segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PINTURA - ANTOINE WATTEAU

Jean-Antoine Watteau, ou simplesmente Watteau, foi um enorme pintor francês do movimento rococó. Watteau nasceu em Valenciennes a 10 de Outubro de 1648, e foi uma das principais figuras deste período artístico, tendo-se destacado pelas suas pinturas alusivas à comédia da arte. Desde muito cedo, a sua principal fonte de inspiração foram artistas como Brueghel, Bosch e Rubens. Antoine Watteau, vítima da tuberculose, faleceu em Nogent-sur-Marne a 18 de Julho de 1721. Contava apenas 35 anos de idade.
Poet'anarquista
Antoine Watteau
Pintor Francês

«Antoine Watteau»
Rosalba Carriera
BIOGRAFIA

Pintor francês, Jean-Antoine Watteau nasceu em Velenciennes a 10 de Outubro de 1684 e morreu em Nogent-sur-Marne, a 18 de Julho de 1721. De sua terra na Picardie chegou a Paris, vivendo em extrema pobreza. O grande decorador Gérard Audran (1640-1703) ocupou-o na ornamentação do Palais Luxembourg; o fantástico artista gráfico Claude Gillot (1673-1722) introduziu-o no mundo do teatro; mas na academia o jovem artista não obtinha sucesso. Enfim, o grande mecenas Croozat convidou-o para participar das festas feéricas que dava no parque de Montmorency. Para pintá-las, Watteau estudou os desenhos de Rubens e dos mestres venezianos (Ticiano, Paolo Veronese). Com o quadro que representa uma festa imaginária, «L'Embarquement pour Cythère» («O Embarque para Citera»), o pintor foi recebido pela Academia em 1717.

Watteau não foi, porém, um participante activo daquelas festas galantes; foi um espectador maravilhado, quieto e tímido. Foi um artista retraído no meio da libertinagem da Régence, um silencioso entre causeurs espirituosos. Com 35 anos de idade a tuberculose já o tinha atingido, e foi o marchand Gersaint, vendedor dos seus quadros, que o ajudou até a hora da agonia.

Watteau aprendeu com Audran o estilo rococó e com Gillot o espírito fantástico, onírico, mas seus mestres, propriamente, são Rubens e os venezianos. Contudo, a sua arte revela pouco essas origens: é tipicamente francesa, pela extrema delicadeza das linhas e da atmosfera; e reflecte a sua época da galanteria, transfigurando-a, criando uma arte intemporal. No centro dessa arte está a mulher. Mas, diferente dos seus mestres , não gosta de mostrá-la nua: «O Juízo de Paris» (Louvre) e «Júpiter e Antíope» (Louvre), muito no estilo de Rubens, são das raras excepções.

Os personagens masculinos, como aquele «Indifférent» ou o «Mezzetin» (Ermitage, Leningrado), são mais retraídos, sobretudo o maravilhoso «Gilles» (Louvre), em que Watteau parece retratar a sua própria atitude em face da vida dos outros. O encontro dos sexos sempre é, apenas, delicadamente esboçado: a «Serenata» (Musée Condé, Chantilly), «A Lição de Amor» (Svenska Nasjonalmuseet, Estocolmo). Só o «Faux Pas» (Louvre) alude directamente ao contacto.

 Muitas vezes, os personagens pertencem ao teatro, isto é, para Watteau, à commedia de ll'arte:  «Arlequim e Colombina» (Wallace Collection, Londres), o «Teatro francês» (National Gallery, Washington) e o «Teatro italiano» (ibid.).

As cenas no palco repetem-se na sociedade: Watteau já foi em vida celebrado como o pintor das 'festas galantes'. Mas há no «Parque de St. Coud» (Prado, Madri) e no «Casamento campestre» (ibid.), e na «Festa Veneziana» (National Gallery of Scotland, Edinburgh), algo de caracteristicamente irreal, de apenas sonhado, que faz também o encanto da obra-prima do pintor: «O Embarque para Citera» (Louvre), com sua maravilhosa paisagem no fundo, obra que parece tradução de um dos misteriosos quadros de Giorgione para a linguagem do Rococó, certamente uma das mais intensas criações da arte francesa.

O último quadro que Watteau pintou, parece completamente diferente de todos os outros: «L'Enseigne de Gersaint» («A Tabuleta de Gersaint»; Schloss museum Charlottenburg, Berlim): é a loja do seu protetor em que as obras de arte se vendem aos que entendem dela e aos outros. No momento da morte, o artista sonhador encontra o contacto com a dura realidade, mas sabe transfigurá-la de tal maneira que o lugar do comércio se transforma em inverosímil «festa veneziana»: foi o último sonho de Watteau.
Fonte: sabercultural
«Comediantes Italianos»
Watteau

«Amor no Teatro Francês»
Watteau

«Os Comediantes Franceses»
Watteau

«A Comédia Italiana»
Watteau

«Os Campos Elísios»
Watteau

«Os Encargos da Guerra»
Watteau

«Três Rapazes Negros»
Watteau


«Cabeça de um Homem»
Watteau


«ROCOCÓ»
ANTOINE WATTEAU

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