«Atemporalidade»
Conto poético de E. E. Cummings
642- «ATEMPORALIDADE»
à atemporalidade e ao tempo igual,
o amor não tem início nem final:
se nada andar nadar nem respirar
o amor serão o vento a terra e o mar
(amantes sofrem? cada divindade
lhes veste a pele com mortal vaidade:
amantes são felizes? seu querer
cria universos ao menor prazer)
amor é a voz por trás do que se cala,
esperança que o medo não cancela:
força tão forte que nem força abala:
verdade antes do sol e além da estrela
– amantes amam? ora, o tolo e o esperto
que preguem céu e inferno, tudo certo
E. E. Cummings
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