a meu lado
Desde o dia em que nasci...
Diz-me: Qual o dia esperado,
Ou será que já morri?
Dona Morte:
Vai vivendo e aguarda,
De ti eu não me esqueço...
O tempo não me diz nada,
Sou órfã, não tive berço.
Dona Vida:
Falas e não entendo…
Nunca sei o que pensar,
Será que estou morrendo
Pra de novo começar?
Dona Morte:
Tudo acaba no princípio
Sem se saber que é assim;
Como os Deuses no Olimpo,
Tu também terás um fim.
Dona Vida:
Leva-me, não me esperes
Pode ser de madrugada,
Ou então se quiseres
Ao raiar da alvorada.
Dona Morte:
Não és tu quem decide
O tempo que foi escolhido,
A vida não divide
O que já está dividido.
Dona Vida:
És obscura, morte canalha
Não sei se te quero ver,
Vives no fio da navalha
Mas um dia hás de morrer.
Dona Morte:
Ora bem, até que enfim
Podes vir, chegou o momento.
Neste mundo tudo tem fim,
Acabou agora o teu tempo.
Dona Vida:
Adeus morte, fico por cá
Não tenho pressa de partir,
Sei que para o lado de lá
Todos teremos que ir.
Dona Morte:
Ao Diabo vida!
Dona Vida:
A Deus morte!
Matias José
2 comentários:
Não há palavras para catalogar esta postagem.
Apenas me ocorre : Excelente
Um abraço amigo
Chico
SIMPLESMENTE SENSACIONAL!
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