Lewis Allan Reed nasceu em Brooklyn-Nova Iorque, Estados Unidos, a 2 de Março de 1942, e é conhecido no meio artístico por Lou Reed. Músico de rock, compositor e fotógrafo, ficou mundialmente conhecido como guitarrista, vocalista e compositor do grupo «The Velvet Underground». Em 1970 abandona este projecto e em 1971 inicia uma carreira a solo repleta de êxitos. Atravessa vários estilos musicais, desde o rock psicadélico, glam rock, art rock, rock experimental, protopunk, noise e música drone. Tem o seu primeiro grande sucesso com «Walk on the Wild Side de 1972» e a partir desse momento afirma-se na cena musical, com álbuns de extraordinária qualidade reconhecidos pela crítica.
Poet'anarquistaLou Reed
Músico e Compositor
BIOGRAFIA
Texto de Mário Mesquita Borges
Um dos gurus do rock, um dos mais ousados músicos de todos os tempos, são estas as adjectivações mais usuais numa definição possível de Lou Reed e do seu trabalho. Embora o grande impulso e expressão maior do seu sucesso tenha acontecido enquanto esteve junto dos Velvet Underground, a persecução da sua carreira a solo, desde então, não foi menos significativa em termos de inovação e na criação de uma obra de referência no panorama da música moderna.
Nascido em Nova Iorque com o nome Lewis Allan Reed, começou por estudar poesia e jornalismo na Universidade de Syracuse. Depois de regressar a Nova Iorque, começou a trabalhar na editora Pickwick Records. O trabalho que aí desenvolveu levou-o ao encontro de alguns daqueles que acabariam por ser parte dos Velvet Underground. Mas, Reed começou ainda antes com criações musicais, quando constituiu os Warlocks, inicialmente conhecidos como Primitives, que chegaram mesmo a lançar um disco. Os Velvet Underground, antes de terem o estatuto de banda ícone, não tiveram os resultados que podiam ser esperados de um grupo com a dimensão que depois lhes foi reconhecida. As criações de Reed foram, no entanto, fundamentais para a sustentação da posição mítica dos Velvet na história do rock'n'roll.
Em 1970, Lou deixou os Underground, pouco antes da edição do quarto longa duração do grupo, "Loaded". O seu primeiro álbum a solo, o auto-intitulado "Lou Reed" foi um registo consideravelmente menor se comparado às suas composições com os Velvet. Editado em 1971, o disco não teve o impacto desejado. Um ano depois editou "Transformer", que com o single "Walk On The Wildside" chegou até aos vinte primeiros lugares das tabelas de vendas. A produção do trabalho esteve a cargo de David Bowie e de Mick Ronson. O culto em torno da sua carreira a solo estava conseguido. Em 1973, Reed editou "Berlin" que foi como uma evolução certeira nas suas produções. O disco subiu até aos dez primeiros lugares em Inglaterra, mas não teve correspondência nos resultados obtidos nos Estados Unidos. O álbum "Sally Can't Dance" de 1974 mostrou o músico em novo estilo, algures entre aquilo que mais desejou fazer e uma tentativa de materializar as ânsias dos seus fãs. O trabalho desenvolveu-se em zonas bem mais dentro do género pop do que os registos anteriores, e mostrou Reed com uma imagem bem mais extravagante, de cabelo oxigenado e com unhas pintadas. O longa duração teve os melhores resultados comerciais até então conseguidos por Reed. Contudo, a entrega a uma só categoria não pareceu fazer parte das suas opções. O disco duplo editado um ano depois, "Metal Machine Music", explanou uma experiência no campo electrónico.
A quatro anos do final da década de 70, Reed mudou de editora, e passou a figurar no catálogo da Arista. "Rock & Roll Heart", o primeiro conjunto de originais na Arista, não trouxe grandes novidades ao trabalho feito até então. Ainda antes do início da década de 80, Reed fez uma nova experiência, "Live Take No Prisioners" foi mais um duplo álbum, desta feita ao vivo, onde Lou esteve em grande parte em situação de monólogo. Os anos 80 iniciaram-se com o seu casamento com Sylvia Morales, e pouco depois com o lançamento de mais um álbum, "Rock & Roll Today". Lou Reed encetou então uma nova mudança de estratégia, que passou por novas experimentações. Os discos entretanto lançados, "The Blue Mask" e "Legenday Hearts" conseguiram ainda assim algum sucesso se comparados aos registos anteriores. Nos anos que se seguiram, Reed deu continuidade a produções mais compostas, em álbuns como "New Sensations" de 84, e "Mistrial" de 86. O longa duração "New York" lançado no último ano da década de 80, constituiu mais um êxito de vendas para Reed, mantendo as escolhas criativas e trazendo muito poucas inovações relativamente à composição.
Em 1990, a reunião com John Cale resultou num álbum de homenagem a Andy Warhol, intitulado "Songs For Drella". Mais um conjunto de originais se seguiu, "Magic and Loss" editado em 1992. Algum tempo depois, os Velvet Underground voltaram a reunir-se, para uma série de concertos, que ficaram registados no disco "Live MCMXCIII". A aposta não teve os resultados que se esperavam, mesmo tendo em conta a considerável adesão do público. "Set the Twilight Reeding" de 1996 e "Ecstasy" de 2000 foram os últimos registos de Lou Reed editados até à data.
Fonte: Cotonete - Música e Rádio
«WAITING FOR THE MAN»
LOU REED
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