O poeta italiano Salvatore Quasimodo, nasceu em Siracusa, na Sicília, a 20 de Agosto de 1901. Poeta antifascista, expressou em
grande parte da sua obra os horrores da Segunda
Guerra Mundial, sendo considerado o mais alto representante literário do
seu país na oposição ao regime fascista de Mussolini. Quasimodo faleceu em
Amalfi, a 14 de Junho de 1968.
Poet'anarquista
Salvatore Quasimodo
Poeta Italiano
SOBRE O POETA...
Salvatore Quasimodo nasceu em 20 de agosto de 1901, em Siracusa,
na Sicília.
A partir de 1940, trabalhou no jornal Il Tempo, como crítico de
teatro. Criador da escola apertada, formada por poetas italianos que
não podiam criticar abertamente o fascismo tinha que escrever com uso de
símbolos e um estilo refinado.
A sua primeira coletânea de poemas foi «Água e Terra» (1930) e, mais
tarde, «Erato e Apollyon» (1936) faz com que seja o mais alto
representante do sigilo. A sua pátria está presente em muitas de suas
obras, como «Novos Poemas» (1936-1942) ou «E então ele está Noite» (1942). Como
foi mostrado em vitalista poeta «A vida não é um Sonho (1949), «A
terra Incomparável» (1958) e «Dar e Receber» (1966).
Após a Segunda Guerra Mundial refletia a sua oposição ao regime
fascista e os horrores da guerra em obras como «Dia a Dia» (1947). Em
1961 publicou uma coletânea dos seus escritos sobre teatro. Também fez
traduções de autores gregos e romanos clássicos como Homero , Virgílio e Catulo, assim
como Shakespeare e Pablo
Neruda, e outros poetas modernos.
Foi agraciado com o Prémio Nobel da Literatura em 1959 por expressar
"a trágica experiência do nosso tempo."
Salvatore Quasimodo morreu em 14 de junho de 1968, em Amalfi.
Fonte: www.buscabiografias.com/
ARIETE
No movimento preguiçoso dos céus
a estação mostra-se: ao vento nova,
ao mandá-lo que aclara
cheias de sombra aéreas
nuvens de sombra e ração:
e recompõe as sepultas vozes
das margens, dos fossados,
dos dias de graça fabulosos.
Toda a erva derrama,
e uma ânsia toma as remotas águas
de gélidos louros nús os deuses pagãos;
e eis que saltam do fundo por entre os seixos
e de cabeça para baixo dormem celestes.
No movimento preguiçoso dos céus
a estação mostra-se: ao vento nova,
ao mandá-lo que aclara
cheias de sombra aéreas
nuvens de sombra e ração:
e recompõe as sepultas vozes
das margens, dos fossados,
dos dias de graça fabulosos.
Toda a erva derrama,
e uma ânsia toma as remotas águas
de gélidos louros nús os deuses pagãos;
e eis que saltam do fundo por entre os seixos
e de cabeça para baixo dormem celestes.
Salvatore Quasimodo
EU NÃO PERDI NADA
Ainda estou aqui, o sol gira
nas minhas costas como um falcão e a terra
faz ecoar a minha voz na tua.
E o tempo visível recomeça
no olho que redescobre a luz.
Eu não perdi nada.
Perder é ir para longe daqui,
a partir de um diagrama do céu,
longo movimento de sonhos, um rio
pleno de folhas.
Salvatore Quasimodo
O DIA INCLINA-SE
Encontras-me deserto, Senhor
no teu dia,
fechado a toda a luz.
De ti privado temo,
perdida a estrada do amor,
e não há graça
nem sequer um trépido cantar-me
que faça secos os meus quereres.
Amei-te e bati-te;
o dia inclina-se
e colho as sombras dos céus:
que tristeza o meu coração
de carne!
Encontras-me deserto, Senhor
no teu dia,
fechado a toda a luz.
De ti privado temo,
perdida a estrada do amor,
e não há graça
nem sequer um trépido cantar-me
que faça secos os meus quereres.
Amei-te e bati-te;
o dia inclina-se
e colho as sombras dos céus:
que tristeza o meu coração
de carne!
Salvatore Quasimodo
NO SENTIMENTO DE MORTE
Cerúleas árvores
onde se escuta o som mais suave
e onde nasce o prazer com as chuvas novas.
Numa rama, dócil
a luz oscila
em bodas com o vento;
no sentimento de morte,
eis-me, assustado de amor.
Cerúleas árvores
onde se escuta o som mais suave
e onde nasce o prazer com as chuvas novas.
Numa rama, dócil
a luz oscila
em bodas com o vento;
no sentimento de morte,
eis-me, assustado de amor.
Salvatore Quasimodo
E DE REPENTE É NOITE
Cada um está só sobre o coração da terra
Trespassado por um raio de sol:
E de repente é noite.
Trespassado por um raio de sol:
E de repente é noite.
Salvatore Quasimodo
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