O poeta, romancista e contista James Augustine Aloysius Joyce, ou simplesmente James Joyce, nasceu em Dublin a 2 de Fevereiro de 1882. Foi considerado um dos maiores autores do séc. XX, tendo sido um dos precursores do modernismo poético na língua inglesa. Ezra Pound considerou-o um dos mais importantes poetas do imaginismo. James Joyce faleceu em Zurique, na Suíça, a 13 de Janeiro de 1941.
Poet'anarquistaJames Joyce
Poeta Irlandês
«James Joyce»
Por Jack Couhling
BIOGRAFIA
James Augustine Aloysius Joyce nasceu em 1882, em Dublin (Irlanda), de pais católicos. Em 1902, segue para Paris para estudar medicina, mas abandona o curso para dedicar-se ao ensino da língua inglesa e à literatura.
Com a morte da mãe, em 1903, regressa a Dublin. Exerce a crítica literária por um tempo; em seguida muda-se para Zurique (Suíça) e, mais tarde, para Trieste (parte do Império Austro-Húngaro, hoje Itália), onde dá aulas de inglês. Em 1906, vai para Roma, onde também trabalha como professor.
Em 1907, publica o seu primeiro livro, «Música de Câmara» (poemas). A coletânea de contos «Dublinenses» sai em 1914, causando revolta nos círculos conservadores, pela sua descrição sem sentimentalismos das pequenas e grandes misérias da vida na Irlanda.
O seu primeiro romance, o autobiográfico «Retrato do Artista Quando Jovem» aparece em 1916. Mas Joyce só alcança fama internacional em 1922, com a publicação de «Ulisses», citado habitualmente como um dos dois ou três maiores romances do século XX.
Cercado pela família e um pequeno círculo de amigos, Joyce trabalha durante 17 anos no seu último livro, «Finnegans Wake» (1939), uma grande comédia escrita em linguagem toda própria. «Ulisses» é o livro do dia: 24 horas na vida de um homem comum. «Finnegans Wake» é o da noite: as camadas mais fundas da consciência recriadas numa profusão de línguas.
Depois de viver 20 anos em Paris, quando os alemães invadem a França no início da Segunda Guerra Mundial, Joyce refugia-se em Zurique, onde morre, em 1941.
Fonte: UOLEducaçãoMÚSICA DE CÂMARA XX
No escuro pinhal,
Na sombra fria,
Aos dois eu punha
No pleno dia.
Quão doce beijar,
Pôr-se ali,
Onde os pinhos altos
Se enavilham!
Teu beijo pousando
E mais tenro
Junto ao caos macio
Dos cabelos.
Ó, no bosque dos pinhos,
No dia ao meio,
Vem junto agora,
Amor, ao pleno.
James Joyce
COLUNAS EVOCADAS
As letras do mundo tornaram-se etéreas.
Serifas de mármore, sólidas hastes
Erguidas nas rochas e postas nos ápices
Ascenderam como as colunas na história
Da casa da Virgem, que ascendeu ao céu
E pousou no alto da colina em Loreto.
Elevei o olhar num delirante credo
E vi o que subsiste à tradução fiel.
James Joyce
CHUVA CONGELADA
Reduzo a cascata a um candelabro, fios
De luz, ossos descarnados pelo gelo
Que se refazem nas bandagens de vidro
E, onde o lago age como nível de bolha,
Guardo bolsas de ar para que a lontra viva.
Aumento uma a uma as lâminas de grama
Com brotos, chuva congelada e sincelos,
Polegar, dedos que apontam o degelo
Derretem, entre o lábio e a língua, até o âmago
Enquanto o vento toca órgão nos ramos.
James Joyce
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