E a música de hoje é...
(A Portuguesa, música de Alfredo Keil)
ISABEL SILVESTRE - «A Portuguesa»
Poet'anarquista
HINO NACIONAL
(A Portuguesa)
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Isabel Silvestre
(Letra de Henrique Lopes de Mendonça)
Alfredo Cristiano Keil, ou simplesmente Alfredo Keil, foi um
compositor musical, pintor, poeta, escritor, fotógrafo, arqueólogo e colecionador
de arte. Nasceu em Lisboa, a 3 de Julho de 1850 e, para a maioria dos
portugueses, este artista multifacetado não foi mais que o autor da «Portuguesa»,
o Hino Nacional. Alfredo Keil faleceu em Hamburgo, na Alemanha, a 4 de Outubro
de 1907.
Alfredo Keil
Artista Português
Alfredo Keil nasceu em Lisboa no dia 3 de Julho de 1850. O
pai, João Cristiano Keil, era alemão e tinha-se instalado em Portugal ainda
solteiro, em 1838. Tornou-se um dos alfaiates mais famosos daquele tempo e
casou com uma rapariga de origem alemã, Maria Josefina Stellflug.
Alfredo estudou no Colégio Britânico e desde pequeno mostrou ter muito talento
para o desenho e para a música. Fez a primeira composição musical aos 12 anos:
Pensée Musicalé. Quando terminou o liceu foi estudar Artes para a cidade de Nuremberga
na Alemanha. Estudou desenho na Academia dirigida pelo pintor Kremling e música
com o célebre Kaulbach. Em 1870 regressou a Portugal e voltou às aulas de
desenho com Prieto e Miguel Lupi.
Alfredo Keil teve grande sucesso a nível nacional e internacional. Em 1874
recebeu duas medalhas da Sociedade Promotora de Belas Artes e em 1876 os seus
quadros Sesta e Meditação foram premiados com medalhas de prata. No ano
seguinte o seu quadro Melancolia recebeu uma menção honrosa numa mostra em
Paris e em 1879 recebeu a medalha de ouro numa exposição no Rio de Janeiro. Em
Madrid foi condecorado com a Ordem de Carlos III e em Portugal o rei D. Luís
condecorou-o com a Ordem de Cristo.
A par da actividade como pintor também se dedicou à música. Em 1883, estreou-se
no Teatro Trindade com a ópera cómica Susana, no ano seguinte a sua cantata
Patrie foi executada por um grupo de amadores no Coliseu. A Real Academia de
Amadores de Música executou no Salão Trindade, em 1885, o seu poema sinfónico
Uma Caçada na Corte. Também nesta área Alfredo Keil teve sucesso, as suas
músicas, sobretudo as óperas, foram apresentadas nos teatros mais importantes,
do Brasil, de Itália e de Portugal, tendo mesmo feito apresentações para o rei
D. Luís.
Em 1890, o ultimato inglês inspirou Alfredo Keil que deu voz à indignação geral
compondo "A Portuguesa". Henrique Lopes de Mendonça escreveu para
esta música o poema Heróis do Mar, que se tornou popular em todo o país e veio
a ser adoptada pela Assembleia Constituinte como hino nacional da República
Portuguesa em 1911.
Mas Alfredo Keil não chegou a saber porque morreu em Hamburgo a 4 de Outubro de
1907 onde tinha ido submeter-se a uma operação cirúrgica.
Fonte: wikipédia
«Melancolia»
Alfredo Keil
«Costurando»
Alfredo Keil
«Praia Grande»
Alfredo Keil
«Um Rebanho em Sintra»
Alfredo Keil
«Praia da Ursa»
Alfredo Keil
«No Cais do Tejo»
Alfredo Keil
«Barcos em Cacilhas»
Alfredo Keil
«A Carta»
Alfredo Keil
PINTURA PORTUGUESA
ALFREDO KEIL
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