Embora com um dia de atraso sobre a efeméride do nascimento de Antonio Lucio Vivaldi, 4 de Março de 1678, não quis deixar de fazer publicação no Poet'anarquista deste extraordinário músico e compositor italiano do período barroco. Vivaldi compôs cerca de 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas, ficando mundialmente conhecido pela série de concertos para violino e orquestra, «As Quatro Estações de Vivaldi».
Poet'anarquistaVivaldi
Músico e Compositor Italiano
BIOGRAFIA
Filho de Camilla Calicchio e Giovanni Battista Vivaldi , era o mais velho de sete irmãos. Seu pai, um barbeiro, mas também um talentoso violinista (alguns chegam a considerá-lo como um virtuoso), ajudou-o a iniciar uma carreira no mundo da música, matriculando-o ainda pequeno, na Capela Ducal de São Marcos para aperfeiçoar os seus conhecimentos musicais e foi responsável pela sua admissão na orquestra da Basílica de São Marcos, onde se tornou o maior violinista do seu tempo.
Em 1703, Vivaldi tornou-se padre. Em 1704, foi-lhe dada dispensa da celebração da Santa Eucaristia devido à sua saúde fragilizada (aparentemente sofreria de asma), tendo-se voltado para o ensino de violino num orfanato de moças chamado Ospedale della Pietà em Veneza. Pouco tempo após a sua iniciação nestas novas funções, as crianças ganharam-lhe apreço e estima; Vivaldi compôs para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas.
Em 1705 a primeira colecção (raccolta) dos seus trabalhos foi publicada. Muitos outros se lhe seguiram. No orfanato, desempenhou diversos cargos interrompidos apenas pelas suas muitas viagens. Em 1712 compôs o «Estro Armonico», uma colecção de 12 concertos que repercutiu em toda a Europa e mais tarde teve seis obras transcritas por Bach, em 1713, tornou-se responsável pelas actividades musicais da instituição. Em paralelo com as suas actividades sacras, Vivaldi obteve permissão para apresentar no teatro de Santo Ângelo as suas primeiras óperas e alguns concertos: «Outtone in Villa» e «Orlando Furioso» e entre outros concertos, «La Stravaganza». Em 1723 publicou o «Opus 8», que contém «As Quatro Estações», a sua obra mais conhecida.
Apesar do seu estatuto de sacerdote, é suposto ter tido vários casos amorosos, um dos quais com uma das suas alunas, a cantora Anna Giraud, com quem Vivaldi era suspeito de manter uma menos clara actividade comercial nas velhas óperas venezianas, adaptando-as apenas ligeiramente às capacidades vocais da sua amante. Este negócio causou-lhe alguns dissabores com outros músicos, como Benedetto Marcello, que terá escrito um panfleto contra ele.
ÚLTIMOS ANOS E MORTE
Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou a sua vida na pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda, e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena. As razões da partida de Vivaldi para essa cidade não são claras, mas parece provável que terá querido conhecer Carlos VI, que adorava as suas composições (Vivaldi dedicou «La Cetra» a Carlos VI em 1727), e assumiu a posição de compositor real na Corte Imperial. Contudo, pouco depois da sua chegada a Viena, Carlos VI viria a morrer.
Este trágico golpe de azar deixou o compositor desprovido da protecção real e de fonte de rendimentos. Vivaldi teve que vender mais manuscritos para sobreviver.
Faleceu pouco tempo depois, no dia 28 de julho de 1741. Foi-lhe dada sepultura anónima de pobre (a missa de «Requiem» na qual o jovem Joseph Haydn terá cantado, no coro). Igualmente desafortunada, a sua música viria a cair na obscuridade até aos anos de 1900.
Fonte: Wikipédia
«AS QUATRO ESTAÇÕES - PRIMAVERA»
ANTONIO VIVALDI
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